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Meio Desligado – Enem: a prova do totalitarismo

qua, 28 de outubro de 2015 08:13

meio desligado

O ENEM não é um exame, não é uma prova. Não… É um exercício de submissão ideológica. O primeiro exercício de submissão ideológica antes da entrada na universidade, onde a submissão ideológica se completará. O governo não quer saber a opinião do estudante. Não… Quer apenas que o estudante concorde com a ideologia que o próprio governo defende, ensina e estimula. Se isso não é uma forma de totalitarismo, então o que é?”.

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A análise do ensaísta e literário Rodrigo Gurgel pode parecer exagerada, mas quem já fez o Enem ou teve a oportunidade de examinar com atenção as questões ligadas à área de Humanas não demora a concluir o mesmo. Muito se falou da questão sobre Simone de Beauvoir e seu “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. A preferência escancarada por autores de esquerda revela bem essa viés ideológico do governo PT e a vontade de fazer uma verdadeira lavagem cerebral na cabeça dos estudantes, mas nesse caso específico, não precisava concordar, bastava reconhecer que a frase inspirou o movimento feminista.

Esse não é o ponto onde quero chegar. A doutrinação por si só é um problema evidente, mas no exame deste ano, o anticapitalismo chegou a níveis extremos. Uma questão embasada num trecho do livro “Por uma outra globalização”, do geógrafo Milton Santos, induzia o candidato a assinalar como resposta certa sobre as consequências da globalização o seguinte: “Automatização dos processos fabris e aumento dos níveis de desemprego.”

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A globalização não causa desemprego. Isso é mentira. Foram justamente as novas tecnologias que permitiram níveis de desenvolvimento nunca antes vistos. Você sabe fazer um celular? Provavelmente não. E mesmo que soubesse, aposto que levaria muito mais tempo e talvez não alcançaria a mesma qualidade que uma empresa especializada no ramo. É aí que está a sacada das linhas de produção: produzir mais em menos tempo por um custo menor.

A proporção de empregos gerados nesse processo é claramente bem superior, por exemplo, do que a proporção de trabalhadores demitidos depois que uma empresa utiliza de tecnologia para automatizar a produção. E se isso aconteceu, é porque novos empregos estão sendo gerados na área de tecnologia. Com a redução de custos e o lucro que obteve com a mudança, a empresa poderá fazer investimentos em outros setores ou abrir uma filial, gerando novos empregos. Os empregos não são extintos, há apenas uma relocação de mão de obra.

As pessoas precisam entender e superar essa história de empresário malvado (se tem alguém malvado por aqui é o governo) e entender que o estado natural do ser humano é a escassez, e que nunca antes na história do mundo tivemos uma distribuição de renda como atualmente. Não quero com isso negar que exista miséria, fome. Sim, existe. Mas num passado não tão distante, ela era ainda mais avassaladora. O capitalismo é imperfeito sim, mas o socialismo é genocida e insustentável.

Ainda quero fazer algumas observações específicas sobre a redação do Enem, pois é onde o governo petista exige do estudante apenas opiniões positivas e passivas diante dos temas propostos. Não perca a próxima coluna!

Jack Black no Brasil!

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“Nacho Libre”, “Escola do Rock” e o super “Tenacious D” são filmes que fizeram o ator e músico americano entrar para a nossa turma. E recentemente, Jack Black esteve aqui no país para divulgar o filme Goosebumps, no qual ele é um dos protagonistas. Durante a passagem, ele esteve no programa do Danilo Gentili, no programa da Xuxa – os dois assustaram hóspedes de um hotel em São Paulo. Ele também se encontrou com o humorista Maurício Meirelles, que apresentou o ator para… MC Brinquedo. Sim. Nem nos nossos sonhos mais loucos estas duas figuras se encontrariam. Meirelles apresentou Jack Black ao MC como se ele fosse o “curupira”, naquela brincadeira batida de fazer os estrangeiros repetirem frases sem sentido ou maliciosas. Mas até que foi divertido.

A volta de Adele

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Depois de três anos desde o lançamento de seu último single, Adele divulgou a música “Hello”, do disco 25, na última sexta-feira, 23, chacoalhando o mundo pop. Particularmente falando, não gostei da música, mas ela foi bastante elogiada pela crítica e bateu o recorde de clipe mais visto em 24 horas, desbancando Taylor Swift e sua “Bad blood”. Dá para perceber que a cantora britânica está em uma nova fase.

4 Comentários

  1. Mary Lucia Alves. disse:

    Estou estarrecida! “…e entender que o estado natural do ser humano é a escassez, e que nunca antes na história do mundo tivemos uma distribuição de renda como atualmente…”
    A população aumentou,a fome aumentou,a natureza está sendo destruída,alimentos cheios de agrotóxicos,mulheres,negros,índios,homossexuais,sendo discriminados,violentados em seus dignidades e direitos…
    Prefiro acreditar que este não é o pensamento do jornal,é só uma matéria de uma pessoa que não sabe das lutas,que não leu Stuart Mill,que nunca viu a dor,o sofrimento,que não leu sobre a escravidão no Brasil e suas consequências,que não sabe da matança dos indígenas,dos muçulmanos,dos inúmeros injustiçados pelo mundo afora. Acredito que este jornal não é discriminador, e acredita em um mundo melhor,e que os problemas de uns talvez não afetem outros,mas tem que serem debatidos, e se um é ferido em sua essência humana,toda a humanidade é machucada!

  2. Talita Gonçalves disse:

    Olá Mary Lucia,
    Eu assino a coluna, e nela tenho liberdade para expor o meu ponto de vista, que não reflete a opinião do jornal. Só para lhe esclarecer, a Gazeta do Triângulo é um veículo de comunicação que publica constantemente artigos com viés oposto ao meu e que respeita a pluralidade. O professor de filosofia e amigo Mauro Sérgio Santos, por exemplo, não raro tem publicações bem opostas as minhas publicadas pelo jornal.

    Quanto à sua afirmação, reflita: a natureza está sendo destruída sim. Esse é o lado negativo do desenvolvimento tecnológico. Mas isso não invalida o que eu disse sobre a melhoria da distribuição de renda na atualidade. Pelo contrário, só reafirma. Se eu e você estamos aqui desfrutando de confortos como um computador, internet, tendo tempo livre para refletir sobre essas questões, com energia elétrica, uma bela geladeira, livros, água encanada, rede de esgoto, uma cama confortável, acho que temos nossa parte de responsabilidade na destruição da natureza. Vivemos melhor hoje que um rei vivia antigamente.

    Essa história de “vc nunca leu fulano” eu prefiro ignorar, de nada vale, a não ser que pelo menos a idéia defendida por ele tivesse ao menos sido mencionada aqui. Porque se não eu também começaria a citar autores que você não leu e não sairíamos desse círculo.

    Mais uma prova de melhorias da atualidade é justamente os direitos conquistados pelos homossexuais, que eram perseguidos e ainda são hoje em dia, principalmente por muçulmanos, que também são perseguidos. Vê como as coisas não são tão simples assim? A matança de cristãos no Oriente Médio e África pelo Estado Islâmico, formado por muçulmanos, é estarrecedora, mas ninguém fala. Escravidão existiu em todas as sociedades antigas e me desculpe dizer isso, mas o mundo é assim, ruim, desigual. E fechar os olhos para a história da humanidade, que é cheia de sangue e desigualdade, acreditando que tudo isso de ruim foi inventado com o capitalismo não faz do mundo um lugar melhor, pelo contrário.

    Este jornal não é discriminador e tampouco eu. Abraços.

  3. Lucas disse:

    Aconselho a colunista voltar para a universidade. Mistura “alhos com bugalhos” na sua constante luta de assassinar a esquerda e mostrar a teia ideológica conspiratória presente em todos os lugares. Não se dá conta para que se trave um bom debate é preciso conhecer o que está sendo debatido. O “achismo” passa longe do cientificismo, leva o expositor ao ridículo e expõe sua ignorância disfarçada em altivez. Fica a dica, valeu?

  4. Talita Gonçalves disse:

    Bom dia,
    Acho que o correto não é “assassinar a esquerda” e sim, “esquerda assassina”. Vide URSS, China, Cuba, Coréia do Norte.

    Suas opiniões à respeito da coluna são científicas? Receio que não.

    Fato: autores de esquerda tem mais espaço na prova. Por que isso acontece? É natural achar que tem tudo a ver com o viés ideológico do partido/governo atual.

    Se for para eu voltar a universidade só para aprender ataques pessoais, como os que você me dirigiu, receio que não é necessário.

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