por Mel Soares

Os serviços de transporte coletivo em Araguari foram paralisados nesta quarta-feira, 21, e não devem ser retomados pela empresa Directa Transporte LTDA, conhecida pelo antigo nome: Sertran (Sertãozinho Transporte Coletivo).

O transtorno ocorreu pela falta de pagamento salarial aos funcionários. Problemas como o débito da empresa com os planos de saúde e odontológico, além de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e férias também estão entre as reclamações feitas pelo Sindttrans (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários).

 

A expectativa da administração municipal é de que as atividades sejam reiniciadas ainda na próxima semana pela CAF Transportes Eireli ME, de São Sebastião do Oeste com sede em Sete Lagoas, Minas Gerais; considerada a única empresa habilitada para vencer o processo licitatório, que teve início no dia 28 de dezembro do ano passado com a presença de cinco concorrentes e pode ser finalizado nesta sexta-feira, 24.

Para a escolha de pessoa jurídica é necessário que a concorrente demonstre capacidade técnica legal para desempenhar serviço de transporte coletivo pelo prazo de concessão inicial de 10 anos, podendo ser prorrogado por igual período. A Sertran, que atua em caráter emergencial há quatro anos não participou da licitação.

Segundo o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, Luiz Antônio Lopes, os pré-requisitos exigidos no edital incluem frota com acessibilidade e composta por onze ônibus cuja média de uso não pode ultrapassar cinco anos.

“Eles irão disponibilizar carros zero quilômetro. No entanto, estes veículos só estarão aptos depois de aproximadamente dois meses da conclusão da licitação. Mesmo assim, representantes garantiram que, se realmente forem considerados vencedores do processo, começam a trabalhar na próxima semana com veículos usados, mas bastante conservados diferente do que era oferecido na cidade”, explicou o secretário.

O vice-presidente do Sindttrans, Cleuber Fernando da Silva, informou que os funcionários da Sertran serão remanejados para a nova empresa conforme acordo feito entre sindicato e prefeitura ainda neste mês.

“A cidade merece uma empresa que realmente se comprometa em oferecer qualidade tanto aos usuários quanto aos trabalhadores. Esperamos que o problema se resolva o mais rápido possível, pois os representantes da Sertran não tem cumprido com sua palavra”, desabafou.

O sindicalista comenta que um dos funcionários precisou dar entrada em um hospital particular, mas foi impedido devido ao não pagamento do plano de saúde, que deveria ter sido feito pela empresa.

“Diante desta situação de emergência, o sindicato ajudou financeiramente com a promessa de a empresa de ressarcir, o que não aconteceu”.