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Dezembro Laranja (Parte I)

sex, 19 de dezembro de 2014 05:49

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1-O que é Dezembro Laranja?
A Sociedade Brasileira de Dermatologia  vem promevendo a onda de conscientização até o fim do ano com o “Dezembro Laranja”, agindo como uma extensão do dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele comemorado em 29 de novembro.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove ações de conscientização à população em 136 postos distribuídos em 23 estados brasileiros. Para ampliar o impacto da iniciativa e vestir o Brasil de laranja, assim como acontece com o Outubro Rosa e o Novembro Azul (respectivamente ligados ao câncer da mama e da próstata), a SBD incentiva os dermatologistas e a população brasileira a compartilhar nas redes sociais uma foto vestindo qualquer peça de roupa laranja e publicá-la com a hashtag #ýdezembrolaranja. “Toda forma de apoio será bem-vinda contra a doença”, convida a presidente da SBD, Denise Steiner.

Cerca de 4 mil dermatologistas voluntários realizarão atendimento para análise, diagnóstico e posterior tratamento da doença em hospitais públicos credenciados, postos de saúde e tendas montadas em locais de grande circulação.

2-O que é Câncer de Pele?
O câncer da pele não melanoma é o mais prevalente no Brasil, com 134.170 novos casos previstos para 2013, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Dermatologia estima que haja dois milhões de casos novos a cada ano.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao Sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.

Apesar da incidência elevada, o câncer da pele não-melanoma tem baixa letalidade e pode ser curado com facilidade se detectado precocemente. Por isso, examine regularmente sua pele e procure imediatamente um dermatologista caso perceba pintas ou sinais suspeitos.

3-Como prevenir o câncer de pele?
Evitar a exposição excessiva ao Sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.

Como a incidência dos raios ultravioletas é cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao Sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, aqueles que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:

·    Usar chapéus, camisetas e protetores solares.

·    Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).

·    Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

·    Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

·    Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

·    Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

·    Manter bebês e crianças protegidos do Sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.

4-Como escolher um fotoprotetor?
Em primeiro lugar, devemos verificar o FPS, quanto à proteção em relação aos raios UVA, e também se o produto é resistente ou não a água. A nova legislação de filtros solares exige que tudo que o produto anunciar no rótulo, deve ter testes comprovando a eficácia.  Outra mudança é que o valor do PPD que mede a proteção UVA deve ser sempre no mínimo metade do valor do Filtro solar. Isso porque se sabe que os raios UVA também contribuem para o risco de câncer de pele.

O “veículo” do produto– gel, creme, loção, spray, bastão – também tem de ser considerado, pois isso ajuda na prevenção de acne e oleosidade comuns quando se usa produtos inadequados para cada tipo de pele. Pacientes com pele com tendência a acne devem optar por veículos livres de óleo ou gel creme. Aqueles pacientes que fazem muita atividade física e suam bastante, devem evitar os géis, pois saem facilmente.

5-Como é a fotoproteção?
A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas. A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Na verdade, a maioria dos cânceres da pele está relacionada à exposição ao Sol, por isso todo cuidado é pouco.  Ao sair ao ar livre procure ficar na sombra, principalmente no horário entre as 10 e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa.  Use sempre protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 30 ou maior. Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas. Óculos escuros também complementam as estratégias de proteção.

6-O que são fotoprotetores?
Os fotoprotetores, também conhecidos como protetores solares ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar.

O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água, e não manchar a roupa. Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos. Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas isso tem sido minimizado pela coloração de base de alguns produtos. Os filtros químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em calor.

7-Quais são os tipos de radiação?
Um fotoprotetor eficiente deve oferecer boa proteção contra a radiação UVA e UVB. A radiação UVA tem comprimento de onda mais longo e sua intensidade pouco varia ao longo do dia. Ela penetra profundamente na pele, e é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento e pelo câncer da pele. A radiação UVB tem comprimento de onda mais curto e é mais intensa entre as 10 e 16h, sendo a principal responsável pelas queimaduras solares e pela vermelhidão na pele.

Um fotoprotetor com fator de proteção solar (FPS) 2 até 15 possui baixa proteção contra a radiação UVB;  o FPS 15-30 oferece média proteção contra UVB, enquanto os protetores com FPS 30-50, oferecem alta proteção UVB e o FPS maior que 50, altíssima proteção UVB. Pessoas de pele clara, que se queimam sempre e nunca se bronzeiam, geralmente aqueles com cabelos ruivos ou loiros e olhos claros, devem usar protetores solares com FPS 15, no mínimo.

Em relação aos raios UVA, não há consenso quanto à metodologia do fator de proteção. Ele pode ser mensurado em estrelas, de 0 a 4, onde 0 é nenhuma proteção e 4 é altíssima proteção UVA, ou em números: < 2, não há proteção UVA; 2-4 baixa proteção; 4-8 média proteção, 8-12 alta proteção e > 12 altíssima proteção UVA.  Procure por esta classificação ou por valor de PPD nos rótulos dos produtos.

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