Visão de um estadista, por Inocêncio Nóbrega
sáb, 8 de março de 2014 13:30* Inocêncio Nóbrega
Era visível o entusiasmo de José Bonifácio na criação de uma nova nação. Nas despedidas de Portugal, referindo-se ao Brasil, disse perante a Academia de Ciências de Lisboa: “Que terra para um grande Império!”. Prosseguiu tentando o que mais desejava, mantê-lo altivo e forte. Via, numa política externa solidária com os governos sul-americanos, especialmente com a Argentina, uma muralha contra possíveis incursões europeias. Chegou a sugerir a formação de uma Federação Americana, com inteira liberdade entre os países membros, para celebração de acordos comerciais, desde que não ferissem os interesses comuns.
Foi grande o salto do tempo, da antevisão de um estadista à Opam (Operação Panamericana) de JK seguintes. Interrompida pela ditadura é retomada por Lula e a presidente Dilma Roussef, nesta em forma menos interessada. Para Chávez, o Brasil era o irmão maior. Segundo ele, a Unasul teria papel mais decisivo sob a liderança brasileira. Essa integração precisa ser revigorada a todo instante, porque em ritmo acelerado corre o perigo de uma intervenção armada, contra os povos latinos da América, nos instantes em que o imperialismo sentir a absoluta escassez de petróleo e de água, coisa que a natureza nos lega, com certa abundância, apesar de mal administrada.
A direção natural é diminuir as desigualdades internas, apostar na soberania e investir nas nossas forças armadas, priorizando o entorno aéreo e de nosso Atlântico, elementos essenciais à preservação territorial. Essas duas forças estão mais próximas às frotas marítimas dos Estados Unidos. Isso não basta, é indispensável a coesão com a comunidade sul-americana, desde militar, ao comercial, econômico e de cultura. Praticar a solidariedade, fazendo como a Petrocaribe, vendendo aos nossos irmãos das Américas petróleo com preços abaixo aos do mercado. Ação como essa deveria passar pela vontade de nossos dirigentes. O lucro estaria na nossa unidade. Junto, abandonar certos afagos, em troca de uma provável cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Aprender com as lições deixadas pelo Patriarca da Independência, jamais imaginando que o subimperialismo seria o melhor negócio para o Brasil.
*Jornalista – inocnf@gmail.com
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