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Resultado final dos eleitos para atuar como conselheiros tutelares em Araguari é homologado

ter, 7 de janeiro de 2020 05:28

Da Redação

Após receber uma série de denúncias sobre supostas fraudes ocorridas durante a eleição para preenchimento das vagas no Conselho Tutelar de Araguari, o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) instaurou uma sindicância administrativa, sendo possível apurar as irregularidades relatadas pelos candidatos. Os relatos estão relacionados principalmente à compra de votos que teriam ocorrido durante o processo de seleção e apoio de políticos aos candidatos que pleiteavam os cargos.

Homologação do resultado foi divulgada na última sexta-feira no Correio Oficial do município

Homologação do resultado foi divulgada na última sexta-feira no Correio Oficial do município

 

A eleição, realizada no dia 6 de outubro de 2019, também foi marcada por tumulto devido à grande quantidade de pessoas votando nas unidades do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) da cidade. Após a votação, várias pessoas utilizando redes sociais manifestaram sua indignação. Ao todo, 35 candidatos participaram da disputa, resultando na escolha de cinco titulares e cinco suplentes.

Sem muitos detalhes a apresentar, a presidente do Conselho Municipal Lúcia de Araújo, disse que os responsáveis junto ao Ministério Público fizeram algumas diligências e ouviram os envolvidos. Diante das informações obtidas, o Conselho e a Comissão Organizadora do processo de escolha dos novos membros decidiu manter a classificação inicial dos candidatos e homologou o resultado final por meio da resolução 01/2020. O documento foi divulgado na última sexta-feira, 3, e pode ser conferido no Correio Oficial do município.

Segundo a presidente, as unidades de votação receberam 3.922 eleitores, dos quais 13 votos foram nulos e outros três em branco, ficando classificadas como conselheiros titulares: Vera Lúcia da Silva Arruda (344); Cláudia Regina Ferreira da Cunha (262); Marisa Camargo de Sousa (245); Natalia Valloto (237) e Suellen Barbosa Imai (230). Como conselheiros suplentes ficaram: Elisangela Evangelista Duarte Colengui (207); Jessica Araújo Duarte de Faria (190); Wanessa Aparecida Moura (178); Marília de Souza Pereira (142) e Débora Maria Pereira (140).

Dessa forma, as conselheiras eleitas serão nomeadas mediante decreto e a posse deve acontecer na próxima sexta-feira, 10. Para isso, a administração municipal pretende realizar uma cerimônia às 15h, no Palácio dos Ferroviários com a presença de secretários municipais, vereadores e representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Os conselheiros tutelares classificados farão parte da gestão de 2020/2023.

Os conselheiros são responsáveis por zelar pela proteção de crianças e adolescentes e recebem remuneração, que varia de cidade para cidade. Cabem ao conselheiro, tarefas como atender queixas, acompanhar casos, propor políticas públicas, requerer serviços, aplicar medidas protetivas, dentre outras funções básicas em proteção a pessoas na infância e adolescência.

As eleições para conselheiros tutelares foram realizadas em todos os estados brasileiros, sendo organizadas pelos conselhos municipais de Direitos da Criança e do Adolescente e fiscalizadas pelo Ministério Público. Outros problemas com urnas e denúncias de irregularidades, como compra de votos, também levaram a cancelamentos em alguns municípios. Em Uberlândia, participaram do certame 36 candidatos e serão empossados 15 membros titulares e 15 suplentes. Em Uberaba, por sua vez, disputaram  25 candidatos e foram eleitos os 10 mais votados.

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