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Sexo em casa, por Ana Paula de Castro Sousa

sáb, 15 de fevereiro de 2014 00:00

* Ana Paula de Castro Sousa

A cumplicidade de um casal inicia nas pequenas atitudes que o cotidiano coloca na vida de cada um. Compartilhar espaço em comum para dividir a intimidade é uma conquista lenta e gradual que exige maturidade e independência. O que nem todos os parceiros estão preparados e, menos ainda, para vivenciar esta experiência sexual no ambiente da família.

Transar em casa quando atingir a maior idade não é sinônimo de ser auto, isto é, ser capaz de assumir os atos de acordo com as consequências. Um dos fatores que pode ser posto como meta na vida de qualquer jovem é a preservação da liberdade. Esta que implica em direitos e deveres. O direito de usufruir de um quarto reflete em deveres que vão além das quatro paredes. Conhecer a si próprio é o primeiro passo para adquirir confiança e evitar que o outro passe por constrangimento perante seus parentes. Para entrar em um clã, reconhecem-se a princípio os costumes. Deste modo, saber se está apto ou não para permanecer é outra história.

Os costumes de um lar estão ligados diretamente com a privacidade de duas pessoas a qual é tida como sadia e necessária para manter a individualidade. E a partir do momento em que há interesse de ambas as partes para ficarem juntas é preciso pensar os prós e os contras da atitude tomada. Quando se estabelece o que se quer passa-se por inúmeras dificuldades, mas se há convicção do que se quer chega ao objetivo proposto. Agora, uma pessoa que ganha espaço para transar com o namorado no recinto familiar dificilmente se desprenderá desse ninho de aconchego.

Há uma comodidade enorme em fazer sexo em casa quando o relacionamento é superficial não exigindo nenhum esforço em obter responsabilidade econômica, moral. O pior é quando este espaço presenteado se torna promíscuo, tirando até a privacidade dos demais na casa. Permitir a comodidade deste ato em casa é normal no caso de parceiros que conquistam e mantem suas autonomias.

Os pais e ou responsáveis dos filhos, em especial adolescentes, podem procurar passar um código de valores organizados a princípio, no lar, consequentemente o desafio posto pela sociedade vai ser superado com menos dificuldade. Assim, deve haver uma responsabilidade impressa na prática do sexo.

* Bacharel e licenciada em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente cursa Ciências Econômicas na UFU

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