por Tatiana Oliveira

No evento serão executadas coreografias do espetáculo “Era uma Vez”

Nessa sexta-feira, 14, às 20h30 a praça Getúlio Vargas recebe mais uma Mostra de Inverno do Studio Arabesque de Dança. Coreografias de ballet clássico, jazz, sapateado e dança contemporânea farão parte das apresentações adaptadas do espetáculo “Era uma Vez”, que foi apresentado em dezembro do ano passado. “Demos uma enxugada no espetáculo, caso contrário ficaria muito extenso. Faremos uma mostra de algumas coreografias que foram dançadas”, afirma a diretora artística e pedagógica do espetáculo Marília Tozzo.

 

Na última edição, “Era uma Vez” contou com aproximadamente dois mil expectadores. Com jogo de iluminação, cenário, figurino desenhado, a escola entra no mundo das histórias infantis. Juntos, os 200 bailarinos tem a tarefa de ajudar a contar a história da Cinderela por meio da dança, uma das princesas mais conhecidas dos contos de fadas. “O evento será nos padrões Arabesque, bem preparado e planejado”, afirma o diretor administrativo produtor Agostinho Tozzo Júnior.

Na Mostra, o espetáculo irá durar em torno de uma hora e conta com 19 coreografias, entre turmas antigas e novas. “Temos algumas coreografias feitas especialmente para as turmas novas; assim, quem se matriculou neste ano pode participar”, afirma o produtor.  “São três turmas que estão fora do contexto da peça. Tem outras coreografias também que farão parte do espetáculo, mas são com alunas novatas”, acrescenta a diretora artística.

Tozzo Júnior afirma que o espetáculo está pronto e com boa qualidade. “Apresentamos o Era uma Vez em quatro sessões no ano passado, então o pessoal está mais à vontade, sentindo-se mais tranquilo. Apesar de que, cada vez que sobem no palco é uma estreia, sempre há o nervosismo”. Para a apresentação na Mostra de Inverno, os bailarinos estão relembrando as coreografias. “O espetáculo é do ano passado, então tem entre dois e três meses que estamos relembrando as coreografias”, explica Marília Tozzo.

Para o diretor administrativo, a interação entre família, artista e a escola é fundamental para a realização dos eventos. “Gostaríamos de agradecer aos pais, porque eles colaboram efetivamente, tanto na disposição com os ensaios, com a presença deles aqui, quanto na questão financeira”, diz. “Existe uma taxa de participação que, se eles não concordassem, nós não conseguiríamos fazer a mostra”, ressalta.

Nessa 10ª Edição, foi confirmada a presença do Uberlândia Foodtrucks. “Eles estarão com cinco trailers espalhados pela praça durante todo o evento”, diz Tozzo Júnior.

A primeira Mostra aconteceu em 2008, e desde então, vem arrebatando muitas palmas e premiações durante vários festivais. Como resultado, atualmente, Araguari é reconhecida nacionalmente como um dos expoentes da dança. A Mostra de Inverno passou por um hiato de dois anos sem acontecer. De acordo com o diretor administrativo, a produção de um espetáculo de dança tem altos custos financeiros. “Todos os anos nós fazíamos a Mostra de Inverno, mas em 2015 e 2016 não foi possível devido ao custo e também a dificuldade de produção. Agora não pretendemos parar mais”.

Para Tozzo Júnior, um dos principais motivos da mostra é dar oportunidade ao artista de se apresentar. “Nós não realizamos mais eventos por não termos espaços adequados. É importante que o artista coloque em prática aquilo que ele ensaia, que ele aprende durante o dia na rotina da escola”. Outro ponto ressaltado por ele é a criação do hábito de consumir cultura. “A comunidade, a sociedade precisa conhecer, consumir produtos culturais para que ela estimule a realização de outros eventos, outras modalidades”.

O processo criativo

A diretora artística Marília Tozzo contou à reportagem que o processo criativo leva tempo. “Nessa peça específica a montagem foi feita no ano passado. O processo de criação vem aos poucos, a gente vai montando a coreografia, os desenhos e as ideias vão surgindo”. Segundo ela, para a criação de um espetáculo são necessários ao menos seis meses. “Trabalhamos em torno de coreografia, cenário, ligação entre uma dança e outra, fazendo os arremates de figurino e tudo mais”.