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Coluna: Direito e Justiça (13/05)

qui, 13 de maio de 2021 10:44

FAKE NEWS:

(Ou divulgação de notícias falsas)

Não é verdade o que foi noticiado em um programa de rádio AM da cidade, afirmando que o tradicional jornal Gazeta do Triângulo foi vendido para um grupo empresarial da cidade. Ouvi em alto e bom som o comentário e fiquei muito preocupado, remoendo o assunto em minha cabeça no decorrer do último fim de semana.

Também pudera! O nome do jornal era – e ainda é — extremamente cobiçado por setores da imprensa escrita de outras cidades, conforme já me dizia e confidenciava o saudoso amigo Afif Rade, que, à custa de muitos sacrifícios pessoais, conseguiu levar o periódico até onde lhe foi possível chegar.

Depois, sob a batuta do também saudoso mestre, amigo e irmão, Doutor Darli Jeová do Amaral, o jornal alçou voo mais alto, modernizou-se, tornou-se imprescindível nas nossas manhãs, sendo hoje, certamente, o mais importante órgão da imprensa escrita regional. Mais uma vez, pude testemunhar o quanto é difícil e caro manter e preservar um jornal da qualidade e da importância da Gazeta do Triângulo, muitas vezes enfrentando oposição injusta e tentativas de desestabilização pueris e inconsequentes.

Presentemente, tendo à frente como Diretor-Presidente o jovem e combativo Lucas Amaral, a Gazeta do Triângulo enfrenta sobranceira todas essas dificuldades próprias de um jornal do interior do país, como haverá de enfrentar e de superar todos os futuros e eventuais percalços que houver. Fui, sou e serei sempre um parceiro da Gazeta do Triângulo, um órgão de imprensa escrita que é patrimônio regional, e não somente de Araguari, para o qual os poderes públicos e os cidadãos deveriam olhar com mais benevolência e colaboração.

O próprio Lucas Amaral, em contato telefônico comigo (segunda-feira – 10.05.2021), desmentiu a notícia. A Gazeta do Triângulo não foi vendida, não está à venda e, se todos nós, araguarinos, juntarmos esforços, jamais precisará ser vendida, muito menos para gente ou grupo de fora. Portanto, basta de falsidades, chega de mentiras…!

Nossa Senhora de Fátima:

(13 de maio de 1917 – na Cova da Iria)

Nossa Senhora de Fátima, ou formalmente Nossa Senhora do Rosário de Fátima, é uma das invocações atribuídas, no âmbito da Igreja Católica Apostólica Romana, à Virgem Maria, e que teve a sua origem nas aparições recebidas por três pastorzinhos no lugar denominado Cova da Iria, em Fátima, Portugal, no ano de 1917.

De acordo com os testemunhos das três crianças videntes, a primeira visão teria ocorrido no dia 13 de maio de 1917, ao meio-dia, repetindo-se durante os cinco meses seguintes sempre no dia 13 e na mesma hora, até 13 de outubro de 1917. A exceção foi em agosto, quando a aparição se deu no dia 19, pois as crianças achavam-se presas por ordem do Conselheiro da Freguesia de Ourém, à qual Fátima subordinava-se.

Na última aparição, em 13 de outubro de 1917, a senhora identificou-se como sendo a “Senhora do Rosário”, motivo pelo qual o seu nome foi composto eclesiasticamente pelos seus dois títulos, resultando em Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Os meninos videntes nasceram em Ajustrel, Fátima, Conselho de Ourém, Portugal: eram Lúcia de Jesus Rosa dos Santos (Lúcia, simplesmente, nasceu em 28.03.1907 e faleceu em 13.02.2005, aos 97 anos); Francisco de Jesus Marto (Francisco simplesmente, nasceu em 11.06.1908 e faleceu em 04.04.1919); Jacinta de Jesus Marto (Jacinta simplesmente, nasceu em 11.03.1910 e faleceu em 20.02.1920). Lúcia era prima de Francisco e de Jacinta; estes últimos, irmãos.

Conforme os relatos dos videntes, a mensagem que a aparição apresentou em Fátima foi um insistente apelo à conversão, à penitência e à oração, especialmente a oração do Rosário. O seu principal local de devoção é o próprio Santuário de Fátima, situado na cidade do mesmo nome, em Portugal.

O extraordinário Milagre do Sol, ocorrido na Cova da Iria onde se concentravam cerca de 70.000 pessoas, em 13 de outubro de 1917, foi presenciado e testemunhado por milhares de pessoas, tanto no local quanto em lugares distantes dali.

Foi o cumprimento de uma promessa que a senhora havia feito às crianças nas anteriores aparições de julho e setembro, para que as pessoas pudessem crer. Nessa ocasião, a visão identificou-se como sendo a “Senhora do Rosário”.

Segundo os testemunhos recolhidos na época, o Sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, pôde ser olhado diretamente sem dificuldade e girava loucamente sobre si mesmo como se fosse uma roda de fogo, parecendo depois vir chocar-se contra a Terra. Pessoas gritavam, choravam, entravam em transe, em pânico, enfim, parecia ser o fim do mundo…!

O fenômeno, ou fato, foi publicado e comentado na imprensa portuguesa por vários jornalistas que para ali se tinham deslocado e que foram também testemunhas do ocorrido.  Contudo, houve também pessoas que declararam nada ter visto, afirmando que o Sol se manteve normal como sempre foi. Para ser mais atual, eu usarei um termo bastante em voga: houve também – e ainda há – muito negacionismo.

Como quer que seja, quem me lê agora, é que deverá formar a sua opinião. Minha intenção não teve conotação religiosa alguma, mas foi e é tão somente a de não deixar passar esta data em vão. Crendo ou não, o acontecido naquele local, naquele dia, naquela hora, com três crianças inocentes, foi, no mínimo, impressionante e dá no que pensar.

E, finalizando, por mim é de bom alvitre recordar o que teria dito um dos mais famosos personagens de William Shakespeare, salvo engano, Hamlet:

– “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”.

              A esmola e o rochedo:

Havia outrora, em um país situado para além do Ganges, um rei muito rico e orgulhoso.

Todos os dias deixava o monarca o grande palácio em que vivia, e, fazendo-se acompanhar de uma aparatosa guarda de cavaleiros, percorria as ruas da cidade, distribuindo esmolas, atirando moedas de ouro aos pobres e necessitados.

– Como é caridoso o rei! – Diziam – Quanta bondade! Que coração magnânimo!

E não se apontava um só habitante capaz de negar as qualidades altruísticas do dadivoso soberano.

Um dia surgiu na cidade um velho sacerdote que andava pelo mundo em peregrinação, ensinando aos homens as grandes verdades do livro de Deus. Ao notar a ostentação descabida com que o rei dava esmolas e a maneira espetaculosa como exercia a caridade, o bom ancião observou:

– A caridade, no coração desse rei vaidoso, é como a areia atirada sobre o rochedo nu. E, como os seus numerosos ouvintes não tivessem percebido o sentido exato de suas palavras, ele explicou:

– Aquele que dá esmolas por ostentação é semelhante ao rochedo coberto de areia. Vem a chuva, lava a pedra lisa, e não se encontra, depois, senão a rocha dura e inabalável. Assim, o coração desse rei é duro como o rochedo; há apenas, sobre ele, essa poeira de esmola feita de vaidade e ostentação.

FONTE:         Lendas do Céu e da Terra.

Malba Tahan.

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