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Já dizia os Beatles – Tudo o que você precisa é de amor (All You Need Is Love)

qui, 22 de maio de 2014 00:01

juliano fabricioJULIANO FABRICIO

Então… qual é a natureza dessa frase? Jesus responde: Realmente Real é o amor generoso, perdoador e salvador. 

Triunfará a vida sobre a morte no final? Com inabalável confiança Jesus responde: o reino do meu Pai não pode ser vencido nem mesmo pela morte. No final tudo dará certo, nada pode causar-lhe dano permanente; nenhuma perda é duradoura, nenhuma derrota mais do que transitória, nenhum desapontamento conclusivo. O sofrimento, o fracasso, a solidão, o pesar, o desencorajamento e a morte serão parte de nossa jornada, mas o reino de Deus vence todos esses horrores. Nenhum mal pode resistir à graça para sempre.

Se você for rejeitar o evangelho e der as costas ao cristianismo, faça-o por achar que as respostas de Jesus são inacreditáveis, blasfemas ou irremediavelmente otimistas. “Rejeite o cristianismo por cinismo, se você quiser, dê as costas a ele por acreditar que a Realidade é maligna e punitiva; escolha um Deus que é caprichoso, vingador ou descuidado, ou determinado a colocar o homem no seu lugar, se um Deus assim é mais do seu agrado. Se não é capaz de aceitar a idéia de que o amor está no cerne do universo, esse é um direito seu. Se não crê que o Absoluto deseja apaixonadamente ser nosso amigo e amante, então fique por favor à vontade para rejeitar essa noção aparentemente absurda. Se não crê que possuímos o entusiasmo, a força, a coragem e a criatividade necessários para amar uns aos outros como amigos, então jogue depressa essa idéia na lixeira. E se você acha ridículo crer que a vida triunfará sobre a morte, então não perca o seu tempo com o cristianismo, porque você não pode ser cristão se não acreditar nisso”.

Na Palestina do primeiro século, o povo da Judéia e da Galileia fez tudo para esquivar-se da proclamação do Reinado de Deus. Jesus anunciou que a velha era havia passado, que uma nova era surgia, e que a única resposta apropriada era ser cativado de assombro e de alegria.

Seus ouvintes não diziam: “Sim, rabi, cremos no Senhor”, ou: “Não, rabi, cremos que o Senhor é um tolo”. Ao contrário, perguntavam: “E os sanguessugas dos romanos?” ou “Quando o Senhor vai fazer um sinal apocalíptico?” ou “Por que o Senhor e os seus discípulos não estão dentro da lei judaica?” ou “De que lado o Senhor está com respeito a essas diversas controvérsias legais?”

Jesus replicava que os romanos não eram a questão, que a lei não era a questão, que milagres cósmicos não eram a questão. O amor implacável de Deus era a questão e, diante dessa revelação, os romanos e a Tora eram secundários. Sua audiência, porém, recusava-se teimosamente a admitir que a Tora podia ser secundária, ou que o domínio romano sobre a Palestina pudesse ser marginal. A Tora e Roma — eram essas as questões relevantes, os problemas fundamentais. “O que o Senhor tem a dizer a respeito disso, rabi?”

Uma vez mais, Jesus respondia que não tinha vindo para discutir a Lei ou desafiar o Império Romano. Tinha vindo anunciar a Boa Nova de que o Realmente Real e o amor e convidar homens e mulheres a uma resposta jubilosa a esse amor.

Críticos sóbrios, obstinados e realistas simplesmente sacudiam a cabeça. “Por que ele não enfoca as questões críticas?”

Desde o dia em que Jesus apareceu em cena desenvolvemos vastos sistemas teológicos, organizamos igrejas de alcance mundial, enchemos bibliotecas de brilhante erudição cristã, engajamo-nos em controvérsias devastadoras e embarcamos em cruzadas, reformas e reavivamentos. Ainda assim há pouquíssimos de nós com desatino suficiente para fazer a louca troca de tudo por Jesus; apenas um remanescente com a confiança de arriscar tudo no evangelho da graça; apenas uma minoria que cambaleia com a delirante alegria do homem que encontrou um tesouro enterrado.

Permita-me levantar algumas perguntas íntimas e pessoais a respeito do seu relacionamento com Jesus de Nazaré. Você vive cada dia na bendita segurança de que foi salvo pela graça única de nosso Senhor Jesus Cristo? Depois de cair de cara no chão, você permanece ainda firmemente convencido de que a estrutura da realidade está fundamentada não sobre as obras mas sobre a graça? Você é instável e melancólico porque permanece ainda lutando pela perfeição que vem pelos seus próprios esforços e não da fé em Jesus Cristo? Você fica chocado e horrorizado quando cai? Você está realmente consciente de que não tem de mudar, crescer ou ser bom para ser amado?

Você está tão certo do triunfo do bem sobre o mal quanto do azedar da massa através do fermento? Embora determinado dia você possa sentir-se mais deprimido do que nunca, sua vida está geralmente mais orientada na direção da paz e da alegria? Você se sente diminuído pela percepção que as outras pessoas têm de você, ou pela sua própria definição de si mesmo? Você possui um toque de desatino que transcende a dúvida, o medo e o rancor contra você mesmo, de modo a aceitar que é aceito?

Se não, você provavelmente faz parte da irmandade dos desiludidos, dilapidados e exauridos. Você talvez se sinta como uma tora reduzida a carvão, sua energia totalmente drenada, incapaz de acender qualquer fogo em si mesmo. Seus recursos interiores parecem estar completamente esgotados.

O primeiro passo no caminho do rejuvenescimento é aceitar quem você é e expor sua pobreza, fragilidade e vazio ao amor que é tudo. Não tente sentir nada, pensar em nada, fazer nada. Com toda a boa vontade do mundo, você não seria capaz de fazer qualquer coisa acontecer. Não force a oração. Simplesmente relaxe na presença de Deus em que você meio que acredita e peça por um toque de desatino.

Porque como disse os Beatles… “Tudo o que você precisa é de amor”
all you need

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