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Comerciante denunciado por homicídio no bairro Novo Horizonte será julgado em 2020

sáb, 14 de dezembro de 2019 05:54

Da Redação

Por entender que há provas suficientes da materialidade e indícios suficientes de autoria, a Juíza Danielle Nunes Pozzer, titular da Primeira Vara Criminal da Comarca, decidiu mandar a julgamento pelo Tribunal do Júri o comerciante denunciado pelo assassinato do construtor Revair Rosa, o “Reis”, ocorrido ano passado, no bairro Novo Horizonte.

Homicídio ocorreu há mais de um ano em plena luz do dia ** Arquivo

Homicídio ocorreu há mais de um ano em plena luz do dia
** Arquivo

 

A sessão do júri foi programada para o dia 20 de novembro de 2020, a partir de 10h, em não havendo imprevistos. O acusado se encontra recolhido na unidade prisional em Araguari, onde deverá aguardar pelo julgamento.

O Ministério Público pleiteia a condenação do comerciante de 42 anos por homicídio qualificado (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima). Por sua vez, a defesa busca a absolvição, alegando que o réu agiu em legítima defesa, afirmando que ele não foi ao encontro da vítima com a intenção de cometer o crime. No andamento do processo, tenta, ainda, a retirada das qualificadoras e a revogação da preventiva, para que possa aguardar o júri em liberdade.

Revair Rosa foi assassinado por volta de 10h de 24 de outubro de 2018, na rua Hélio Francisco, cerca de 100 metros do complexo esportivo do bairro Novo Horizonte. Ele estava sentado sozinho no banco de madeira de um terreno aos fundos da rua Padre Nilo, quando o autor parou seu veículo, desceu e disparou contra a vítima.

Ainda conforme levantado pelos militares, após o crime, o atirador correu até uma via próxima e embarcou numa caminhonete Saveiro, cor prata, tomando rumo ignorado. Minutos antes do assassinato, moradores teriam visto o homem perseguindo o veículo do construtor, uma caminhonete, cor branca, que estava estacionada na rua dos fatos.

Dois dias após o crime, o autor, residente naquele mesmo setor de Araguari, se apresentou de livre e espontânea vontade ao delegado Felipe Oliveira Monteiro e assumiu a autoria do crime.

Na época, segundo o titular da Divisão de Homicídios, o investigado disse que ceifou a vida de Revair Rosa com dois disparos de arma de fogo, os quais partiram de seu revólver, calibre 38, adquirido há aproximadamente quatro anos, após uma tentativa em seu comércio, no bairro Beatriz.

Questionado sobre a motivação do assassinato, assegurou ter sido em razão da venda de um caminhão Mercedes/Benz 1313, ano 71, cor azul. Revair Rosa negociou o veículo com um policial militar e não recebeu o dinheiro. Este PM teria repassado o caminhão ao investigado que, por sua vez, vendeu para outra pessoa. Chateado com a situação, Revair acionou a Justiça e conseguiu um mandado de busca e apreensão no veículo, tendo sido cumprido na fatídica semana do homicídio.

Como o comerciante não tem antecedentes criminais, possui endereço e fixo e se apresentou na Delegacia, ele prestou depoimento e foi liberado, no entanto, em abril deste ano foi expedido o mandado de preventiva em seu desfavor. Em agosto, ao se apresentar no Fórum para audiência, foi agredido na entrada por familiares da vítima, permanecendo por alguns dias sob cuidados médicos.

 

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