Da Redação

O Santuário em Romaria está em clima de comemoração para a tradicional festa em louvor a Nossa Senhora da Abadia, que este ano terá como tema “Quem é esta mulher?”. Para isso, a equipe responsável pela organização está se empenhando nos últimos detalhes. Em 2019, o evento completa o último ano do triênio, em preparação ao jubileu dos 150 anos de devoção a Nossa Senhora da Abadia.

As atividades terão início no dia 27, com a alvorada festiva, desfiles de alunos das escolas da referida cidade, além das missas no santuário. Também é aguardada a chegada da comitiva dos carros de boi e a missa campal dos motociclistas, marcada para acontecer no dia 4 de agosto.

A festa é uma tradição da região mineira e atrai anualmente em torno de 500 mil fieis

O ponto alto da festa será no dia 15 de agosto, quando será promovida a celebração eucarística solene de encerramento da Festa de Nossa Senhora da Abadia, presidida por padre Márcio Ruback, reitor do Santuário e a procissão e coroação da imagem de Nossa Senhora da Abadia. Em seguida, encenação da subida de Nossa Senhora ao céu e queima de fogos.

Segundo Seleida Maria de Souza Guerreiro, assessora do Santuário, a programação e horários oficiais serão divulgados no site do santuário nos próximos dias.  Neste período, vários romeiros seguem para a cidade de Romaria, como forma de agradecer ou cumprir alguma promessa. É o caso da dona de casa Marisa Resende Costa, que ressaltou sua participação na festa todos os anos.

“Participar da festa é uma tradição na família e todos os anos, esperamos essa data com muita alegria. Como são muitas pessoas e crianças, nós preferimos ir de carro, mas sempre tem aqueles que vão para agradecer as bênçãos conquistadas. Essa gratidão é ensinada também aos filhos que aprendem desde cedo sobre a nossa fé.”

Também há aqueles fieis que preferem fazer o trajeto a pé. Para quem que vai pela primeira vez, é importante seguir algumas dicas para cuidar bem da saúde, como andar em grupos, não utilizar calçados novos e sempre levar uma garrafa com água. A tradição da caminhada teve início com a população da cidade de Muquém, em Goiás.

Os portugueses trouxeram a imagem de Nossa Senhora da Abadia para o município, porém, devido a uma briga entre os garimpeiros, muitos deles se mudaram para a cidade de Romaria e, anualmente, caminhavam até a cidade devido à devoção a Nossa Senhora. “Alguns anos mais tarde, o bispo autorizou a construção de uma capela em Romaria, mas a tradição continuou,” conta o padre Márcio Ruback.

Em 2018, a centenária festa passou a ser reconhecida como de relevante interesse cultural e patrimônio imaterial de Minas Gerais.  A proposta para tornar a festa patrimônio imaterial é de autoria do deputado estadual Felipe Attiê (PTB) e foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Romeiros

Para atender aos romeiros durante o período de celebração, vários pontos de apoio serão instalados às margens da BR-365. Neles existem sanitários, camas, água e refeições durante 24h. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem – DER, os interessados em montar barracas de apoio devem encaminhar ofício à Unidade Local do DNIT em Uberlândia, formalizando pedido de montagem de barraca na faixa de domínio da rodovia BR-365, com indicação do responsável pela barraca, localização pretendida e o período em que a barraca ficará montada.

Segurança

Como questão de segurança, a Polícia Militar Rodoviária realiza anualmente a Operação Romaria. Segundo os militares, as viaturas permanecerão nas rodovias dando apoio e segurança em policiamento de reforço durante o dia e a noite, principalmente na LMG-748 e entre as BRs 050 e 365.

A Polícia Militar em Romaria também orienta que os romeiros e visitantes redobrem a atenção devido à aglomeração de pessoas. Uma das dicas é carregar as bolsas na parte da frente do corpo assim como carteiras, além de evitar a exposição de dinheiro na hora de algum pagamento. Cuidados devem ser tomados também com veículos, especialmente aqueles que ficam em vias públicas. O ideal seria deixar os mesmos nos estacionamentos pagos e, se possível, mais próximos da igreja.