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Pergunte ao Doutor – Sepse

sex, 18 de setembro de 2015 08:23

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1-Você sabe o é a sepse?

Antigamente era conhecida como septicemia ou infecção generalizada, na verdade, trata-se de uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar a parada de funcionamento de um ou de mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente.

2-Como é a sepse hoje no Brasil?

Atualmente a sepse é a principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTI). A sepse mata mais do que o infarto do miocárdio e do que alguns tipos de câncer.

O nosso país tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo pela sepse. Estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas morrem anualmente.

Esse quadro precisa mudar e você também pode ajudar!

Entender o que é a sepse é um importante passo nessa luta que não é apenas dos profissionais de saúde, mas de todos nós.

3-Quem tem mais risco de adquirir sepse?

Prematuros; crianças abaixo de um ano; idosos acima de 65 anos; pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo, pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes; usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas.

MAS ATENÇÃO: Qualquer pessoa pode ter sepse.

4-Como a sepse pode ser diagnosticada?

Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão passando por uma infecção e apresentam febre, aceleração do coração (taquicardia), respiração mais rápida (taquipneia), fraqueza intensa e tonteiras e pelo menos um dos sinais de gravidade, como pressão baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou ficam confusos (principalmente os idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico.

5-Quais os tipos de infecção que podem evoluir para sepse?

Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são a pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias. Por isso quanto menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da sepse. Para tal, o tratamento rápido das infecções é uma estratégia que deve ser adotada.

6-O tratamento da sepse exige recursos sofisticados?

Não. A maioria das medidas eficazes para tratamento da sepse pode ser realizada com o treinamento dos profissionais de saúde, utilizando recursos disponíveis em grande parte das unidades de saúde.

7-Como é o tratamento?

O principal tratamento da sepse é administrar antibióticos pela veia o mais rápido possível. Podem ser necessários oxigênio, líquidos na veia e medicamentos que aumentem a pressão arterial. A diálise pode ser necessária se os rins pararem de funcionar. Um aparelho de respiração artificial pode ser utilizado em caso de dificuldade respiratória grave.

8-É possível prevenir a sepse?

O risco de sepse pode ser diminuído, principalmente em crianças, respeitando-se o calendário de vacinação. Uma higiene adequada das mãos e cuidados com o equipamento médico podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à sepse. Mas atenção: sepse não acontece somente devido a infecções hospitalares. Assim, bons hábitos de saúde podem ajudar. Outra dica importante é evitar a automedicação e o uso desnecessário de antibióticos.

9-O que é a campanha “Pare a Sepse, Salve Vidas”?

É o slogan do Projeto “Dia Mundial da Sepse”, comemorado recentemente no dia 13 de setembro. Trata-se de um projeto mundial capitaneado pela GSA (Global Sepsis Alliance), uma organização sem fins lucrativos, cujo objetivo central é aumentar a percepção da sepse tanto entre profissionais de saúde como entre o público leigo e, assim, priorizar a sepse como uma emergência médica a fim de que todos os pacientes possam receber intervenções básicas, incluindo antibióticos e fluídos intravenosos, dentro da primeira hora.

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