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Início de obras de recomposição do canal do córrego Brejo Alegre depende de liberação judicial

qua, 14 de junho de 2017 05:29

por Tatiana Oliveira

Licença ambiental foi emitida pela Superintendência Regional de Meio Ambiente do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – Supram

O trecho do córrego Brejo Alegre que sustenta o cruzamento entre as avenidas Coronel Theodolino Pereira de Araújo e Minas Gerais corre risco iminente de desabamento, é o que afirmam o sub secretário de Obras, Inácio Marcelo Gonçalves, e o superintendente da Superintendência de Água e Esgoto – SAE, André Fabiano dos Reis. Quem passa pelo local percebe que a via está parcialmente interditada. O sub secretário ressalta que a sinalização não é apenas para os veículos. “É importante que, como medida preventiva, os pedestres não passem pelo local da faixa de interdição e evitem aquela calçada”, explica.

No mês de março, uma forte chuva ocasionou queda de uma parte da estrutura no córrego Brejo Alegre que sustenta o trecho de ligação das avenidas. Segundo informações da secretaria de Obras, na sexta-feira, 9, o procurador do município e o prefeito Marcos Coelho de Carvalho (PMDB) protocolaram um parecer técnico com relação à liberação da execução da obra no trecho. “Como engenheiro emiti esse parecer técnico e pedi caráter de urgência, pois há risco iminente de desabamento. Estamos aguardando resposta do juiz”, afirma Gonçalves.

Pedestres devem evitar calçada próximo a trecho interditado

Pedestres devem evitar calçada próximo a trecho interditado

 

O subsecretário informou à Gazeta do Triângulo que, caso a resposta do juiz demore, novas interdições serão feitas. “Neste mês o trecho desmoronou mais um pouco, não podemos ficar aguardando. Se for o caso, vamos interditar toda a via sentido bairro Miranda e utilizar a avenida Minas Gerais sentido bairro-centro”, diz o engenheiro. O superintendente da SAE ressalta que “a situação só não agravou, pois a chuva parou”.

Segundo o superintendente, o trecho é contemplado pelo projeto da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Central. “Quando a Prefisan apresentou o projeto estava previsto que aquela área seria refeita. Com o desabamento que aconteceu em março, a empresa está assumindo a responsabilidade sem custo adicional”, explica. O emissário da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) irá passar pelo trecho obstruído e a empresa Prefisan se propôs a promover o conserto parcialmente. Porém, devido ao processo contra a empresa que realizou o serviço na administração anterior foi solicitada autorização judicial para ocorrer a intervenção.

Em entrevista anterior à Gazeta o secretário de Obras, Paulo Sérgio Brito, contou que, na gestão passada, para evitar o transtorno, foi promovida uma obra estimada em mais de R$ 800 mil. Os engenheiros da secretaria fizeram uma avaliação técnica e chegaram à conclusão de que a empresa que executou a obra deveria corrigir o problema imediatamente. Dada a omissão dos responsáveis, a documentação sobre o fato foi encaminhada ao departamento jurídico da prefeitura que acionou o Judiciário.

Na época, os engenheiros da secretaria de Obras promoveram uma avaliação técnica sobre a situação e chegaram à conclusão de que a empresa responsável precisa corrigir o problema que foi previsto em 2015, pelo então secretário de Obras, José Radi Neto.

ETE Central

O projeto da Estação de Tratamento de Esgoto teve início em 2006, elaborado pela empresa Tec Minas, de Belo Horizonte. Em 2007, o projeto foi paralisado devido à necessidade e adequações, sendo aprovado apenas em 2013, pelo Ministério das Cidades.

Para a confecção do projeto, foram investidos cerca de R$ 600 mil, sendo que a execução da obra foi orçada em aproximadamente R$ 39 milhões. Os recursos foram conquistados através de um financiamento junto ao Governo Federal (R$ 32 milhões) e o restante será de contrapartida do Fundo Municipal da SAE.

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