por Tatiana Oliveira

Rotatividade de vagas é elogiada, mas usuários sentem dificuldade na hora de pagar pelo uso delas

O estacionamento rotativo começou a funcionar oficialmente no dia 25 de setembro. Após quase um mês, usuários sentem dificuldade na hora de pagar pela regularização da vaga. Problemas como a falta de informação prestada pelos monitores e o preço cobrado pela vaga foram alguns dos apontados por quem não está satisfeito com o rotativo. Ao todo, 30 monitores estão espalhados pelas ruas onde é realizada a cobrança, mas, para alguns motoristas, o número não é suficiente.

Usuários elogiam disponibilidade de vagas

Camila Silva conta à Gazeta do Triângulo que todas as vezes que vai almoçar em um restaurante no centro da cidade não consegue encontrar um monitor para realizar o pagamento. “Eu não me sinto bem instruída. Sempre que vou almoçar demoro mais que 10 minutos. Como ainda não tenho aplicativo, sempre espero que alguma notificação esteja no meu carro ou que tenha um monitor próximo, e isso não acontece”, disse.

A falta de tempo para procurar um monitor também foi ressaltada. “Hoje a vida está muito corrida e a gente preocupado em pagar certinho e não cometer nenhuma ilegalidade, mas não dá para perder tempo indo atrás do ‘azulzinho’”, afirma Renato Almeida.

O vendedor Fábio Júnior também relatou problemas. Segundo ele, foi resolver algumas pendências no centro da cidade e só ouviu reclamações. “Enquanto estava em uma loja, soube que uma mulher ficou uma hora e meia procurando os meninos para pagar e não encontrou ninguém”, conta.

Thiago Coelho acredita que o problema está nos próprios araguarinos. “Se andar pelo centro tem no mínimo uns cinco pontos de venda da TAG e o aplicativo é gratuito, não precisa dos monitores”, disse. Segundo ele, falta a adaptação tecnológica dos próprios moradores.

Mesmo com as reclamações, diversos usuários elogiaram a iniciativa. “Até que enfim dá pra estacionar no centro”, elogia o desenhista Victor Naves. O Músico André Salomão também louva a implantação, mas sugere alterações. “Achei ótimo, mas mudaria o horário de cobrança. Não vejo sentido começar cobrar às 8h se o comércio não está aberto. Agora, para resolver as coisas no centro é um paraíso”, explica.

Um funcionário de um estacionamento privado no centro da cidade, que preferiu não se identificar, relatou à Gazeta que o movimento do local aumentou no início da implantação do estacionamento rotativo, mas agora está baixo. “Parece que as pessoas começaram a se acostumar com a Zona Azul”. Para os lojistas, só há pontos positivos. “Agora os clientes tem como parar próximo às lojas e isso ajuda no movimento do comércio”, disse a proprietária de um estabelecimento comercial na rua Rui Barbosa.

A reportagem tentou contato com o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana e com o diretor de operações da Exp Park – empresa responsável pela gestão do rotativo, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.

Notificação

Quem recebe a notificação deve procurar um monitor da Zona Azul para realizar o pagamento ou procurar o escritório da Exp Park na rua Marciano Santos, 66. “Vou ao Centro uma vez ao dia e normalmente não pago. Fui instruída a, caso não encontre os meninos, resolver meus assuntos, pois os monitores passam e colocam o boleto no capô”, relata a bióloga Lana Carla Tiso.

Como pagar

A Zona Azul de Araguari é cobrada das 8 às 18h de segunda à sexta-feira e, aos sábados, das 8 às 13h. Os primeiros 10 minutos de estacionamento são gratuitos. Para adquirir o tempo de vaga, os motoristas tem cinco opções. Além dos pontos de venda e da possibilidade de compra diretamente dos monitores, o pagamento pode ser feito pela internet e por meio de aplicativo de celular. A compra do serviço também pode ser disponibilizada por meio de um sistema que reconhece automaticamente a placa do carro e gera o valor para ser pago posteriormente.