Pinga-fogo

• Se houver mais de quatro candidatos ao pleito majoritário, a reeleição é certa.

• Os Edis devem ter aumentado os seus subsídios, pois estão muito quietos.

• Voluntariamente, jamais diminuirão o número de cadeiras na vereança.

• Não temos Código de Ética e Disciplina na Casa de Leis; se tiver, não aplicam.

•  O Código de Saúde (ou Sanitário) tem mais de 500 artigos. Ninguém o cumpre.

• Tirem o salário e verão. Nenhum ou poucos candidatos. Duvidam?

• Carnaval pífio, mendicante, ridículo tem sido o nosso. Então, para quê?

• A biblioteca pública claudica e não oferece comodidade. Cultura aqui é nada.

• Se somos mesmo um curral, então vamos colocar porteiras e tronqueiras.

• Por qual motivo o Gaeco ainda não passou por aqui? Que demora!!!

• O Pânico na TV já veio. Foi um vexame: 7 x 6, 8 x 9? Huuummmm….!!!

• Analfabeto não pode votar, mas pode candidatar-se. Que piada…!!!

• Será mesmo? Cachorro entrou, tatu morreu. . Outros virão…!!!

• Quarenta anos de cadeia? Excelente! Mas vai ter lugar?

• Como povo, em geral e na verdade, somos uns frouxos.

 

Posso estar errado, mas é como penso:

 

BANDIDOS 

Os caras roubaram (foi à mão armada) uma caminhonete no valor de R$ 100.000,00 e tinham um comprador (receptador) pelo valor de R$ 7.000,00. Sem esses “compradores”, não chego a dizer que furtos e roubos acabariam, mas que diminuiriam acentuadamente isso eu digo. Todavia, somos o país da impunidade. Enquanto a polícia “enxuga gelo”, Ministério Público e poder Judiciário são obrigados a aplicar leis penais brandas (e até ridículas), desmoralizadas ainda mais por um sistema de execução penal pró-bandidos.

 

Legítima defesa

Aquela dupla de celerados assaltou o carro da família, rendendo o pai (motorista), a esposa, as duas filhas e uma amiguinha. Só não podiam saber que o pai era um cabo PM, que reagiu pronta e certeiramente, fazendo uso da sua pistola ponto 30. Um tiro na cabeça de um deles e outro tiro na boca do outro.  E os direitos humanos…???

 

VIADUTO

Viaduto mal feito, estreito e em curva. Mal comporta dois veículos de passeio em sentidos contrários. Ultrapassagem ali, além de proibida é suicídio certo. Não podia mesmo dar em outra coisa. Ademais, está em acelerado processo de degradação e uma manutenção geral é imperiosa e urgente, especialmente nos gradis.

 

O “BRASILEIRO”

Aquele “brasileiro” (também é libanês e francês…) não suportou por mais tempo as duríssimas (mas corretas e justas) condições do sistema penitenciário japonês.  Valendo-se do seu alto poder aquisitivo, arquitetou uma fuga mirabolante e espetacular de deixar qualquer um de queixo caído. Agora, critica as autoridades judiciárias do Japão, querendo inverter, com certeza, culpas e responsabilidades. Aqui, isso é comum.

 

ZONA AZUL

Eu sempre fui a favor do estacionamento rotativo remunerado (zona azul) desde a de antes até a de agora. Não se pode negar que os lojistas do centro da cidade acham-se proprietários exclusivos das vagas existentes na frente dos seus respectivos pontos comerciais. Não dão a mínima chance de parada para os usuários e depois reclamam de nós (sim eu sou um usuário e eventual cliente). Sou um daqueles que nunca encontram espaço livre. Todavia, a extensão da zona azul atual foi e está exagerada, mantendo ruas ociosas e não fiscalizadas, gerando problemas de toda sorte. É preciso uma revisão urgente. Por oportuno, no que me diz respeito, não tive problema algum com o TAG (o aparelhinho medidor instalado em cada veículo).

 

LED

A iluminação pública com lâmpadas LED deve ser estendida por toda a cidade e de imediato e sem solução de continuidade, ou seja, por inteiro e não aos pedaços… A TIP (Taxa de Iluminação Pública) é generosa e suficiente para bancar os custos. Uma padronização mínima é necessária, pois existem vários níveis de intensidade luminosa das lâmpadas instaladas, mau funcionamento e queima demasiada em numerosos pontos pela cidade. Isso, sem dúvida alguma, denota a má qualidade das luminárias instaladas e exige do poder público uma imediata e transparente prestação de contas.

 

CELULOSE

A planta industrial dessa falada empresa multinacional de celulose irá situar-se na divisa de Araguari com Indianópolis, na mesma distância de Araguari e da nossa vizinha “grande cidade”. Provavelmente,  os diretores e os funcionários mais graduados e qualificados, consequentemente de maior poder aquisitivo, irão residir lá, onde irão investir, comprar, alugar. Por aqui? Só o que sobrar. Como sempre foi…!!!

 

IMEPAC

E ainda tem gente, uns poucos energúmenos, dizendo e defendendo que o grupo Imepac prejudica e causa prejuízo financeiro para a nossa cidade. Basta ver os edifícios construídos, grandes e pequenos, o movimento com aluguéis, restaurantes e lanchonetes. É só comparar o movimento da cidade nos períodos: letivo e de férias escolares. Araguari teve sorte de contar com uma pessoa do quilate do chefe do clã, o deputado Federal (aposentado) Bonifácio José Tamm de Andrada, que garantiu entre nós a criação, o funcionamento e a manutenção da Faculdade de Medicina, que é hoje uma das melhores do Brasil. Foi o nosso momento decisivo. Não fosse isso… (vocês imaginem o resto).

 

O Eterno Descontente

 

Um homem descontente com a sorte queixava-se de Deus.

– Deus – dizia ele – dá aos outros a riqueza e a mim dá coisa alguma. Como é que eu hei de fazer o meu caminho nesta vida, sem nada possuir?

Um velho ouviu essas palavras e disse-lhe:

– Acaso és tu tão pobre quanto dizes? Deus não te deu, porventura, saúde e mocidade?

– Não digo que não e até me orgulho bastante da minha força e do verdor dos meus anos.

O velho, então, pegou na mão direita do homem e perguntou-lhe:

– Deixa cortar-te esta mão por mil rublos?

– Nem por dez mil!

– E a esquerda?

Também não!

– E por dez mil rublos consentirias em ficar cego por toda a vida?

– Nem um olho dava por tal dinheiro.

– Vês – observou o velho – que riqueza Deus te deu e tu ainda te queixas?

AUTOR:        Léon Tolstoi.

 

                        FONTE:         Pérolas Literárias (Contos e crônicas).

                                               Antônio F. Rodrigues – Editora Petit. – Pág. 27.