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Coluna: Cantinho do Mário (17/09)

sáb, 17 de setembro de 2022 10:10

CANTINHO DO MÁRIO

A TAÇA DO DESTINO

A vida é um privilégio dos que a valorizam. Quantos não conhecem ou não dignificam a dádiva desta oportunidade bendita. Somente os que chegam a maturidade e tiveram uma vida comedida tem a felicidade de correr o olhar pelo caminho trilhado e colher as benesses do bom senso. Grande parte das pessoas não tem essa oportunidade pela incúria, e avidez pelos prazeres da matéria. O álcool, as noites mal dormidas, as drogas e o frenesi a que somos arrastados, podem trazer um fim muito triste material e espiritual. É comum ver pessoas de idade clamando de inúmeras doenças a que poderiam ter sido poupadas, se fossem um pouquinho mais moderadas. Lembramos aquele pensamento: “Tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém”. É uma questão de escolhas, existe uma lei que emana do Criador e se chama causa e efeito, ou seja, plantamos colhemos. Tenho setenta e cinco anos e me sinto muito bem. Tomei cerveja, fui em muita festa, nunca usei drogas, sempre estive de bem com a vida, pratiquei esportes a vida toda e hoje ainda faço caminhadas. Parei com os “excessos” no tempo certo, hoje sou mais comedido. Eu sei que não vou viver para sempre, contudo mantenho uma qualidade de vida. Dizem que existe uma certa taça da vida, que sorvemos a parte doce e depois somos obrigados a beber a parte amarga de seus restos. O que me fez lembrar um trecho de uma música que ouvi recentemente: “Minha linda juventude, página de um livro bom. ” É a parte prazerosa da vida, mas não citam a decrepitude, seria a página de um livro ruim? Creio que não, como já disse creio na lei de causa, efeito e justiça, o que for meu virá bater na minha porta um dia; mas não podemos viver sempre temerosos, a vida está aí, tem muita coisa boa e para dizer a verdade, superam e em muito as ruins. Temos que ser otimistas, nesta vida material tudo passa, se persiste é porque ainda não chegou o tempo de acabar. Temos que cultivar a paciência em todos os sentidos, é ela a pedra de toque de nossa personalidade. Ser ansioso é uma falta de fé fragrante em nós e no Criador. Entretanto, a virtude da paciência é adquirida com o tempo, com a prática, com nossas escolhas. Se Jesus fosse ansioso sua doutrina não teria chegado até nós. Quantas vezes “fugiu”, dos guardas do sinédrio, dos fariseus, porque ainda não era seu momento. Não adianta querer repugnar os momentos amargos da taça da vida, não cai uma folha sem que Deus saiba, e não nos acontece nada que não mereçamos, se não for desta foi de outra experiência. Plantamos e colhemos, como já disse. A ciência está muito perto de provar a existência da alma, logo teremos contato com o mundo espiritual, através de equipamentos eletrônicos, como hoje muitos tem através da mediunidade, aí a verdade aparecerá. A taça da vida é uma prova, uma oportunidade para os que estão de cá e pros que estão de lá. Deus é justo.

MÁRIO FERREIRA.:

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