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De Prosa com a Ares entrevista Leonardo Damaceno

qui, 14 de agosto de 2014 00:02

abertura de prosa com a ares
Uma das maiores empresas de produção de vídeo e solução de equipamentos de eventos no interior do Brasil, a Damaceno está no mercado há 24 anos, desenvolvendo um trabalho voltado para as áreas de produção e eventos e, recentemente, também passaram a atuar com o próprio salão de festas para ocasiões de pequeno porte. A empresa tem uma formação familiar e é dirigida por Nilson Damaceno, Bernadete Damaceno e o filho do casal, Leonardo Damaceno. Nesta edição, o De Prosa com a Ares entrevistou Leonardo, que é diretor comercial da produtora e falou um pouco sobre sucessão e empresas familiares.

Ares: Para você, como funciona a perspectiva da sucessão familiar?
Leonardo: A sucessão tem que ser por vontade própria. Empurrar o filho nunca dá certo, tem que ser algo nato. Eu acredito que essa questão de dar continuidade no trabalho dos pais tem que ser trabalhada com os filhos desde novinhos. Não dá para simplesmente assumir um cargo na empresa, se não houver aptidão para determinado setor. Apesar de ser uma empresa familiar, a gente tem que desenvolver um dom ao longo do tempo, ter afinidade com o trabalho e até mesmo vocação. Foi fácil quando comecei na Damaceno, porque gostava do trabalho e do que a gente vende aqui.

Ares: Todos os filhos seguiram esse mesmo caminho?
Leonardo: Não, tenho uma irmã que está cursando a faculdade de Pedagogia. Até pouco tempo, ela atuava na nossa empresa na área de gestão de pessoas e administração, mas como disse anteriormente, tem que ter vocação, e ela gosta e tem mais afinidade com a área educacional, voltada a crianças.

Ares: Como é assumir um cargo de liderança em uma empresa familiar?
Leonardo: Querendo ou não, é um desafio. Você precisa trabalhar dobrado e se esforçar ainda mais para provar para todo mundo que você é capaz de estar ali, tem competência pra desenvolver as atividades e não assumiu o cargo só por ser “o filho do dono”. Quando comecei na empresa, passei por diversas funções para aprender todas as atividades e não chegar como diretor logo no início. O tratamento aqui dentro é igual ao que todos recebem e a minha responsabilidade, dobrada.

Ares: A relação familiar interfere no andamento da empresa?
Leonardo: Apesar da emoção e o vínculo pesarem em determinadas decisões, nossa relação aqui dentro é profissional, e a gente se completa. Eu trago as ideias, novidades, participo de feiras e eventos no exterior e indico o que a gente pode mudar em termos de tecnologias e avanços. O Nilson, meu pai, já é mais pé no chão, sabe dizer qual é a hora certa de investir nisso ou naquilo e como o mercado vai receber essas inovações e mudanças tecnológicas. A Bernadete, minha mãe, é responsável pelo financeiro – e a cobrança é bem maior quando se fala em números e resultados. Mas apesar do vínculo e da cobrança constante de resultados melhores para nossa empresa, não deixamos os assuntos familiares se misturarem no meio do horário de trabalho.

Ares: Quais as principais dificuldades que a Damaceno enfrenta, enquanto empresa familiar?
Leonardo: Acho que devemos entender que nem sempre os parentes podem ser os melhores sócios, e saber sempre separar os conflitos de interesse familiar da empresa.

Ares: Você se vê trabalhando na empresa sem seus pais? Pretende continuar com a característica famíliar da Damaceno nas próximas gerações?
Leonardo: O mercado exige mudanças e adaptações constantes. Para o desenvolvimento de nossa empresa, eu acho necessário que a liderança da Damaceno continue sendo feita por pessoas que tenham os valores da empresa e a missão de levar a melhor solução para nosso cliente. Independente de laços familiares, o mais importante é sempre fazermos o que gostamos, porque assim, fazemos bem.

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