Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024 Fazer o Login

Ocorrências de animais silvestres em residências continuam frequentes

sáb, 8 de fevereiro de 2020 05:06

Da Redação

A presença de animais silvestres no perímetro urbano é cada vez mais perceptível, principalmente no que se refere às cobras. O número de serpentes encontradas em terrenos, residências e demais estabelecimentos do município aumentou consideravelmente, gerando ocorrências de resgate quase que diariamente.

Uma das justificativas para situações como essa se deve ao desmatamento da vegetação e, destruição do habitat natural desses animais, levando-os a migrarem para a cidade. Outra possibilidade é que essas cobras sejam trazidas da zona rural através dos veículos, uma vez que elas podem se esconder dentro do motor do carro.

542 resgates de animais silvestres foram realizados em 2019

542 resgates de animais silvestres foram realizados em 2019

A assessora da 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros Militar de Araguari, Adriana Campos, contou que em épocas mais quentes, é comum ouvir relatos de aparecimento de cobras na cidade. A temperatura externa é essencial para as atividades destes animais, sendo o momento em que voltam à rotina após um longo período de hibernação.

Em 2019, a companhia atendeu a 542 ocorrências de resgate de animais silvestres. Em anos anteriores os números também se mostraram significativos, chegando de 201 ocorrências em 2016, a 489 em 2018. Este ano, aconteceram 13 chamados neste sentido no mês de janeiro, todos eles por captura de cobras. O balanço aponta que, mesmo abrangendo todos os tipos de animais silvestres, 90% dos resgates são de serpentes.

No intuito de evitar fatalidades, a militar do Corpo de Bombeiros faz algumas recomendações. Entre elas, é indicado o uso de botas de borracha até o joelho, ou botinas com perneiras ao andar no campo, mata e lavouras. É essencial manter os jardins, quintais e quaisquer terrenos baldios sempre limpos e livres de matagal. Caso seja necessário entrar em contato com algum lugar nessas condições, se deve usar gravetos, enxadas ou um gancho ao mexer em lenhas, buracos, folhas secas e troncos ocos.

Em caso de ataques, é recomendado que sejam tomadas medidas emergenciais de primeiros socorros. Lavar o local da picada com água corrente e sabão neutro é o primeiro passo, bem como, manter a vítima sentada ou deitada, de modo que a circulação do veneno não seja favorecida. Se a picada tiver sido no braço ou na perna, é essencial que se mantenha os membros em posição elevada.

Logo após estes primeiros cuidados, a pessoa ferida deve comparecer à unidade de saúde mais próxima para receber o atendimento adequado. Adriana Campos ainda alerta quanto à costumeira prática de amarrar o local da picada, o chamado ‘garrote’. Segundo a militar, o procedimento pode impedir a circulação e causar necrose. Além disso, jamais faça um corte no local da picada; também não se deve aplicar folhas, pó de café ou terra sobre o ferimento.

A assessora do Corpo de Bombeiros ressalta que, em caso de se deparar com uma serpente ou qualquer outro animal silvestre, o munícipe deve acionar a Companhia através do número 193.

“O desconhecimento faz com que muitas pessoas matem os animais, mesmo que alguns sejam inofensivos. As serpentes integram a cadeia ecológica e são cruciais para o equilíbrio do ambiente, fazendo parte de uma grande e complexa teia alimentar”, destacou.

Nenhum comentário

Deixe seu comentário: