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Explosões a caixa eletrônicos diminuem, mas promotor aponta erro em levantamento

qui, 1 de maio de 2014 00:27
No município, último ataque ocorreu há dois meses

DA REDAÇÃO – Na madrugada de 27 de fevereiro deste ano, bandidos invadiram uma farmácia no Centro de Araguari, explodiram um caixa eletrônico com bananas de dinamite e levaram dinheiro. O prédio ficou praticamente destruído. Desde então, nenhum outro caso dessa natureza ocorreu no município.

De acordo com levantamento da Secretaria de Estado de Defesa Social, Minas Gerais apresentou redução de 15% no número de explosões de caixas eletrônicos no primeiro trimestre de 2014 em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 126 ocorrências de janeiro a março de 2013 contra 108 nos primeiros três meses de 2014. A situação é praticamente a mesma em abril.

Para o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, a queda nos índices é reflexo do trabalho preventivo e repressivo das Polícias Civil e Militar, além da parceria com órgãos como o Exército e a Polícia Rodoviária Federal para fiscalização de estradas e mineradoras. “Temos conseguido realizar diversas operações integradas, que demonstram resultados muito positivos na apreensão de armas, explosivos e drogas e, também, no cumprimento de mandados de prisão”, afirmou.

Rômulo Ferraz ressaltou a importância das operações Divisas Seguras, coordenadas pela Seds e realizadas em parceria com as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Receita Estadual, a Receita Federal, o Ministério Público, a Polícia Rodoviária Federal e os Estados de São Paulo, Goiás, Espírito Santo e Mato Grosso.  O objetivo é impedir a entrada de veículos roubados, explosivos, armas, drogas e outros materiais ilícitos em todas as regiões de Minas Gerais. Somente nestas operações foram apreendidos 300 quilos de material explosivo e três bobinas de cordel detonante.

Para o promotor criminal da comarca de Araguari, André Luís Alves de Melo, a Secretaria de Estado de Defesa Social erra na causa da redução: “na verdade, reduziu porque os bancos diminuíram os horários de funcionamento dos caixas eletrônicos, ou seja, a população ficou prejudicada”, observou.

André Luís frisou que os criminosos cometiam este crime porque a pena era inferior a quatro anos e eles eram condenados em regime aberto domiciliar por falta de vagas em albergue. “Em alguns países, subtração mediante  explosão é roubo e não furto (violência contra a coisa também é roubo); no Brasil, apenas a violência contra a pessoa é roubo, por isto a pena para explosão a caixas é pequena e os criminosos ficam soltos na prática”, pontuou.

REGIÃO

A 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), com sede em Uberlândia, que tradicionalmente era uma das mais atingidas pelo crime de explosão, completou, na semana passada, um mês sem registros.

Para o comandante-geral da 9ª Risp, coronel Volnei Marques, a queda nos índices deve-se ao trabalho de inteligência realizado, que leva à prisão de envolvidos e à apreensão de artefatos utilizados para a prática criminosa.

“Temos um grupo de inteligência formado por dois policiais civis, dois policiais militares e um policial federal, que fazem estudos e levantamentos e, por isso, chegamos aos bons resultados”, afirmou o ex-comandante do Batalhão de Polícia Militar em Araguari.

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