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Uso de repelente em crianças exige cuidados, orienta dermatologista

qui, 23 de abril de 2015 06:26

Da Redação

O número dos casos de dengue não para de crescer em todo o país. Somente no estado de Minas Gerais foram registrados 8.586 casos de pessoas infectadas com a doença. Em Araguari, são mais de 390 confirmados. Diante do perigo iminente, muitos pais têm procurado proteger os filhos do mosquito com repelentes. Porém, o uso de forma indiscriminada pode trazer malefícios.

Repelentes não devem ser utilizados de forma indiscriminada em crianças

Repelentes não devem ser utilizados de forma indiscriminada em crianças

 

Os repelentes são divididos em dois tipos, os sintéticos e os naturais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda a escolha a partir da fórmula do produto e a consulta a um dermatologista antes da aplicação.

Segundo a dermatologista Neide Pereira Barbosa de Almeida, os pais devem estar atentos para os princípios ativos dos repelentes. Os três principais são: Icardina, DEET e IR3535. Na hora da aplicação, é importante seguir alguns cuidados. “Deve-se aplicar o repelente em áreas expostas, como braços, e dependendo da roupa, pernas da criança. Não é recomendado utilizar embaixo da roupa, pois se o repelente não se volatiliza, ele aumenta não só a eficácia, mas também o efeito tóxico,” explica.

Na primeira aplicação, os pais devem observar a reação do produto primeiro. “Eles podem passar um pouco do repelente no dorso da mão ou no pé da criança e esperar meia hora para ver se não haverá reação alérgica. Não se deve passar na palma da mão, para que a criança não leve a mão a boca,” orienta a especialista.

Segundo ela, o repelente é apenas para o dia, e não deve ser utilizado de forma indiscriminada. “O certo é aplicar uma quantidade maior, que seja suficiente para cobrir toda a área da pele e não repetir a todo o momento porque isso pode causar intoxicação,” alertou.

Para bebês com menos de seis meses, não é indicado o uso de nenhuma dessas substâncias na pele. Nesse caso, os pais devem optar por mosquiteiros.

Apesar de não ser prático para o dia-a-dia, a dermatologista reforça que os cortinados são uma ótima opção para evitar o mosquito. “Ao invés de comprar aqueles prontos, que é preciso armar e desarmar toda noite, pode-se utilizar um varão, de forma que seja possível deixar o cortinado sempre montado,” explicou.

PRINCÍPIOS ATIVOS DOS REPELENTES

A dermatologista Neide de Almeida recomenda guardar a bula do repelente, pois em caso de intoxicação, é possível saber os componentes do produto e ter agilidade no tratamento. Confira abaixo os princípios ativos dos repelentes e as orientações da especialista para a aplicação:

Icaridina: recomendado para crianças com mais de 2 anos de idade. A proteção dura entre 8 e 10 horas.

DEET: recomendado para crianças a partir de 2 anos, não podendo ser aplicado por mais de 3 vezes ao dia.

IR 3535: para crianças acima de 6 meses, com período de proteção de 4h.

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