Executivo fecha comércio e promove fiscalização para fazer cumprir as medidas de restrição
qua, 24 de junho de 2020 01:44Da Redação

A nova previsão é de que o pico da pandemia seja atingido no estado em 15 de julho.
O número de infectados pela covid-19 em Araguari e região continua aumentando, segundo mostra o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), na manhã desta terça-feira, 23. No município são 125 notificações com resultado positivo para a covid-19 e três mortes. Por sua vez, o último relatório divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde aponta 289 casos confirmados e 374 suspeitos.
Também há sete óbitos em investigação e 34 pessoas internadas em leitos de UTI e enfermaria em Araguari. Diante do crescimento das notificações e internações, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 decidiu suspender as atividades consideradas “não essenciais”. A iniciativa atende às determinações impostas pelo Ministério Público, devido à falta de leitos para atender à demanda de casos na cidade. Assim, desde a manhã desta terça-feira, comerciantes se viram obrigados a permanecer de portas fechadas para evitar a aplicação de multas, entretanto, a reportagem verificou que outros insistiram em manter os serviços. Nestes casos, o Executivo encaminhou fiscais, principalmente ao centro comercial do município, a fim de verificar o cumprimento das medidas restritivas, além de orientar os comerciantes e lojistas. A reportagem averiguou ainda que o trabalho tem sido acompanhado pela Polícia Militar.
“As equipes de fiscais da prefeitura são os responsáveis pelo trabalho, assim, ao sair às ruas, os fiscais chegam nos estabelecimentos para cumprir a legislação vigente e caso o cidadão não venha acatar as ordens, os militares estão à disposição para garantir o poder de polícia da prefeitura neste quesito. Se necessário for, atuamos, fazendo a prisão da pessoa que por ventura não queira cumprir a determinação, ” explicou o militar, tenente Jesse.
A informação é de que o comércio permaneça fechado por tempo indeterminado, por outro lado, o Judiciário afirma que somente poderá rever a sua decisão com existência de mais leitos, inclusive de UTI.
A situação divide opiniões na cidade. Para os comerciantes, fechar o comércio não irá solucionar a situação. “É importante aumentar a testagem das pessoas e isolar aquelas que estão contaminadas, além de entregar os leitos que foram prometidos, pois, temos verba para resolver isso de forma rápida e sem interferir no trabalho dos comerciantes, que estão cumprindo o plano de contingência. Temos visto aglomerações muito piores nas filas de bancos, por exemplo, e ninguém faz absolutamente nada. O que está faltando na nossa cidade é um administrador que organize essa situação”, afirmou o lojista Carlos da Silva Santos.
Por outro lado, há quem acredite que a medida é necessária para evitar mais casos e mortes causadas pela covid-19. É o caso da professora Ana Helena Campos. “Tem que fechar tudo, porque não adianta deixar aberto. O povo já está fazendo festas particulares em casa todos os finais de semana e não temos ninguém para fiscalizar. Sou favorável ao fechamento e às multas aplicadas para quem descumprir as medidas”, ponderou.

Para os comerciantes, fechar o comércio não irá solucionar a situação
Os próximos dias serão cruciais no combate ao novo coronavírus, segundo ressaltou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), durante entrevista nesta terça-feira. 23. A nova previsão, é de que o pico da pandemia seja atingido no estado em 15 de julho. “Teremos 20 ou 25 dias cruciais, pois, se a curva crescer mais que o esperado, poderemos enfrentar dificuldades. Estamos fazendo de tudo para chegar a uma situação suportável”, afirmou.
Diante disso, a orientação continua sendo o cumprimento das medidas preventivas como uso de máscaras, álcool em gel e principalmente, o distanciamento social. Dados coletados pela Saúde detectaram que 640 municípios de Minas Gerais têm, pelo menos, um caso de coronavírus confirmado, ou seja, a pandemia se alastrou por pouco mais de 75% das 853 cidades e o número de infectados em Minas Gerais praticamente triplicou em pouco mais de três semanas: a quantidade de diagnósticos positivos alcançou a marca de 29.897. O boletim aponta ainda para a confirmação de mais de 30 óbitos causados pela doença apenas nas últimas 24 horas, sendo assim, foi contabilizada, no total, a morte 720 pessoas. Há ainda 11.882 pacientes em acompanhamento e pelo menos 17.295 pessoas se recuperaram da doença.
Conforme verificou a reportagem, Belo Horizonte é a cidade que concentra sozinha o maior número de casos, 4.571, sendo que 96 moradores da cidade morreram após serem infectados. O cenário também é de alerta em Uberlândia, segunda cidade de Minas Gerais com o maior número de casos, entretanto, o relatório do próprio município denuncia um quadro mais alarmante: o boletim mais recente aponta para 5.540 casos confirmados na cidade. A taxa de ocupação dos leitos de UTI é uma preocupação ainda maior, cerca de 97% dos leitos disponíveis já abrigam pacientes infectados ou suspeitos.
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muitos olham o empresario como o lobo a ser caçado,outros olham como a vaca a ser ordenhada,poucos enxergam como o cavalo que puxa a carroça
Esse ano gêmeo está perdido. A influenza foi dois anos. A solução é esperar pra ver até aonde isso vai. Se o governo brasileiro tivesse tomado uma atitude bem antes do carnaval, tivesse proibido viagens internacionais, fechado fronteiras. Talvez nós não estivéssemos nessa situação.
Fecha o comércio e o povo vai para festinhas particulares, churrasco com os amigos, trilhas, cachoeiras e outras aglomerações. É o comerciante ou o povo quem está errado?
É o comerciante ou o prefeito que está mais perdido que cego em tiroteio? Nosso gestor público municipal é uma piada de muito mau gosto.