Conto do bilhete premiado ainda faz vítimas em Araguari
ter, 20 de maio de 2014 01:03DA REDAÇÃO – Sem dúvida, o golpe do bilhete premiado é um dos mais tradicionais. Porém, apesar de antigo, ainda existem inúmeras denúncias de vítimas deste tipo de fraude, sem contar aquelas que, por vergonha, sequer procuram a Delegacia de Polícia.
Em Araguari, conforme levantamento da Gazeta do Triângulo, quase toda semana vítimas procuram a Depol para denunciar os ataques criminosos.
Pesquisando boletins de ocorrência, a reportagem apurou que os golpes geralmente são aplicados em pessoas de mais idade e que o numerário sacado pelas vítimas costuma representar grandes quantias, uma vez que, muitas vezes, tal valor é constituído de economias juntadas durante toda a vida.
Depois de perceberem o golpe, muitas dessas vítimas, além de registrar boletim de ocorrência para imputação de responsabilidade criminal, buscam também – sem sucesso – responsabilidade civil das instituições financeiras.
Geralmente, o roteiro clássico é o seguinte: o golpista, com cara de pessoa desorientada e sem instrução, pede informações sobre o endereço de uma agência da Caixa Econômica Federal dizendo que é para receber um prêmio da loteria. Ao escolher sua vítima, normalmente uma pessoa mais idosa e sozinha, o golpista solicita ajuda à vítima dizendo que tem problemas em receber a premiação por ser analfabeto e estar sem documentos. Ele também promete um percentual para quem o ajudar.
No meio da conversa, um terceiro, também golpista, aparece e oferece ajuda com ligações para confirmar os números premiados. Após a falsa confirmação do prêmio, os golpistas e a vítima vão até uma casa lotérica mais próxima. No trajeto, porém, o suposto ganhador usa de ardil e uma desculpa qualquer (horário do ônibus, criança na escola, parente no hospital) e afirma que precisa de garantias de que as pessoas que o estão ajudando não vão roubar seu dinheiro.
Mais que rapidamente o segundo golpista, aquele que apareceu para também ajudar, tira da carteira uma quantia razoável de dinheiro… Como o valor é menor que o tal prêmio, os golpistas sugerem que a vítima também saque um numerário. A vítima, crendo que fará um ótimo negócio, para não perder a oportunidade de ganhar uma bolada, vai até o banco mais próximo e saca na boca do caixa boa quantia em dinheiro. Ao entregar o dinheiro aos golpistas, a vítima ou fica de posse do falso bilhete ou logo é enganada com um desculpa qualquer e a fuga dos “espertos”.
JUSTIÇA
Certa vez, uma juíza negou pedido de indenização ao cliente de uma agência que alegava ter sofrido o tal golpe. Ele argumentou que o banco deveria ter notado, pela sequência de saques realizados, que era vítima de estelionatários e bloqueado sua conta.
A autora da ação diz ter realizado diversos saques consecutivos para pagar o valor pedido em troca do bilhete e que o banco, mesmo tendo notado movimentação suspeita, não bloqueou a sua conta, permitindo que os saques continuassem.
A juíza defendeu que a denunciada não pode ser responsabilizada pelos prejuízos sofridos pela autora, uma vez que no instante do levantamento do valor sacado pela cliente, não havia indícios que permitissem que os funcionários da instituição suspeitassem que se tratava de golpe.
A autora da ação ainda foi condenada a pagar custas e honorários advocatícios.
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