Outubro Rosa – “Escolher-se todos os dias: a história de Superação de tersia ferreira”, do Bni Minas Inter
qua, 29 de outubro de 2025 08:57Da Redação
Receber o diagnóstico foi como ter o chão arrancado dos pés. Foi assim que a advogada previdenciária Tersia Ferreira, secretária-tesoureira na atual gestão do BNI Inter, grupo integrante do BNI Região Triângulo Norte, descreveu o momento em que soube estar com câncer de mama. Mulher ativa, acostumada a cuidar de tudo e de todos, ela se viu diante da própria vulnerabilidade — e precisou aprender a olhar para si.
“Nos primeiros dias, o medo tomou conta de mim: medo da morte, do tratamento, do que viria pela frente. Mas, aos poucos, esse medo foi dando lugar a uma força que eu nem sabia que tinha. Foi um processo de entrega e fé. De entender que eu precisaria confiar, respirar e viver um dia de cada vez”, relembra.
Os números que alertam
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais incidente entre as mulheres brasileiras, representando cerca de 30% dos novos diagnósticos femininos. A estimativa é de 73.610 novos casos por ano no triênio 2023–2025 — uma taxa ajustada de 41,9 casos por 100 mil mulheres.
Em 2023, o país registrou mais de 20 mil mortes pela doença.
A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem índices de cura superiores a 90%. Estudos apontam que a sobrevida em cinco anos pode chegar a 98,7% nos casos detectados em estágios iniciais.
Ainda assim, o acesso ao rastreamento é desigual: em 2022, o SUS realizou 4,2 milhões de mamografias, sendo 3,8 milhões de rastreamento — a maioria concentrada nas regiões Sul e Sudeste.
Esses números reforçam a importância do Outubro Rosa, campanha global criada na década de 1990 para conscientizar sobre prevenção e diagnóstico precoce.
O poder do autocuidado
Durante o tratamento, Tersia percebeu que não poderia manter o mesmo ritmo de antes. “Meu corpo pedia descanso — e a alma também. Foi quando aprendi, talvez pela primeira vez, a me colocar em primeiro lugar. Entendi que cuidar de mim não era egoísmo, mas uma necessidade. Desacelerar virou sinônimo de amor próprio.”
Ela conta que teve o apoio incondicional da família, do marido e das filhas, mas encontrou também um amparo inesperado no grupo de negócios que integra: “O BNI foi um abraço coletivo. Recebi mensagens, flores, orações, palavras de carinho. Eu me senti acolhida, lembrada e cuidada. Foi um lembrete poderoso de que eu não estava sozinha, mesmo nos dias mais difíceis”, recorda.
Enquanto enfrentava o tratamento, o grupo sustentou seu espaço e seu ritmo. “Saber que eu podia contar com pessoas que entendiam meu momento e respeitavam meus limites foi libertador. Profissionalmente, esse apoio me deu tranquilidade para me afastar quando precisei — e confiança para voltar quando fiquei curada.”
Nova visão sobre liderança e colaboração
A experiência transformou sua forma de enxergar a vida e o trabalho.
“A sororidade é mais do que uma palavra bonita — é uma atitude. No mundo dos negócios, onde muitas vezes existe competição, eu vivi, no BNI, o poder da colaboração. Quando uma mulher segura a mão de outra, todas nós crescemos.”
Recuperada, Tersia segue compartilhando sua história e incentivando outras mulheres a cuidarem da saúde física e emocional. “Liderar com cuidado é olhar as pessoas além dos resultados. É entender que cada um tem sua história, seus limites e suas dores. A força verdadeira está na vulnerabilidade compartilhada.”
O aprendizado virou prática dentro da sua empresa e também no BNI: “O autocuidado se tornou um valor. Quando a gente se cuida, tudo ao redor flui melhor — os relacionamentos, o trabalho, os resultados. Não esperem o corpo ou a vida pedirem socorro. Façam seus exames, escutem seus sinais, desacelerem quando for preciso.”
Com serenidade e propósito, ela encerra com uma mensagem que resume tudo o que viveu: “O trabalho pode esperar. A vida, não. Prevenção e autocuidado não são luxo — são necessidades. Escolham-se todos os dias.”

Legenda: Advogada e secretária-tesoureira na atual gestão do BNI Inter, em Uberlândia, compartilha como o câncer de mama transformou sua forma de viver, trabalhar e liderar — e como a rede de apoio fez toda a diferença.
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