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Linhas férreas no perímetro urbano devem ser retiradas ainda esse ano

qua, 6 de fevereiro de 2019 05:14

Da Redação

As linhas férreas desativadas que atravessam diversos bairros, como Goiás e Santa Terezinha, causam diversos transtornos à população que vive nas regiões. Há vários anos o assunto é discutido por representantes do Executivo e Legislativo, principalmente pelo fato de serem consideradas patrimônio histórico.

Em 2011, o Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Histórico decidiu pelo tombamento dos trilhos que cortam o perímetro urbano devido ao valor cultural, paisagístico, etnográfico, técnico e memorial. Mas, com o passar do tempo, a população que mora nos entornos começou a reclamar, tendo em vista que as linhas foram abandonadas, normalmente acumulando mato e sujeira.

Os materiais recolhidos dos trilhos deverão ser reutilizados para construção e reformas de pontes e mata-burros **Divulgação

Os materiais recolhidos dos trilhos deverão ser reutilizados para construção e reformas de pontes e mata-burros
**Divulgação

 

Desde 2017, o vereador Levi Siqueira (MDB) solicitou providências para os trilhos desativados. Na ocasião, a reportagem do Gazeta do Triângulo fez matéria sobre o requerimento, quando o edil informou que os moradores relatavam problemas relativos ao surgimento de animais peçonhentos e falta de segurança.

Novamente, o parlamentar apresentou requerimento neste teor. Na sessão ordinária realizada no dia 22 de janeiro, ele solicitou a retirada dos trilhos.

Mas, na tarde de ontem, dia 5, o titular da secretaria de Obras, Expedito Castro Alves Junior, confirmou para a reportagem que está sendo viabilizada a liberação para retirada dos trilhos que cruzam a cidade. O processo foi iniciado antes mesmo do requerimento apresentado pelo vereador.

O secretário aponta que houve um levantamento das linhas férreas que devem ser retiradas e foi encaminhado um pedido para a Ferrovia Centro-Atlânica (FCA). “Mostramos as fotografias e encaminhamos os documentos para o pedido que havia sido feito outras vezes”.

No momento, o processo está sendo finalizado por servidora do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que atua na Unidade Ferroviária de Belo Horizonte. A expectativa é que, dentro de 30 dias, a autorização esteja oficializada, para que as equipes da secretaria deem início aos trabalhos.

Ao total, devem ser suprimidos 69 postes de trilho, de mais ou menos oito metros, espalhados por vários pontos da cidade. Estima-se que o trabalho seja concluído dentro de quatro meses. Os materiais recolhidos destes trilhos deverão ser reutilizados para construção e reformas de pontes e mata-burros.

Quando questionado sobre os trilhos serem considerados patrimônio histórico, o secretário afirma as linhas férreas em questão estão abandonadas e, até o momento, o Dnit não apontou nenhum empedimento. “Este trabalho que estamos fazendo é inédito, porque várias pessoas passaram pela pasta e não quiseram fazer isso. Estamos atuando em prol da população.”.

 

7 Comentários

  1. Janis Peters Grants disse:

    Prezado Redator,

    Conforme matéria de capa de O POPULAR, veiculada recentemente…

    (…)
    Projeto do Trem Turístico de Goiás é capa do jornal “O Popular” desse domingo

    Trem pode começar a funcionar ainda este ano! | Na tarde de sexta-feira, a Goiás Turismo recebeu representantes da Região Turística da Estrada de Ferro. O presidente Fabrício Amaral, anunciou apoio da autarquia na elaboração do Plano da Viabilidade Técnico-econômico.
    (…)

    – ARAGUARI na marcha à ré.

    PACIÊNCIA, né ?! E ainda falam em “turismo” em Araguari ?!

    Melhor garantirem segurança no “CORREDOR”, para que os transeuntes não sofram SINISTROS na Comarca, durante seus trajetos, a maioria, para as águas quentes.

    Atenciosamente,
    Janis Peters Grants.

  2. Leonardo disse:

    “quando o edil informou que os moradores relatavam problemas relativos ao surgimento de animais peçonhentos e falta de segurança.”
    Tendo uma visão conservadora o gestor aproveitaria o valor histórico destes trilhos e faria um projeto urbanistico para valorizar estes caminhos, quem sabe nivelar e plantar grama? Mas quando a mente preguiçosa e se quer justificar algo como, a retirada de trilhos tambados pelo patrimônio histórico, usam-se os argumentos mais fajutos. O que atrai animais peçonhentos é o acúmulo de lixo e entulho que os moradores jogam ali!

    Vejo muita semelhança entre o povo e seus (des)governantes.

  3. Leonardo disse:

    Eu sou nascido e criado em Araguari, nunca vi trem de ferro no perímetro urbano da cidade, pois na minha época já não se usavam mais esses trilhos, mas eu sempre fui fascinado por imaginar que algum dia maria fumaça/ trem de ferro já circulou por ali, principalmente quando eu era criança eu tentava imaginar como devia na época que esses trilhos eram usados. Pena que a nova geração não vai ter nem a chance de poder pensar nisso!!!

  4. Anônimo disse:

    Até 1991 passava composições de (trains é inglês) de carga ali saindo da antiga estação onde hoje é o Palácio. A estação nova já existia desde 1973.
    Deviam seguir rumo a estação nova. Eu sei porque passava ali todos os dias para ir ao Padre Lafaiete. É porque antigamente ali naquele lugar pegava-se o rumo que seguia para Goiás e do lado da Mogiana ia para São Paulo
    Começo dos anos 60 as máquinas já eram a diesel. Trem de passageiro era chamado de P.
    Alguns lugares usam as Marias pra fazer turismo, mas não é muito fácil colocar para funcionar. É muita lenha. Bem que poderiam colocar a nossa para ir até Uberlândia ou até a Stevenson ao invés de deixá-la na praça. Ela é linda, mas é circulando.

  5. Anônimo disse:

    As cidades cresceram tanto que engoliram as ferrovias só restaram as estações, muitas abandonadas Brasil afora.

  6. Fernando Lara Mendes disse:

    Desde o mandato de Marcos Alvim luto pelo Projeto Trem Ecológico , crime a história e ao turismo da Araguari.

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