“Dia D Contra a Dengue”: mais de 1.000 imóveis são visitados pelos Agentes de Combate a Endemias
ter, 26 de novembro de 2024 08:07Da Redação
As chuvas têm uma relação direta com a proliferação da dengue, pois favorecem a criação de focos de água parada, ambiente ideal para o mosquito Aedes aegypti se reproduzir. Durante o período chuvoso, é comum o acúmulo de água em diversos lugares, como calhas, vasos de plantas, pneus e outros recipientes, criando locais
perfeitos para o depósito de ovos e o desenvolvimento das larvas.
Além disso, as chuvas fortes podem provocar alagamentos, dificultando o escoamento da água e intensificando o problema. Esse cenário favorece o aumento da população de mosquitos, o que eleva o risco de surtos de dengue. Por isso, é essencial eliminar possíveis focos de água parada e adotar medidas preventivas, especialmente durante os períodos de chuva.
No dia 19, a Secretaria de Estado de Saúde divulgou um Boletim Epidemiológico sobre o monitoramento dos casos de dengue, chikungunya e zika. Segundo os dados, até o dia 18, foram registrados 1.689.046 casos prováveis de dengue (casos notificados, excluindo os descartados), com 1.340.980 casos confirmados da doença. Até o momento, o estado registrou 1.091 óbitos confirmados por dengue, e 396 mortes estão sob investigação.
Quanto à chikungunya, foram registrados 164.151 casos prováveis, dos quais 142.878 foram confirmados. Até o momento, o estado confirmou 119 óbitos pela doença, com 28 mortes ainda sob investigação.
No que se refere à zika, foram registrados 188 casos prováveis e 42 foram confirmados. Não há óbitos confirmados ou em investigação por zika em Minas Gerais.
Para prevenir a disseminação do mosquito Aedes aegypti, é fundamental adotar algumas medidas simples, mas eficazes. Entre elas, destacam-se: garantir que a caixa d’água esteja bem tampada; manter as lixeiras fechadas;
colocar areia nos pratos de plantas; recolher e armazenar corretamente o lixo no quintal; limpar as calhas; cobrir as piscinas; vedar ralos e manter as tampas dos vasos sanitários fechadas; limpar a bandeja externa da geladeira; higienizar e guardar as vasilhas dos animais de estimação; limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado; cobrir adequadamente cisternas e outros reservatórios de água; usar repelente contra o mosquito; e, em ambientes internos, ligar o ar-condicionado ou utilizar telas de proteção em portas e janelas. Essas ações ajudam a eliminar potenciais focos de proliferação do mosquito e a proteger a saúde da população.
No dia 23, a Prefeitura de Araguari, através da Secretaria de Saúde realizou o “Dia D Contra a Dengue”. Conforme a prefeitura, o evento contou com conscientização e panfletagem.
Ontem, 25, a reportagem da Gazeta entrou em contato com a coordenadora do Departamento de Zoonoses, Maria de Fátima, para saber como foi o evento. “Entre as ações, houve uma caminhada com panfletagem e carro de som pelas principais ruas da cidade, orientando a população sobre a importância de colaborar na eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti em suas casas e quintais. Na praça Getúlio Vargas, foram promovidas brincadeiras para as crianças e distribuição de material escolar, além da exposição de uma maquete da “casa ideal”, que mostrou como manter o imóvel livre de mosquitos. Paralelamente, os ACEs (Agentes de Combate a Endemias) visitaram mais de 1.000 imóveis, que, durante a semana, não haviam sido
vistoriados por estarem sem moradores. Ao todo, 108 ACEs participaram das ações, recolhendo diversos criadouros que poderiam servir como locais de oviposição para o mosquito. A caminhada também chamou a atenção dos comerciantes e das pessoas nas ruas. Foi um trabalho muito bem realizado e de grande impacto para a conscientização da comunidade”, disse Maria de Fátima.
É bom mencionar que, a Secretaria de Saúde, por meio do Setor de Zoonoses, solicita a colaboração de todos para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. “Pedimos que cada cidadão reserve de 5 a 10 minutos para verificar sua casa e quintal, identificando e eliminando possíveis criadouros do mosquito, como água parada em vasos, pneus, garrafas e outros recipientes. Sua colaboração é essencial para evitar a disseminação dessas doenças. A ação de cada um de nós faz a diferença. Lembre-se: Juntos somos mais fortes”, concluiu a coordenadora do Departamento de Zoonoses.
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