Gazeta na Copa – Os coadjuvantes que podem tirar o fôlego dos protagonistas
sex, 16 de maio de 2014 01:26Um olhar sobre a Colômbia, Bélgica e Costa do Marfim
Por P. J. GODOY
No Brasil, o maior roedor do planeta habita como um dos grandes retratos da fauna nacional. Animais herbívoros e de fácil adaptação, as capivaras chegam a ser dóceis, mas podem atacar caso sintam-se ameaçadas. No mundo do futebol, espécies parecidas prometem explorar o país da próxima Copa. Cotados como os maiores candidatos a surpresas do torneio, colombianos, marfinenses e belgas são o pavor de qualquer bola de cristal.
RESSURREIÇÃO
Em 1994, a Colômbia chegava aos Estados Unidos como um dos franco-atiradores da Copa do Mundo. Depois de protagonizar a maior goleada sofrida pela Argentina dentro de casa, com 5 a 0 em plena Buenos Aires, a seleção esbanjava qualidade. Apesar de jogadores como René Higuita, Freddy Rincón, Claudio Valderrama, Faustino Asprilla e Victor Aristizábal, aquele time decepcionou ao ficar pelo caminho na competição. Somente 20 anos depois, os colombianos têm uma nova chance de contagiar os torcedores no cenário internacional. Nomes como Guarín, James Rodríguez, Jackson Martínez e Falcão Garcia, terceiro maior artilheiro da história do país, ganharam a esperança oriunda das arquibancadas. Com a defesa menos vazada nas eliminatórias e o terceiro melhor ataque, os sul-americanos estréiam no dia 14 de junho diante da Grécia, levando a memória de velhos ventos do seu futebol.
QUEBRANDO TABU
No mesmo dia, a Costa do Marfim inaugura a sua participação frente ao Japão. Completando a primeira rodada do grupo C, as seleções medem forças em meio ao melhor momento de suas histórias. De um lado, os japoneses, com o maior número de jogadores atuando no futebol europeu. Do outro, a experiência dos “elefantes africanos”. Na terceira participação consecutiva na Copa, os marfinenses desembarcam no Brasil com a missão de quebrar um tabu recorrente desde 2006. Depois de cair em dois “grupos da morte”, a equipe conta com o auxílio de nomes experientes como Drogba, Gervinho e Kalou, além de Yayá Touré, eleito o principal meia do campeonato inglês, para se destacar em sua chave. Desta vez, motivos não faltam para esperar por um futuro melhor.
GERAÇÃO DE OURO
Se em algumas seleções a tônica ainda é de promessa, no grupo H um participante é a profecia de uma geração de ouro. Líder invicta das eliminatórias européias, a Bélgica chega ao Brasil em sua 12ª participação, mas com um cenário totalmente distinto das edições anteriores. Com uma riqueza de talentos como o goleiro do Atlético de Madrid, Courtois, o zagueiro Kompany, do Manchester City e os meias Hazard, do Chelsea e Fellaini, do Manchester United, o esquadrão estréia no dia 17 de junho diante da Argélia. Além dos africanos, a equipe enfrenta Rússia e Coreia do Sul, ingredientes fundamentais para uma receita de sucesso no mundial. Na “chave da vida”, os belgas prometem tirar o fôlego de quem ousar aparecer pelo caminho.
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- País: Portugal
- Continente: Europa
- Retrospecto: semifinalista em 1966 e 2006.
- Grupo: G (Alemanha, Gana e Estados Unidos).
- Base: Moisés Lucarelli (Campinas-SP)
- Provável escalação: Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Miguel Veloso, Raul Meireles e João Moutinho; Nani, Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida (Hélder Postiga). Técnico: Paulo Bento.
- Referência: Cristiano Ronaldo
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FIGURINHAS DAS COPAS
Caniggia – Argentina, 1990
Foto: Divulgação
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BAÚ DA COPA
Em 2002, Denílson causava uma verdadeira confusão na seleção da Turquia
Foto: Divulgação
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ESPAÇO DO TORCEDOR
“Tenho dois momentos que me marcaram por toda a vida no futebol. O primeiro foi na Copa de 1982, quando o Brasil perdeu nas quartas de final para a Itália. Era uma das maiores seleções montadas até hoje e a frustração com aquela eliminação tomou conta do país inteiro, uma tristeza que comparo com o que senti na morte de Ayrton Senna. Antes disso, em 1970, vivi uma das épocas que jamais vou esquecer. Foi a última Copa que assisti ao lado do meu pai, que era um grande incentivador do esporte em Araguari. O Brasil vivia uma transição política e o título veio como esperança para toda a população”. Mauro Cunha, 56 anos.
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