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Escolas estaduais de Araguari não estão aptas a retomarem as aulas

dom, 4 de outubro de 2020 00:20

Da redação

Nesta quinta-feira, 01, o Governo do Estado de Minas Gerais, divulgou o plano que dispões o retorno das atividades presenciais nas escolas estaduais, diante do cenário de pandemia da Covid-19. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, a adesão às medidas preventivas se trata de uma recomendação direcionada aos profissionais e demais responsáveis pelos alunos, bem como, aos próprios estudantes, visando um retorno seguro.

Até o município chegar à onda verde, atividades de ensino seguem na modalidade à distância.

Até o município chegar à onda verde, atividades de ensino seguem na modalidade à distância.

O protocolo se baseia nas orientações do Ministério da Saúde (MS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O cumprimento das normas noticiadas é obrigatório para todas as escolas estaduais da rede de ensino público. “Recomendo que a população leia o protocolo, uma vez que a retomada das atividades presenciais nas escolas envolve toda a sociedade. O documento busca contemplar todos os parâmetros, bem como, os diferentes ambientes da atividade escolar”, destacou o secretário.

 

Durante coletiva de imprensa, a secretária de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), Julia Sant’anna, informou que os estudantes não serão obrigados a aderir ao programa de retorno presencial. “Como apenas as escolas localizadas em municípios da onda verde do Minas Consciente estão autorizadas a retomar as atividades presenciais, é indispensável que haja um diálogo com os prefeitos para que se tenha uma consonância com o município. Vale destacar também que nós seguiremos com a execução do modelo remoto de atividades. Assim, a decisão de enviar os alunos para as escolas ou não, segue como um direito e escolha dos pais/responsáveis”, ressaltou.

 

Conforme o cronograma apresentado pela SEE-MG, a previsão de reabertura das escolas é para a próxima segunda-feira, 5. No entanto este período corresponde ao planejamento das atividades e acolhimento dos funcionários junto à diretoria. Além disso, é preciso que um checklist do protocolo sanitário seja aplicado em todas as escolas estaduais antes de autorizar o efetivo retorno dos alunos.

 

Em entrevista à Gazeta do Triângulo, José Luís Costa, coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte), reforçou que, a data do dia 5 de outubro equivale somente à presença do setor administrativo, algo que já vem acontecendo. A medida tem o intuito de estabelecer um cronograma e, preparar as condições para um possível retorno no futuro. No entanto, ele reforça que o cenário não está propício para esta atitude, tendo em vista a dificuldade de aplicar e assegurar o cumprimento das normas estabelecidas pelo Estado.

 

“São coisas impossíveis de se fazer, fora do controle. Não há meios da gente pôr isso em prática. Por exemplo, 1,5 m de distância por aluno. Eu tenho salas de 50 m² que tem 40 alunos e, tem que deixar espaço para circular. Isso quer dizer que eu vou ter que tirar quase metade dos alunos. E como eu vou fazer essa divisão, quem iria para escola e quem não iria? Quais dias eles iriam? Seria um rodízio?”, ponderou.

 

Na oportunidade, ele ainda chamou a atenção para a dificuldade em fornecer os equipamentos de proteção individual (epi), necessários e na quantidade adequada para cada aluno. Isso porque, há tempos, as escolas estaduais já apresentam dificuldades em fornecer o básico como, sabonete, papel higiênico, materiais para xerox, entre outros. Para o coordenador do SindUte, os pareceres irão depender de um consenso entre os comitês a âmbito estadual e municipal. “Araguari ainda está na onda amarela, o que impede, veementemente, a reabertura das escolas”, finalizou.

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