por Tatiana Oliveira

Ministério Público de Minas Gerais estabelece junto aos órgãos públicos e proprietários de postos de combustível normas para abastecimento

Filas quilométricas fizeram parte do cenário da cidade desde a segunda-feira, 28, à noite, quando a segurança pública foi autorizada a abastecer em um posto de combustível próximo ao viaduto da entrada do bairro Novo Horizonte. No momento, haviam chegado 15 mil litros de combustível, sendo dividido em etanol, gasolina e óleo diesel. A prioridade foi para abastecer veículos ligados à Polícia Civil, Polícia Militar e serviços essenciais para a população, como, por exemplo, ambulâncias.

 

Durante a madrugada alguns civis conseguiram abastecer os veículos, com limite de R$100 por carro e R$30 por moto. Ontem, 29, pela manhã, os cidadãos formavam filas após a divulgação de que cinco postos da cidade iriam receber caminhões de combustíveis. Quem chegou aos postos da cidade com galões e/ou garrafas saiu de mãos vazias, pois a recomendação era que apenas os veículos fossem abastecidos.

No posto Mauá, localizado na avenida Minas Gerais, algumas pessoas aguardaram desde cedo o combustível, mesmo com a previsão de chegada para as 15h. “Fui um dos primeiros a chegar, às 9 horas e estava com a senha 53. Esperei, porque preciso do combustível”, disse um consumidor.“A senha, distribuída com o auxílio da Polícia Militar, foi para organizar e evitar tumulto; inclusive, começou a ter briga, pois havia gente‘furando fila’”, relata o funcionário do posto Marcos Teixeira da Costa.

Ontem aproximadamente 20 caminhões tanque fizeram o abastecimento de postos da cidade, com ou sem escolta. Até o fechamento da edição foi estimado que mil consumidores tenham sido atendidos e outros mil aguardavam abastecimento em filas nos postos.

O Ministério Público de Minas Gerais, por meio da promotora Cristina Fagundes Siqueira, da 4ª Promotoria de Justiça, reuniu-se ontem, 29,à tarde com autoridades do Exército Brasileiro, representantes de dezoito postos de combustível, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Procuradoria e Polícia Civil para estabelecer normas que regulamentem o sistema de abastecimento do município durante o período da paralisaçãodos caminhoneiroscom o objetivo de padronizar a distribuição. A recomendação é válida para Araguari e Indianópolis e o descumprimento está sujeito à sanção estabelecida na Recomendação Ministerial nº 02/2018.

No momento ficou definida a quantidade máxima de R$100 por consumidor e também que o abastecimento por meio de galões ou recipientes de combustível não serão permitidos. Serão adequadas filas de veículos prioritários e de abastecimento comum, observando ordem de chegada.

Tem prioridade, mediante autorização e/ou identidade funcional/profissional: veículos oficiais da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, viaturas do Sistema Prisional, bem como ambulâncias e outros veículos ligados à área de Saúde e Segurança. Atendidos esses veículos deverão ser abastecidos os demais dos setores de serviços de transporte coletivo urbano, coleta de lixo, veículos escolares, veículos funerários e outros da administração pública que não disponham de locais de abastecimento próprios.

Os veículos particulares de profissionais da Saúde e da área de Segurança Pública também tem prioridade, limitados à R$100, bem como veículos de deficientes físicos devidamente sinalizados e adaptados. A Polícia Militar está realizando ação ostensiva de policiais de seu efetivo para acompanhar o abastecimento, manter a ordem e evitar possíveis confusões.