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Corrida Mauá abre atividades comemorativas dos 80 anos do 2º Batalhão Ferroviário

sex, 13 de julho de 2018 05:43

Da Redação

Banda Marcial do Batalhão da Guarda Presidencial e Banda Sinfônica do Exército se apresentam durante a semana da celebração

No dia 29 de julho o 2º Batalhão Ferroviário – Batalhão Mauá, a Arma de Engenharia do Exército Brasileiro especializada em construção de ferrovias e rodovias, completa oito décadas de trabalho na integração do território nacional. A programação para celebrar a data está a todo vapor e começa em pouco mais de uma semana.

A primeira atividade comemorativa acontece no dia 22 de junho às 8h: a tradicional Corrida Mauá, que tem inscrições abertas. A expectativa é que aproximadamente 600 pessoas participem da corrida, com largada em frente à sede do 2º Batalhão Ferroviário em Araguari. As inscrições podem ser feitas pelo site https://www.apuanaesportes.com.br/evento/corrida-maua-80-anos.html ou presencialmente na recepção do 2º Batalhão Ferroviário.

No dia 23 ocorre o lançamento do Selo comemorativo aos 80 anos, voltado a convidados. No dia 24 a previsão é que o Vagão Marta Rocha seja inaugurado, evento este, aberto ao público.

A tradicional Formatura ocorre no dia 27 na sede do Batalhão, seguida pela apresentação da Banda Marcial do Batalhão da Guarda Presidencial. A celebração é encerrada no dia 28 às 20h no Cine Teatro Odete, com a apresentação da Banda Sinfônica do Exército, que é lotada em São Paulo no Comando Militar do Sudeste.

História

A unidade militar foi criada por meio do Decreto Presidencial nº 268, de 11 de fevereiro de 1938 e instalada na cidade de Rio Negro/PR, em 29 de julho de 1938. Na época, o denominado 2º Batalhão Ferroviário tinha como finalidade participar da construção do Tronco Principal Sul, que demandava de Rio Negro/PR até Roca Sales/RS.

A denominação histórica de “Batalhão Mauá” foi por identificar-se com o pioneirismo de Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, seu patrono. No ano de 1965, o 2º Batalhão Ferroviário foi transferido para a cidade de Araguari-MG com a missão de integrar a Capital Federal ao sistema ferroviário nacional. O trabalho foi iniciado com a construção do trecho Pires do Rio-GO a Brasília-DF. Em 22 de março de 1980, foram concluídos os 469 km entre Uberlândia-MG e a capital federal.

Em 26 de março de 1999, foi transformado em 11º Batalhão de Engenharia de Construção (11º BEC) e, a partir de 29 de julho de 2015, teve novamente sua denominação alterada para 2º Batalhão Ferroviário, retornando à sua origem ferroviária.

O 2° Batalhão Ferroviário é composto por 1043 pessoas, onde 100 são servidores civis. Foram muitos anos de serviços. Desde sua implantação o Batalhão coleciona um acervo de obras diversas, distribuídas por todo o território nacional, prosseguindo com a missão de contribuir para o desenvolvimento do Brasil, por meio de obras de engenharia, destacando-se pela qualidade e excelência dos trabalhos executados.

Locomotiva “Rio Negro”

O som do apito da locomotiva “Rio Negro” simboliza os pioneiros desta unidade de elite do Exército. Fabricada pela Vulcan Iron Works Builders dos Estados Unidos, representa a história do Batalhão Mauá. A locomotiva foi a primeira adquirida pelo Batalhão e chegou à sede da unidade em Rio Negro, estado do Paraná no dia 29 de julho de 1939, transportando civis e militares para a solenidade do 1º aniversário do Batalhão. O seu uso possibilitou a execução de longas jornadas de trabalho na construção do tronco principal da Sul e da EF- 050.

Vagão Marta Rocha

O atual monumento histórico é composto por réplicas e restaurações de itens dos antigos trilhos de ferro, além de inúmeras fotografias. Quando o 2º Batalhão Ferroviário ainda estava instalado em Rio Negro, uma das missões propostas ao Batalhão Mauá foi “construir e entregar em condições de operação o trecho da Ferrovia do Tronco Principal Sul – Rio Negro-Lajes”; uma estrada com aproximadamente 300 quilômetros de extensão.

Na época, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira realizou visita às obras, tendo em vista que haviam sido concluídos alguns trechos. Para essa visita do presidente, na década de 50, o vagão foi utilizado, de forma que a autoridade se locomovesse e fizesse a inspeção. No mesmo período a senhora Martha Rocha foi declarada Miss Brasil e recebeu a homenagem.

O vagão de passageiros “Martha Rocha” está em posse do Batalhão desde este período, e, juntamente com a sede, foi deslocado para a cidade de Araguari. Com as histórias que remetem à edificação do Batalhão, o antigo meio de locomoção ganhou destaque à entrada, juntamente com a máquina e a Maria Fumaça Rio Negro. A partir da preparação da infraestrutura e instalação, está sendo feita a revitalização.

Martha Rocha

O vagão foi nomeado em homenagem a Maria Martha Hacker Rocha, que, em 1954 recebeu o título de 1ª Miss Brasil. Na década de 1950 obteve admiração nacional, fazendo com que recebesse diversas honrarias. Nascida em Salvador, a eterna miss está, atualmente, com 81 anos de idade.

A fim de atender ao Objetivo Estratégico de Exército de “ampliar a integração do Exército à sociedade”, a Banda Marcial foi instituída por meio da Portaria No 105-EME, de 3 de abril de 2017.

Banda Marcial do Exército

Sua principal função é difundir no território nacional e no exterior o civismo e as tradições históricas da Instituição. Atualmente é regida pelo 2° Tenente Gileno e composta por outros 74 militares músicos, sendo distribuídos nos seguintes naipes: Gaitas de Fole, Trompetes, Trompas, Trombones, Bombardinos, Tubas, Liras, Pratos, Bombos e Caixas de Guerra.

Banda Sinfônica do Exército

Foi criada pela Portaria nº 45-DEP, de 25 de junho de 2002, pelo então comandante do Exército General Gleuber Vieira, com sede em São Paulo, Capital e vinculada ao CMSE. Composta por 80 músicos militares, tem como objetivo fazer da música um bem comum, como parte das atividades culturais do Exército, estabelecendo um elo artístico-cultural com a sociedade brasileira.

Ao longo dos anos, a Banda se apresentou nas mais importantes salas de concertos do Brasil e recebeu importantes solistas nacionais e internacionais além de diversos prêmios, destacando-se o de “Melhor Projeto de Música Erudita” e o “Prêmio Especial de Cultura”, ambos concedidos pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

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