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Coluna: Direito e Justiça (12/05)

qui, 12 de maio de 2022 08:07

Direito e Justiça:

 

Pinga – Fogo

 

Amir Camargo é 10:

– Amir Camargo é, sem dúvida, um dos principais expoentes das rádios regionais. De segundas às sextas-feiras, nas rádios Mais FM 93,5 e Onda Viva AM 1490, de 8h. em diante, apresenta o Programa Notícias Policiais. Todavia, não é um noticiário policial comum ou banal, como tanto se vê por aí, inclusive nas TVs. Tem de tudo um pouco. Propagandas bem colocados e que nos agradam, brincadeiras com o futebol e os times, abraços fortes para os ouvintes e amigos, abraços que todos fazem questão de receber, e as notícias próprias do programa.

 

– Acima de tudo, é a apresentação peculiar do Amir Camargo que mais vale. Minha esposa, e eu também, somos seus fãs de carteirinha. Ela sempre diz: – “o Amir é muito engraçado”, e nós rimos do seu jeito de descrever umas coisas que seriam somente trágicas, mas que, sem deixar a seriedade de lado, ficam amenizadas por ele. Nesses tempos de tantas agruras, o impagável Amir sabe levar as notícias policiais de um jeito que, no fim, alcança o seu objetivo maior: o de conscientizar e prevenir as pessoas acerca dos graves problemas que atingem a segurança pública.

 

– E o Amir Camargo nunca fica em cima do muro; já tomou partido: entre os policias e os bandidos, é claro, está com os policiais. E nós todos também. Ele valoriza de forma igual e constante a polícia militar e a polícia civil e merece contar com sua colaboração, especialmente enviando diariamente as ocorrências para divulgação. Queremos ouvir e ficar a par do que acontece na cidade e na região. Com o “nosso” Amir no ar, a malandragem que se cuide; “se o bastão de choque não acalmar, o bastão que tem lá no camburão acalma qualquer um”. Com certeza: o Amir Camargo é mesmo 10!

 

O estudo formal não é tudo:

– A forma arrogante como algumas pessoas estudadas tratam pessoas que não estudaram demonstra claramente que estudar não garante educação. Nunca garantiu!

O belo exemplo dado pelo Imperador Dom Pedro II:

– Dom Pedro II, sem sombra de dúvidas, o melhor governante que o Brasil já teve, era um homem estudado, culto, bem-educado e muito simples. Gostava de caminhar a pé pelas ruas do Rio de Janeiro. Certa vez, acompanhado apenas por seu ajudante-de-ordens, numa das poucas e estreitas calçadas do centro daquela cidade, deparou-se com um escravo negro, que vinha em sentido contrário ao seu. Sem titubeio, o Imperador desceu para a rua e deu passagem ao homem.

 

– Interpelado pelo ajudante-de-ordens, que lhe ponderou dever ser do Imperador a prioridade de passagem, Dom Pedro II teria respondido (sem literalidade): “é preciso que todos neste país demonstrem ter educação e solidariedade, começando pelos governantes” Teria acontecido mais ou menos assim. Não sei dizer, se o fato é histórico; seja como for, é bem típico da índole boa e justa do Imperador Dom Pedro II.

 

– Que belo exemplo! Que bela lição! E proveniente de um homem verdadeiramente poderoso e que, na sua época, podia quase tudo. É pena que ainda hoje a grande maioria das pessoas, quase sempre material ou moralmente insignificantes, preocupe-se muito mais com as aparências do que com a realidade. Comem mortadela, como nós, mas arrotam presunto ou até caviar. Nunca se desgrudam daquela frase odiosa: “você sabe com quem está falando”? Sim, eu sei: falo com um imbecil!

 

E a SAE, vereadores?

– E a SAE, ínclitos vereadores? Vocês fizeram de tudo para inviabilizar a administração do General Carula e forçaram a barra até que ele se exonerou. Mas, os antigos, graves e crônicos problemas da nossa autarquia municipal continuam, e a falta e o desperdício de água pululam por toda a cidade. Cadê a solução? A politicagem que vocês fizeram, no final das contas, não deu em nada. Parece até que tudo piorou. Virem-se agora!

 

A arena multiuso sai ou não sai?

– Araguari não tem um lugar apropriado para conter e comportar médios e grandes eventos, não tem uma arena multiuso. Administrações anteriores já falavam na construção de alguma coisa assim. Passou da hora dessa intenção ser concretizada pelo atual Governo Municipal. O “nosso” deputado estadual tem reclamado muito, dizendo que o dinheiro decorrente das suas emendas não vem sendo aproveitado aqui em Araguari no todo e em tempo. Isso é inadmissível. Passo a palavra adiante!

 

 

A bela lição de um velho Professor:

 

Certo jovem encontrou-se com um senhor de idade e indagou-lhe:

– Senhor, lembra-se de mim?

– Sinceramente, não – respondeu-lhe o idoso.

O jovem disse-lhe que havia sido seu aluno. E o professor perguntou-lhe:

– O que você está fazendo, jovem? O que você faz para viver?

O moço respondeu:

– Bem, como o senhor, eu me tornei professor.

– Ah, que bom! Como eu?

– Sim, pelo menos eu tento ser. Na verdade, eu me tornei professor, porque o senhor me inspirou, e eu achei que valia a pena seguir o seu exemplo.

Curioso, o velho mestre indagou do jovem qual havia sido o momento exato em que se sentira inspirado a ser como ele.

E o jovem contou a seguinte estória:

Um dia, um amigo meu, também estudante, chegou à sala de aula, portando um relógio de bolso novo e muito bonito, e eu decidi que o queria para mim. Dei um jeito, aproveitando uma distração, e furtei o relógio. Logo depois, o meu amigo notou o furto e imediatamente reclamou ao professor, que era o senhor. Então, o senhor parou a aula e disse para que todos nós ouvíssemos claramente:

– O relógio de bolso do amigo de vocês foi furtado durante a aula de hoje. Quem o furtou deverá devolvê-lo.

Eu não devolvi, porque não queria fazê-lo. E temia a reação e o desprezo de todos.

Disse mais o jovem:

– Então, o senhor fechou a porta e disse a todos para nos levantarmos e avisou que iria vasculhar nossos bolsos e pastas até que o relógio furtado fosse encontrado. Mandou que todos nós fechássemos os olhos.

 

Obedecemos e fechamos os olhos. O senhor foi de bolso em bolso, de pasta em pasta, e chegou até o meu bolso, onde encontrou o relógio e o pegou de volta.

O senhor não parou em mim, mas continuou procurando nos bolsos e nas pastas restantes e, depois do último aluno, o senhor disse:

– Abram os olhos. Já temos o relógio.

O senhor não me disse nada e nunca mencionou o episódio. Nunca disse ou comentou quem foi o autor do furto do relógio. Naquele dia, professor, o senhor salvou a minha dignidade para sempre. Foi esse o dia mais vergonhoso da minha vida.

E o jovem continuou:

– Mas também foi o dia em que fui impedido de me tornar um ladrão, uma pessoa má, um transviado, um criminoso, enfim, o senhor sabe.

E finalizou:

– Assim, graças ao senhor, à sua bondade, eu entendi que é isso o que um verdadeiro educador pode e deve fazer. O senhor se lembra desse episódio, professor?

O velho professor respondeu-lhe:

– Lembro-me da situação do relógio furtado, que eu procurava em todos vocês, mas não me lembro de você, porque eu também fechei os olhos enquanto procurava.

 

Essa é a essência do ensino:

– Se para corrigir, você precisa humilhar, então você não sabe ensinar.

 

EM TEMPO:

(Coluna DJ)

Texto encontrado no Whatsapp ou no Facebook, não me lembro.

Inseri algumas adaptações e fiz questão de substituir o irreverente tratamento do jovem para com o professor, de “você” para “senhor”. Sou de uma geração que já está indo embora, mas que tratava pai e mãe de senhor e senhora, respectivamente, assim como professores e professoras.

Já nos consideram ultrapassados e anacrônicos. Sem problemas! Tomara que os novos usos e costumes melhorem o mundo. Tomara…!

 

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