por Adriano Souza

Justiça de Araguari promete seguir nas investigações

Desde o último final de semana, a Gazeta do Triângulo vem trazendo notícias sobre o caso da existência de um veículo na encosta da BR-050, nas proximidades da Arpasa, que pode pertencer à uberlandense Daniela Freitas Pimenta Muniz, desaparecida desde 2009, quando saiu de casa para ir até uma farmácia e nunca mais retornou.

Conforme apurado pela reportagem, o Ministério Público de Araguari solicitou apoio da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar Ambiental que realizaram uma operação conjunta no local para chegar até o veículo.

 

Na operação de ontem, foram encontradas apenas partes do carro inclusive, o banco traseiro estava em um local de difícil acesso. A Promotoria de Justiça de Araguari relatou que o caso não está encerrado e que serão realizadas novas investigações para apurar o assunto.

A reportagem voltou a falar com a irmã da vítima, Tatiana Freitas Pimenta, que hoje reside em Brasília. Após tomar conhecimento da ação judicial de ontem, ela disse que vai acionar a Justiça de Uberlândia para apurar as informações. “O veículo estava em nome do meu cunhado, marido da vítima. Queremos saber quem retirou o mesmo do lugar. Em 2011 o carro foi encontrado pela PM de Araguari, mas não havia queixa de roubo. Vamos cobrar o fim desse caso que muito afetou nossa família e nossas vidas.”

Daniela Freitas Pimenta Muniz tinha 37 anos quando saiu de sua casa em Uberlândia para comprar um remédio na farmácia e nunca mais voltou.

De acordo com o Ministério Público, o que sobrou do veículo (um Ford KA) encontrado a mais ou menos 50 metros da margem da rodovia, pode ter sido arrastado por uma grande quantidade de água de chuva que passa pela valeta uma vez que, há partes dele espalhadas num raio de aproximadamente 2 km. Não está descartado que o mesmo possa ter acontecido com os restos mortais da mulher desaparecida e, por isso, cães farejadores devem ser usados na região.

Em 2011 foi a Polícia Militar de Araguari que encontrou o carro no local. Conforme um dos policiais, que prefere não ter o nome revelado, quando ele e seus companheiros desceram, três anos após o desaparecimento da uberlandense, uma das hipóteses é que o veículo tenha ficado naquele lugar, pois estava totalmente destruído e em uma valeta.

Ainda segundo o policial, a única forma de retirar o carro seria desmanchando o mesmo, o que aconteceu ao longo dos anos. Os dados foram levantados e repassados para Uberlândia de onde era a placa do veículo. Não havia registro de furto ou roubo.