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Problema no abastecimento de água em Araguari é discutido nas mídias sociais

sex, 20 de julho de 2018 05:52

Da Redação

No início desta semana, a coluna Radar apontou uma informação preocupante acerca da falta de abastecimento de água em uma das maiores produtoras de suco do município. O colunista Adriano Souza ressaltou que o reflexo chegou, inclusive, aos produtores de maracujá, cuja produção é comprada pela empresa.

Fato é que o assunto causou discussões nas mídias sociais devido à seriedade, tendo em vista que a escassez de água afeta pontos isolados na cidade, as empresas de forma geral e, consequentemente, a produção e geração de empregos.

SAE vem tomando medidas para regularizar o abastecimento de água  **Arquivo

SAE vem tomando medidas para regularizar o abastecimento de água
**Arquivo

 

A reportagem entrou em contato com a Superintendência de Água e Esgoto (SAE) para verificar o que está acontecendo e que providências estão sendo tomadas. De acordo com o superintendente adjunto Ageu César Guimarães, é um problema pontual “essa é uma realidade que a empresa está vivendo, pois foi aumentada a produção em larga escala, consumindo mais, porém no mesmo poço. Desta forma, o recurso hídrico não foi suficiente”.

O superintendente afirma que órgãos estaduais vêm exigindo maior controle sobre a captação de água e a fiscalização do que é retirado; esse controle está sendo obtido por meio da telemetria. Este sistema de monitoramento remoto controla a pressão da água e detecta quando o fornecimento está comprometido.

Em Araguari existem aproximadamente 177 poços e “nós estamos colocando sensores em cada um, para ter uma ideia do que é retirado e do que há de reserva. A telemetria também controla pressão da água na rede, evitando que tenha vazamentos e, consequentemente, desperdício”.

Inclusive foi designado que os produtores que utilizam poços também façam esse monitoramento. Desta forma, a SAE está cobrando não somente a colocação de hidrômetros em residências, mas também a destes sensores por parte dos produtores. “Antes não havia ideia do quanto de água os produtores consumiam. Então, os sensores são uma forma de controle do desperdício. A pessoa irá pagar pelo que consumir”.

Sendo assim, a autarquia tem buscado avanço mesmo com providências impopulares, “são medidas que foram adiadas por vários gestores, mas precisam ser tomadas”. Inclusive em resposta às discussões nas mídias sociais, o superintendente adjunto ressalta que “estamos trilhando rumos que deveriam estar sendo trilhados, porém, por serem impopulares foram adiados. Alguém tem que pagar o preço, então que sejamos nós, no ímpeto de evitar um possível caos”.

O superintendente da SAE, Sebastião Cardoso de Faria, aponta que a instalação da telemetria está na terceira fase, quando começará o controle dos poços solteiros, que são aqueles isolados em diversos pontos da cidade. A expectativa é que esse sistema esteja concluído dentro de 90 dias.

Sendo assim, até que seja concluída a implantação do sistema, é possível que falte água em pontos isolados. Mas o superintendente reitera que “esse ano é de muita expectativa, porque nós estamos implantando o sistema no período de seca, a fim de garantir tranquilidade para os anos futuros. Essa mudança é para prevenção em uma data futura e assim não falte água em lugar nenhum”.

Outra medida que está sendo tomada diz respeito à multa por desperdício de água. O superintendente da autarquia afirma que estão sendo elaboradas minutas a serem encaminhadas para a Procuradoria e, posteriormente, à Câmara Municipal a fim de estipular um valor de multa para tal situação. Desta forma, é ressaltada a necessidade de conscientização dos munícipes, evitando o gasto irracional, ainda mais neste período de seca.

Além disso, a autarquia trabalha para viabilizar a construção de uma Estação de Tratamento de Água, com captação da represa Capim Branco. O superintendente Sebastião Faria pontua que, a priori, está sendo assinado um contrato com a Caixa Econômica Federal para elaboração dos estudos de viabilidade técnica.

“A SAE está sendo modernizada e nós precisamos da colaboração e apoio da sociedade. Às vezes transtornos podem acontecer, mas trabalhamos para que o abastecimento seja sempre regularizado na cidade”, finaliza.

2 Comentários

  1. Janis Peters Grants disse:

    Prezado Redator,

    No contexto GESTÃO PÚBLICA, nunca antes as Redes Sociais interagiram tanto com BLOGS e Sites de Jornais no que tange ao interesse COLETIVO.

    Os Araguarinos devem sim, preocuparem-se com as águas no lençol freático, e as águas pluviais, escassez e excessos, temas desenvolvidos em matérias aqui na Gazeta do Triângulo hoje.

    Inundando bairros inteiros, ou comprometendo atividades empresariais, rurais e industriais, tais assuntos sempre serão discutidos com mais “liberdade” e mesma responsabilidade, e claro, contaremos sempre com o respaldo da IMPRENSA para a divulgação dos fatos.

    Atenciosamente,
    Janis Peters Grants.

  2. Junior disse:

    Boa tarde em araguari existe uma lei ou projeto de lei onde faz obrigar novos empreendimentos a elaborar um sistema de captação de água pluvial (famosa chuva no telhado) esse sistema visa a limpeza e manutenção dos passeios e do prédio. Vou pesquisar e deixar o link nos comentários

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