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Pároco de igreja de Araguari é suspeito de tentativa de abuso sexual

ter, 25 de março de 2014 01:36

Sacerdote teria oferecido dinheiro ao adolescente
de 12 anos em troca de sexo; ato não foi consumado

DA REDAÇÃO – Um padre de 48 anos foi preso na noite de sexta-feira, 21, pela Polícia Militar após suspeitas de tentativa de abuso sexual. De acordo com informações da Polícia Civil, um adolescente de 12 anos passava na porta da residência dele quando recebeu a oferta de R$ 20 para praticar sexo. O menino teria saído correndo até a casa da avó, onde contou para a mãe o incidente.

O suspeito é pároco na Paróquia São Judas Tadeu, entre os bairros Independência e Goiás e reside nas proximidades. O bispo Dom Paulo Francisco Machado, responsável pela Diocese de Uberlândia à qual pertence a igreja de Araguari, afirmou em nota que o sacerdote foi afastado de suas funções até o julgamento e colocou a Igreja à disposição da Justiça.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Paula Fernanda de Oliveira, uma ordem de serviço foi expedida para apurar se existem outros envolvidos. “Vamos analisar a versão da vítima. Ela teria dito que outra criança passou pela mesma situação e não teve coragem de procurar as autoridades,” disse.

A titular da Delegacia de Proteção à Mulher, ao Idoso, à Criança e ao Adolescente negou que o padre tivesse outras passagens pelo mesmo crime ou qualquer outro tipo de delito. Ele foi conduzido ao Presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia, para ter a integridade física preservada.

Confira abaixo a íntegra da nota oficial
publicada pelo bispo Dom Francisco Machado:

“A Diocese de Uberlândia, na pessoa do seu Bispo Diocesano, Dom Paulo Francisco Machado, vem apresentar nota ao público em geral, com relação aos fatos envolvendo a prisão do Padre na cidade de Araguari, nesta Diocese, e que tomou as devidas providências determinadas pelas leis da Igreja Católica, afastando-o de imediato das suas funções sacerdotais.

A Igreja, Mãe e Mestra, não pode aceitar qualquer tipo de comportamento contrário aos princípios da moral e ética cristãs destinados ao reto modo de viver de todos os seus filhos e filhas, chamados a um contínuo processo de conversão de todo tipo de pecado.

Declaramos ainda que a Igreja não é  responsável por atos particulares de seus membros. Reitera que aquele que infringir a Lei Moral e Cível, sendo maior de idade, é que deve assumir integralmente todas as consequências legais de suas ações perante as leis do Estado Brasileiro e da Igreja Católica. Ao clérigo culpado, e tão somente a ele, deve ser imputado o comportamento reprovável que viola não somente o Direito Penal Brasileiro, mas também as leis Eclesiásticas.

Nesse sentido, a Igreja se colocará à disposição da justiça no intuito de esclarecimento de todos os fatos. Ressalta que tomará rigorosamente todas as providências exigidas pela lei canônica e civil para apurar os fatos e se houver culpa, punir o responsável.
Temos consciência de que ao pecador acenamos com o caminho da conversão para acolher o perdão divino. Para o enfermo – não conhecemos os mistérios que cercam tais comportamentos – desejamos oferecer o remédio, mas para o delito almejamos a punição e que seja feita justiça.

Como Pastor de toda a Diocese de Uberlândia, com o coração profundamente ferido, quero dar-lhe voz para suplicar o perdão.”

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