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Secretaria de Saúde esclarece situação da vacinação contra varicela no município

qui, 27 de fevereiro de 2025 08:07

Da Redação

O desabastecimento é a nível central
Divulgação

A catapora (varicela) é uma doença infecciosa altamente contagiosa, mas normalmente leve, provocada pelo vírus Varicela-Zoster. Ela ocorre com maior frequência em crianças e tende a se manifestar no final do inverno e

início da primavera. A principal característica dessa doença é o polimorfismo das lesões na pele, que surgem em várias etapas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), sendo acompanhadas por prurido (coceira). Nas crianças, a doença geralmente é leve e se resolve por conta própria, enquanto em adolescentes e adultos o quadro clínico tende a ser mais grave.

Ressalta-se que, uma vez adquirido o vírus varicela, a pessoa fica imune à catapora. No entanto, esse vírus permanece no corpo a vida toda e pode ser reativado, causando o Herpes-Zoster, conhecido também como cobreiro.

A catapora é uma doença de fácil transmissão entre as pessoas. O contágio ocorre através do contato com o líquido das bolhas ou pela tosse, espirro, saliva, ou ainda por objetos contaminados com o vírus, ou seja, por contato direto ou por secreções respiratórias. De forma indireta, a transmissão acontece por meio de objetos contaminados com secreções das vesículas ou das membranas mucosas de pessoas infectadas.

A transmissão da catapora (varicela) por contato direto com as lesões de pele é rara. O período de incubação do vírus Varicela, responsável pela doença, varia de 4 a 16 dias. A contaminação ocorre de 1 a 2 dias antes do surgimento das lesões e pode continuar até 6 dias depois, quando todas as lesões já estiverem formadas como crostas.

Os sintomas da catapora geralmente começam de 10 a 21 dias após o contágio e incluem manchas vermelhas, bolhas no corpo, mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre baixa. As bolhas surgem inicialmente na face, tronco ou couro cabeludo, se espalham e se transformam em vesículas com líquido claro, que escurece e seca com o tempo. O processo causa coceira e pode levar a infecções. Ao surgirem os sintomas, é importante buscar orientação médica. Para evitar o contágio, é necessário manter a pessoa isolada até que todas as lesões cicatrizem, o que geralmente leva duas semanas, e higienizar objetos contaminados.

É bom mencionar que, a vacina contra a catapora está em falta em vários municípios de Minas Gerais, o que compromete a imunização no estado. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, a falta dessa vacina é uma realidade em 65% das cidades do Brasil. Das quase três mil cidades pesquisadas, 52% relataram que não possuem estoque da vacina contra a varicela. O Ministério da Saúde informou, em nota, que em fevereiro enviou mais de oito mil doses para Minas Gerais e ressaltou que há uma limitação global para a produção da vacina contra a varicela, o que impacta no abastecimento. Para este ano, o Ministério da Saúde adquiriu 8,2 milhões de doses por meio de fornecedores internacionais e nacionais para garantir a assistência aos estados. A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou o recebimento de 8.120 doses em 14 de fevereiro e informou que elas foram distribuídas para as unidades

regionais de saúde. Outras 21 mil doses estão programadas para chegar. As cidades de Araxá, Uberaba e Divinópolis confirmaram que estão sem estoques da vacina nos centros de vacinação e aguardam o envio pelo estado.

“Temos a vacina disponível pelo Programa Nacional de Imunização para crianças de 1 ano e 3 meses e 4 anos, sendo duas doses. Quanto à ausência dessa vacina no SUS, temos orientado que aqueles que têm condições financeiras procurem a rede particular para atualizar o Caderno Vacinal, principalmente com a vacina da varicela, a fim de minimizar os efeitos dessa doença em massa”, afirmou o médico pediatra Wilton Amorim de Matos Neto.

No dia 26, a reportagem da Gazeta conversou com Jandra Rabelo, coordenadora Municipal de Imunização, para saber a situação de Araguari com relação à vacina da varicela. “O desabastecimento é a nível central (Ministério da Saúde). Não recebemos nenhum informe sobre o recebimento de doses até o momento”, destacou.

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