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Ficha Técnica – Brasil que eu quero

qui, 8 de fevereiro de 2018 05:22

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Enxague-me com tuas contradições. Derrama no peito um Brasil de ilusões. Pausa para a folia. Pintou bloco na avenida. Tem Olodum no Pelô, Cordão da Bola Preta na Lapa e Eu Sozinho na Joaquim Aníbal. No país do Carnaval, democracia é fantasia. Ano de Copa, eleição e tirania. Para mim, partido alto é avôhai. Atleta polivalente que desfila no céu com as credenciais de avô e pai. Herói raiz invisível. Dispensa cabo eleitoral, ganha em harmonia. Todo fevereiro é seu. Vai começar 2018. Rogai por nós!

Layse Caroline nasceu à meia noite do dia 1o de janeiro de 2018. Pesava 3,12 quilos. Media 47 centímetros, menor que o gato Pedro do meu tio Lucas. Com apenas um mês de vida, talvez o primeiro bebê do ano ainda não saiba como gravar um vídeo na horizontal e dizer em 15 segundos o que deseja para o futuro. Talvez se soubesse, não sobrasse tempo, ou permissão. E se ela falasse da derrota na guerra às drogas, defendesse o árbitro de vídeo no futebol ou questionasse o auxílio-moradia para juízes? Grave como a ministra de Temer num iate, para aparecer o fundo. Afinal, quero ouvir o Brasil que queres, contando que queiras como eu.

Tudo acontece como em uma final de campeonato de torcida única. Peca-se antes do apito inicial. Milhares punidos por abismos humanos, enquanto os verdadeiros autores enriquecem infiltrados em facções. Amanhã ou depois, estão de volta. Sob a sombra da impunidade, o jogo inicia. O estádio é tomado por milhares e todos cantam uma só voz. Toda a irreverência dos cânticos, a magia e os movimentos seguem o mesmo ritmo pré-estabelecido. É como se pedissem para participantes do Big Brother Brasil respondessem (na horizontal) o que querem para o país.

*Divulgação Secretaria Municipal de Esportes e Juventude

*Divulgação Secretaria Municipal de Esportes e Juventude

 

Eis que o time visitante vence a partida e quase que de repente o estádio se cala. Não há silêncio mais ensurdecedor que uma arquibancada vazia. Derrota inesperada. Afugenta, inquieta, desaponta, feito um depoimento inesperado para aparecer na TV. Pediram um ponto turístico, ganharam filas, favelas e favas contadas, elefantes brancos e lixões a céu aberto. O Brasil que eu quero deve ter memória para além de 15 segundos, e salvador da pátria é Romário na Copa de 1994. Paulo Cesar Gianini Godoy Júnior. Falo do Ginásio Poliesportivo de Araguari, há quase dez anos interditado. Tempo expirado. Tarde demais.

2 Comentários

  1. Luciana disse:

    Há poucos dias comentei com um amigo que as veze tenho a sensação que o ser humano está regredindo, quanto deveria evoluir… Textos assim renovam minha esperanca de um mundo melhor, mostra que ainda existe esperança, basta que mais pessoas gritem o que uma sociedade inteira tem vontade gritar mas que já se encontra sem forças… Vai começar 2018, ROGAI POR NÓS

  2. Anonimo disse:

    O correto e renovar a Câmara do legislativo e Executivo ou reduzir o salário deles e implantar a nova lei orgânica do Município. Pois do jeito que está andando o procedimento vai ficar 50 anos o ginásio parado e nunca terá deputado . Que O mestre ilumine a administração. E sim aconteça um milagre e faça com que o ginásio volte a evoluir e a cidade também. Em breve Araguari vai melhorar mas nao por causa de belem e nem por causa de Marcao e sim por causa das pessoas e da humanidade . Em breve o ginásio voltará ao normal e não será por casa dos políticos e sim o outro lado da história com o apoio de fortes lideranças. Necessitamos de mais empregos e muito mais empresas . Que ajudem os negros, os brancos ,os pobres e também os ricos.Isso é apenas um desabafo do que eu penso sobre o ano de 2018 . Antes de eleger para deputado pensa melhor pois dessa vez está diferente , qualquer besteira e um fiasco nacional todos ficaram sabendo . Obrigado Por ler até ao fim .

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