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Dois serão julgados por assassinato de jovem encontrado em linha férrea

sex, 25 de julho de 2014 01:16

DA REDAÇÃO – Decisão da Justiça de Araguari confirmou que Carlos Antônio Sabino também irá responder pelo assassinato de Jean Michel Ferreira Guimarães (25 anos), morto covardemente no dia 19 de maio de 2012, na região do bairro Novo Horizonte. A sessão de julgamento foi programada para o dia 6 de abril de 2015. Dois meses antes, serão sorteados os jurados que deverão comparecer ao Fórum Oswaldo Pieruccetti.

Jean Michel teria sido torturado e morto por dois autores.Foto: Arquivo

Jean Michel teria sido torturado e morto por dois autores.
Foto: Arquivo

Além de Carlos Antônio, responde pelo crime Juliano Rodrigues Gama, “Cabeça”. Em dezembro de 2012, o Juízo Criminal decidiu pelo júri popular do acusado, mas ele recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais e por isso aguarda em liberdade. No mês passado, Juliano foi baleado e conseguiu sobreviver.

O assassinato de Jean Michel foi um dos mais bárbaros dos últimos tempos em Araguari. Após ser torturado em uma casa abandonada, na rua Calimério Borges, com alguns dedos decepados, o jovem foi morto a golpes de facão e arrastado até as margens de uma linha férrea, em local de difícil acesso.

Na época, a polícia informou que a residência era conhecida como ponto de uso e tráfico de drogas e chegou a cogitar o envolvimento de outras pessoas no assassinato, até pelas marcas de briga e o fato de o corpo ter sido retirado do imóvel.

Naquela oportunidade, Juliano era apontado como principal suspeito, pois foi ele quem informou sobre o homicídio para uma tia da vítima, conforme levantamento da polícia, inclusive apontando o local onde o cadáver se encontrava. Juliano teria dito a um conhecido que iria viajar, saindo rapidamente em um VW/Parati, cor branca. Dias depois, Juliano acabou preso.

Ao ser interrogado no Fórum, o investigado negou ter cometido o delito, relatando que no dia dos fatos apenas localizou o corpo e informou os parentes e a polícia sobre a morte da vítima. Além disso, alegou que as testemunhas inquiridas apontaram que o assassino é outra pessoa.

Para o TJMG, considerando a dinâmica dos fatos destacada pelas testemunhas, relatório de necropsia e laudos periciais, ficaram demonstrados nos autos os indícios suficientes de autoria capazes de pronunciar Juliano Rodrigues Gama para julgamento diante do Júri Popular.

Quanto a Carlos Antônio Sabino, seu envolvimento foi constatado durante novas diligências em Juízo.

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