Da Redação

A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Araguari (Ascamara) continua a executar as demandas com dificuldades. Segundo informações dos trabalhadores que atuam na entidade, a coleta seletiva diminuiu significativamente nos últimos tempos. A situação pode ser vista nos galpões que não abrigam nem metade da capacidade de materiais recicláveis previstos.

Melhores condições de trabalho é o requisito principal para que a Ascamara volte a desenvolver a coleta normalmente. De acordo com Maria de Fátima Silva, um dos membros da equipe, atualmente a associação conta com dois caminhões e uma Kombi, todos disponibilizados pela prefeitura para realizar os serviços de coleta. Entretanto, faltam recursos para a manutenção dos veículos e colocá-los na rua à disposição.

 

Maria de Fátima ainda falou sobre a questão de igualdade salarial proposta pelo município, de maneira que, deste mês em diante, todos os catadores passam a receber os lucros igualmente. Atualmente a equipe conta com 18 pessoas que dependem da renda para o sustento de suas famílias.

Com o objetivo de dar continuidade ao trabalho prestado, os catadores têm feito ações presenciais de porta em porta pelas residências do município. “No momento estamos passando por um pedaço difícil. A nossa renda não está dando para pagar as dívidas acumuladas”, contou Maria de Fátima.

Na oportunidade, ela ainda pediu a ajuda da comunidade araguarina através de doações que podem ser feitas diretamente na sede da associação, situada na rua Dezessete nº 100, no bairro Independência. A contribuição pode ser feita através de materiais como papel, garrafas pet, metal, bem como, todo e qualquer tipo de reciclável que seria descartado irregularmente. A Ascamara funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h.

“Se a população também puder nos ajudar com alimentos, ficaríamos muito agradecidos. Há algum tempo estamos tendo que fazer almoço aqui, pois muitas pessoas moram longe e, fica difícil ir para casa, ainda mais sem transporte. Todo tipo de material e alimento é bem-vindo”, declarou a associada.

Em 2018 foi reafirmada a parceria entre a prefeitura e a organização da sociedade civil, com prazo até 2020. Novamente foi permitido o recolhimento do material reciclável, podendo ser utilizados até seis servidores da prefeitura e três veículos próprios destinando o produto da coleta para a associação. Outros equipamentos também foram disponibilizados, como a balança com capacidade de 1000 quilos, uma prensa enfardadeira hidráulica removível e elevador de carga elétrico, com capacidade máxima de 500 quilos e altura de cinco metros.

O convênio prevê um plano de trabalho que vai além da coleta seletiva, como desenvolver a triagem, prensagem, estocagem e comercialização dos materiais recicláveis; além da manutenção do galpão, concedido pela prefeitura e o cuidado na operação dos materiais.

A associação foi fundada há 18 anos e tem a missão de promover a coleta de materiais recicláveis no município, beneficiando as áreas ambiental, social e de saúde pública, além de todas as vantagens ambientais, de aproveitamento do lixo produzido diariamente.

A reportagem tentou entrar em contato com o secretário de Meio Ambiente para obter mais informações a respeito da parceria junto à associação, mas não foi atendida até o fechamento desta edição.