As chuvas em vários locais no Brasil, especialmente nos estados da Bahia e Minas Gerais, tomaram os noticiários nas últimas semanas com tragédias, desaparecimentos, mortes e desastres. São milhares de pessoas que acabam ficando desabrigadas e sem perspectiva de um recomeço digno.

Nos últimos dias, a situação se intensificou em várias cidades de Minas Gerais. Por exemplo, o município de Pará de Minas, que fica próximo a uma barragem que corre risco de rompimento, já orientou moradores que estão embaixo da estrutura a abandonarem suas casas e buscarem o abrigo oferecido pelo Poder Público, ou a casa de familiares.

 

Na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), deve ser registrada, nesta semana, uma das maiores precipitações do Brasil. Na próxima quarta-feira, 12, a previsão é de que o clima se estabilize.

Especialistas explicam que essa situação se dá por as regiões estarem sob efeitos de uma frente fria, que ganha intensidade devido à presença de um fenômeno denominado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Ele transporta umidade da Amazônia em direção ao Oceano Atlântico e favorece a formação de nuvens.

Em contato com a Defesa Civil em Araguari nesta segunda-feira, 10, a reportagem foi informada de que as chuvas trazem impactos, mas questões a níveis de desastres nada ainda foi registrado. O órgão também informou que estará buscando, junto ao Corpo de Bombeiros Militar, orientar a população a todo momento. “Temos grandes previsões de chuvas para os próximas dias”, diz Guilherme Santana, secretário municipal de Meio Ambiente.

Além de riscos de quedas de galhos, estruturas e descargas elétricas, as chuvas fortes também costuma danificar o asfalto das vias públicas. A Secretaria Municipal de Obras informou que que o serviço de tapa-buracos segue em atividade, especialmente em pontos emergenciais, com o intuito de prevenir acidentes.

Alguns danos causados pelo grande volume de chuvas já foram notados no município, como um buraco na avenida Senador Melo Viana. De acordo com a superintendente da SAE (Superintendência de Água e Esgoto de Araguari), Claudia Eliane Barbosa de Melo, o emissário do local tem mais de 40 anos, e sua implantação foi feita em manilhas de cimento que se deterioraram com o tempo, se diluindo e ocorrendo a cratera. A SAE informou que está buscando soluções juntamente com sua equipe técnica para que esses problemas não continuem ocorram. O reparo já foi autorizado, mas depende das condições climáticas para ser realizado. O local foi sinalizado.

Algumas orientações dos bombeiros para a população:

“Evite áreas sujeitas a deslizamentos e inundações; se o nível da água subir, procure um local alto e aguarde até abaixar; não fique perto de árvores ou postes; não se arrisque para salvar bens. Em caso de emergência, ligue 193”.