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Coluna: Direito e Justiça (13/06)

qui, 13 de junho de 2024 09:15

DIREITO E JUSTIÇA:

 

 

A dignidade humana pelo trabalho:

 

O trabalho honesto dignifica e enobrece.

 

– O reconhecimento do trabalho alheio, seja ele subordinado em uma empresa, seja autônomo ou por conta própria, além de ser um autêntico ato de justiça, dignifica o ser humano e constitui um incentivo precioso, para que o trabalhador busque a motivação permanente e o engajamento profissional com seus colegas de profissão, aumentando a sua satisfação pessoal e no trabalho e consequentemente a sua produtividade.

 

– Eu creio que a vocação verdadeira para o trabalho, qualquer que ele seja, é um fator preponderante para o desenvolvimento humano sob quaisquer aspectos e e quaisquer que sejam os ramos de atuação laboral: cientistas, pesquisadores, engenheiros, artífices, médicos, enfermeiros, advogados, todos, têm que estar contidos e realizados em suas aspirações vocacionais, sob pena de padecerem de amargura e frustração.

 

– Vocação é a disposição natural e espontânea que orienta uma pessoa no sentido de uma atividade, uma função ou profissão; pendor, propensão, tendência. Aos cinco anos de idade (ainda em minha cidade natal, Carmo da Mata – MG), indagaram-me (eu jamais me esqueci) o que eu queria ser. Sem hesitar, respondi: Advogado. Malgrado todos os esforços, consegui realizar o sonho e não me arrependi.

 

Tenho agora 71 sanos de idade e continuo a redigir eventuais peças profissionais, a orientar no Direito os que me procuram, a escrever artigos jurídicos e muitos outros… O dinheiro é muito importante, mas a vocação realizada é mais, e eu estou inserido completamente em minha vocação: a Justiça (verdadeira) e o Direito (dela decorrente)!

 

 

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Quanto vale o seu talento?

 

 

Um navio estava atracado há dias, por conta de um grave defeito em suas caldeiras. Vários especialistas já tinham sido chamados, mas nenhum deles conseguiu encontrar o problema. Até que o capitão mandou vir, de uma cidade vizinha, um engenheiro muito conceituado pela sua competência.

 

O engenheiro chegou e, após escutar a descrição feita pelo capitão quanto aos problemas, fez algumas poucas perguntas e dirigiu-se à sala de máquinas. Olhou para o labirinto de tubos retorcidos, escutou o ruído surdo das caldeiras e o silvo do vapor que escapava, durante alguns instantes. Com as mãos apalpou alguns dos tubos. Depois, cantarolando suavemente só para si, procurou em seu avental alguma coisa e tirou de lá um pequeno martelo, com o qual bateu apenas uma vez numa válvula vermelha brilhante.

 

Imediatamente, o sistema inteiro começou a trabalhar com perfeição, e o engenheiro retornou à sua cidade.

 

Quando o dono do navio recebeu uma conta de $ 1.000,00, queixou-se de que o engenheiro só havia ficado na sala de máquinas durante dez minutos e tinha dado apenas uma marteladinha numa válvula. Pediu então uma conta discriminada dos serviços e o engenheiro assim o fez:

 

 

· Conserto com o martelo — $ 5,00;

 

· Saber onde martelar — $ 995,00.

 

 

 

“Valorizar nossos talentos é o primeiro passo para assegurar a

autoestima e o orgulho de nós mesmos”.

 

 

 

 

FONTE: Parábolas Eternas – LEGRAND,

Solar Editora, – Belo Horizonte – MG, págs. 52/53.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comentário Pessoal:

 

 

Começarei recorrendo e valendo-me da velha sabedoria popular, quando diz:

 

 

– Cada macaco no seu galho.

 

– Não vá o alfaiate além das suas agulhas.

 

– Não vá o sapateiro além das sandálias.

 

– O que foi combinado não é caro.

 

– A virtude está no meio (das coisas).

 

– A barriga não dói uma vez só.

 

 

Pois, bem! Assim também deve ser o profissional, um especialista, perito ou experto e até mesmo um prático, desde que domine o seu ramo de trabalho em todo e qualquer ramo da multifacetada atividade humana. Ninguém sabe e nem pode saber tudo de todos os assuntos, mas é perfeitamente possível saber tudo ou quase tudo, disso ou daquilo especificamente considerado.

 

O bom profissional, ou seja, aquele que se preparou adequadamente para o desempenho condizente do seu ofício, aquele que estuda, que aprende, que atua, que se recicla e que evolui continuamente, jamais terá problema com a falta de serviço ou de oportunidade. Muito pelo contrário! A demanda por seus préstimos será sempre maior e mais urgente do que as suas disponibilidades diárias.

 

Aqui, não estou a falar – não mesmo ou somente — de doutores, de possuidores de canudos ou de diplomas. Falo, sim, de pessoas capazes e capacitadas ao desempenho sobretudo de tarefas de cunho técnico ou médio, tão em falta e muitíssimo e injustamente desvalorizadas em nosso País.

 

Falo, portanto dos pedreiros, dos mecânicos, dos pintores, dos encanadores, dos eletricistas, dos marceneiros, dos carpinteiros, dos funileiros, dos serralheiros, e de tantos outros profissionais com os quais mantemos contato no dia-a-dia e de cuja importância crucial desdenhamos ou simplesmente ignoramos ou minimizamos.

 

Quantos desastres já ocorreram ou agravaram-se nas nossas casas, causados por profissionais falsos e incompetentes, mas baratinhos em seus preços, aos quais entregamos o conserto de uma instalação hidráulica ou elétrica, o reparo do nosso carro, a feitura de móveis planejados, enfim, de tantas coisas comuns no nosso quotidiano? A muitos, com certeza…!

 

 

Tudo isso porque sacrificamos a qualidade e a excelência do prestador de serviço, deixando de buscar boas referências, porém aprovando orçamentos mais em conta, que necessariamente e nem sempre são aqueles mais confiáveis.

 

Assim sendo, teve razão o engenheiro, como teriam também o encanador ou o eletricista, quando apresentou os seus honorários: $1.000,00, sendo $5,00 pela “marteladinha” e $995,00 por saber por que, quanto, quando, onde e como martelar. Quantos casos análogos já passaram por nós? Muitos ou alguns, com certeza!

 

Consertos mecânicos em automóveis, em aparelhos eletrodomésticos, em instalações domésticas, coisas assim, envolvendo mão-de-obra direta e pessoal, exigem conhecimento específico apurado, atualizado e muita responsabilidade. Tampouco não posso deixar de mencionar a ética e a honestidade do prestador de serviço.

 

Não se cobra apenas porque o profissional descobriu e soprou a poeira, ou a sujeira, das velas do motor, ou porque identificou e substituiu a peça defeituosa, coisas pequenas desse tipo. Enfatizo que se cobra, e vale pagar, porque o profissional sabia o que devia fazer e principalmente porque fez bem feito e por completo.

 

Jamais deixei de valorizar o bom profissional. Tanto quanto me seja possível, busco conhecer antes o serviço a ser prestado e o preço a ser cobrado, para que no fim não venha a ser surpreendido por um valor considerado exorbitante e incondizente, fato que já me ocorreu por minha própria falha. Se foi combinado, pague e não reclame, pois o combinado não pode ser considerado caro.

 

Assim como o bom profissional não deve exorbitar o valor de um serviço, até mesmo para que conserve e amplie sua clientela, o seu tomador não tem o direito unilateral de desvalorizar ou de amesquinhar o trabalho realizado. Acrescente-se ao preço, quando possível e merecida, uma gorjeta boa e sadia, que servirá de incentivo a um pronto e eventual futuro atendimento.

 

No entanto, se não gostou, não chame mais, busque outro e seja mais cauteloso. Colha referências de serviços ou trabalhos anteriores, para aferir corretamente a confiabilidade e qualidade do profissional. Isso vale a todo tempo e para qualquer área.

 

Um aspecto muito importante é o cumprimento estrito do dia e horário agendados. Aliás, por aqui e com honrosas exceções, tenho tido algumas decepções. Sei que ninguém é perfeito. Paciência! Depois, esses poucos, não reclamem que perderam o serviço…!

 

Para uma lembrança final e de ambos os lados:

 

– A barriga não dói uma vez só…!

 

 

Araguari – MG, 13 de junho de 2024.

 

Rogério Fernal .´.

1 Comentário

  1. Eliane disse:

    E o talento dele em ter descoberto onde estava o problema mesmo que seja pequeno não é nada fácil. O capitão tinha que ficar era muito agradecido por achar alguém expert no assunto. Realmente o trabalho mesmo que simples mas sendo honesto ele dignifica o homem.
    Um rapaz brasileiro que sofria de dores horríveis, insuportáveis no ouvido ele conseguiu encontrar a cura lá nos USA me parece que ficou em Três milhões a cirurgia, teve que fazer vaquinhas, mas ele ficou livre do problema.
    Aqui em casa nos já temos os nossos profissionais e são tão ocupados que às vezes precisa esperar um pouquinho.

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