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Tráfico de drogas atrai outros tipos de crimes na cidade, diz PM

sex, 28 de julho de 2017 05:30

por Tatiana Oliveira

Tenente afirma que, com apreensão de grandes quantidades de drogas, o cuidado com roubos é redobrado

Em média, duas ocorrências de tráfico de drogas são atendidas na cidade. “Todos os dias fazemos apreensão de drogas, é difícil quando não temos ocorrências do tipo”, afirma o tenente Tiago Rodrigues Duarte, do 53º Batalhão de Polícia Militar – BPM. Segundo ele, na terça-feira, 25, a PM registrou duas ocorrências de tráfico, em uma delas foram apreendidos 21 kg de substância semelhante à maconha e 400 pedras de substância análoga ao crack.

Na quarta-feira a PM apreendeu aproximadamente 1kg de substância semelhante à maconha

Na quarta-feira a PM apreendeu aproximadamente 1kg de substância semelhante à maconha

 

Quarta-feira, 26, a PM apreendeu, após várias denúncias de tráfico de drogas em uma residência no bairro Goiás, quase 1kg de substância semelhante à maconha e 29 papelotes de substância semelhante a cocaína prontos para venda. Ações como as últimas citadas geram uma preocupação extra da PM em relação a outros crimes. “Quando a apreensão é grande, temos que ficar de olho no traficante, pois o prejuízo para ele é alto. Pode ser que ele tente reaver o que perdeu em assaltos, por exemplo, então procuramos monitorar isso também”, explica o tenente.

Com o combate ao tráfico, o comando percebeu uma queda significativa no assalto a transeuntes. “Por não conseguir comprar drogas, assaltantes roubavam celulares diariamente na cidade. Desde que intensificamos o combate ao tráfico, percebemos uma queda significativa nesse tipo de crime”.

Ele conta que a quantidade de viaturas de recobrimento, que combatem o tráfico de drogas e os crimes violentos, foi intensificada. “Fora o atendimento das viaturas normais, em maio recebemos 25 novos militares para reforçar nosso quadro de oficiais”.

Desde maio o 53º BPM está intensificando as ações para combater a criminalidade. Estão sendo realizadas rondas preventivas e pontos base, para inibir as ações dos criminosos. O tenente ressalta que muitos criminosos são menores infratores, o que dificulta a ação da PM.  “Alguns menores foram apreendidos mais de sete vezes, por tráfico e diversos outros crimes, mas aqui em Araguari não há um local para recolher esse infrator, então ele acaba voltando direto para as ruas e cometendo o crime novamente”, diz. “Eles voltam para a rua no mesmo dia, porque são recolhidos apenas os menores que cometem crimes mais graves como estupro e assassinato, por exemplo”.

Para o militar, as ligações para o 181 (Disk Denúncia) são essenciais na realização das operações. “As denúncias são anônimas e nos ajudam a detectar a ‘boca’ antes que ela mude de lugar”, explica. Ele diz ainda que, para denunciar, o cidadão pode entrar em contato tanto pelo 181 quanto pelo 190.

Câmeras de Vigilância

Desde 2014, a cidade conta com 16 novos olhos vigilantes na cidade. As câmeras de videomonitoramento auxiliam a inibir e detectar crimes em regiões estratégicas. O contrato com a empresa Rodoban, responsável pela gestão do sistema de câmeras nas ruas de Araguari, terminou em março desse ano. Desde então, o monitoramento tem sido realizado pelo 53º Batalhão de Polícia Militar.

A secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana está aguardando liberação para iniciar um novo processo licitatório. “A empresa deixava três civis trabalhando com a vigilância, mas, sem o convênio, como nosso efetivo é menor, colocamos dois militares por dia para cuidar da vigilância”, explica o tenente.

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