Coluna: Direito e Justiça (27/03)
qui, 27 de março de 2025 08:09Os Disparates de Uma Cidade:
TEXTO 1 – 27.03.2025 – Rogério Fernal .`.
“ANISTIA JÁ: AMPLA, GERAL E IRRESTRITA, INCLUSIVE PARA IDOSOS, AUTISTAS, PORTADORES DE BÍBLIAS E BATOM. PAZ E RECONCILIAÇÃO PARA O BRASIL E OS BRASILEIROS”.
O belíssimo
O belo e icônico Palácio dos Ferroviários Araguari – MG
(Sede da Prefeitura Municipal de Araguari) Cidade-sorriso – Pérola de Minas Gerais
– Araguari é um município brasileiro situado no interior do Estado de Minas Gerai, na região Sudeste do Brasil. Localiza-se no Triângulo Mineiro (Norte) e ocupa uma área de 2.730 Km², sendo que 35 Km² estão no perímetro urbano (cidade e sede). Sua população foi estimada pelo IBGE em cerca de 117.808 habitantes em 2022. Pesquisa superficial no Google.
Aliás, essa questão da estimativa populacional de Araguari parece-me uma autêntica fraude, um embuste, contra os interesses do nosso Município. Resido aqui há mais de 40 anos ininterruptos e jamais fui recenseado e tampouco os condôminos que residem comigo em um edifício de apartamentos no centro da cidade. Somos mais de 40 pessoas que não existem e não entram para as estatísticas oficiais. Servimos apenas para pagar impostos e taxas.
– Eu afirmo, pelo que presencio e vejo, considerando ainda a criação de novos bairros, a expansão constante do setor imobiliário, o comércio, a quantidade de veículos (carros, caminhões, motos) que Araguari já passou, e muito, dos 130.0000 habitantes Mas incumbe ao Poder Público, e não a mim, protestar e exigir um novo e correto censo populacional.
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Capitalismo selvagem e incúria administrativa:
– Digo e redigo que eu resido em Araguari desde julho de 1984. Por isso, já tive ocasião de ver imóveis intrinsecamente valiosos e realmente históricos sendo postos abaixo sem mais nem menos. Existem exemplos espalhados por todo o centro da cidade, mas especialmente na rua Rui Barbosa e na avenida Tiradentes. Bancos e comércio tomaram os seus lugares sem nenhuma necessidade ou vantagem para o aspecto urbanístico da nossa cidade. Capitalismo selvagem e incúria administrativa! – (Coluna DJ / 06.10.2022).
COMENTÁRIO ATUAL: 27.03.2025:
-Então, é verdade ou é mentira? Passem lá por esses dois logradouros e verifiquem a exatidão, ou não, do que acabo de afirmar. A rua Rui Barbosa, um decantado “shopping center a céu aberto” encontra-se em acelerado processo de desmonte como principal centro de comércio da cidade. Imóveis comerciais fechados, ou em vias de encerrar suas atividades, aluguéis escorchantes e proibitivos, um calçadão meia-boca, que vira e mexe provoca enchentes nas lojas por causa dos pisos elevados nas esquinas, a vinda de lojas de quinquilharias e de penduricalhos de toda sorte, e mais. Enfim, quem pode dá o seu jeito de sair dali, ou construindo seus próprios imóveis ou buscando pontos mais baratos e com igual ou maior movimento. Novos centros de comércio estão sendo criados.
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Uma lei que se faz necessária:
– Em Araguari, faz-se necessária uma lei, determinando um prazo curto para o início de construção de imóvel novo, quando houver a demolição do imóvel antigo. O que vemos hoje é uma boa quantidade de terrenos vazios, cercados de todo jeito ou mesmo abertos, imundos e cheios de mato. Parecemos uma cidade-fantasma ou sem dono! – (Coluna DJ / 06.10.2022).
COMENTÁRIO ATUAL: 27.03.2025:
– Eis outro grande problema da nossa cidade, que se acentuou depois que os preços de terrenos, com ou sem construção, dispararam, tornando-se estratosféricos. A urgência nas demolições das “casas velhas” resulta provavelmente também do medo fundado de que o Patrimônio Histórico Municipal as declare tombadas e insuscetíveis de alterações de fachada ou demolição. Põem-nas rapidamente no chão, não constroem no local, cobrem o chão com brita e cercam os terrenos. A cidade está assim por todo lado. Isto é progresso ou é especulação?
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O Patrimônio Histórico Municipal não tem critérios claros:
– Parece-me que os proprietários morrem de medo de terem as suas casas velhas tombadas pelo Patrimônio Histórico do Município mesmo que, de fato, não tenham valor histórico algum. E eles têm mesmo certa razão. Ou não existem critérios objetivos, sensatos e coerentes para um tombamento correto e necessário ou esses critérios são muito estranhos. Para não dizer mais…! – (Coluna DJ / 06.10.2022).
COMENTÁRIO ATUAL: 27.03.2025:
– Complementando o tópico anterior, quando os proprietários não põem as suas casas velhas no chão, deixam que se consumam e apodreçam por si mesmas, pelo tempo, pela falta de cuidados e de manutenção. Vejamos dois casos emblemáticos: 1º) – o da casa que existia na rua Doutor Afrânio esquina com a rua Quinca Mariano, cuja demolição foi iniciada, vindo a ser tombada no meio do procedimento. Passaram-se muitos anos, permanecendo o imóvel aberto, até representando perigo, pois o porão, que era fundo, perdeu o soalho e propiciava a queda de transeuntes descuidados. Atualmente, a demolição completa foi feita, mas nada se construiu até agora. Parece que o proprietário, que tinha grandes planos para o local, digamos assim, desacorçoou. 2º) – O imóvel bem antigo, situado na praça Nilo Tabuquini (Praça da Matriz), que está semidestruído há tantos anos que já nem sei dizer. Ninguém faz nada, o Poder Público permanece omisso e silente. É uma testemunho triste e a céu aberto de que a nossa cidade está praticamente largada, abandonada, entregue à própria sorte. Enfim, quem ficar apague a luz e feche a porta!
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Os verdadeiros casarões históricos:
Enquanto isso, os verdadeiros imóveis históricos já foram derrubados, e os poucos restantes padecem de conservação e somente dão prejuízo aos seus donos, que os deixam à míngua, desmanchando-se aos poucos. Olhem um deles lá na praça Padre Nilo Tabuquini (Praça da Matriz), em que uma parte já foi ao chão; na avenida Tiradentes esquina com rua Pedro Naciutti, um antigo e belo casarão amarelo, hoje desbotado e sem cor, degrada-se lentamente, embora tenha moradores. Que vergonha…!
COMENTÁRIO ATUAL: 27.03.2025:
– Pouquíssima coisa a dizer. Nada mudou. Nada se fez, Nada se faz. Aliás, agora é tarde. Os numerosos casarões, que de fato tinham valor histórico e situados principalmente na rua Rui Barbosa e na avenida Tiradentes, já não existem. Somente se preservam na memória dos residentes mais antigos da nossa cidade, nas fotografias de arquivos públicos ou privados ou nas reportagens de jornais como a Gazeta do Triângulo (com os seus respeitáveis 88 anos). Araguari não preza ou não protege a contento suas coisas antigas, maltrata suas praças, extingue aos poucos o verde das poucas árvores. Que lástima! Essa mentalidade destrutiva tem que tem que mudar!
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Finalizando:
Como eu já lhes disse anteriormente, um estranho, que não nos conhece, que não mora aqui, não pode e não tem o direito de nos criticar, muito menos de nos achincalhar ou debochar, embora por vezes eu ache que fazemos por merecer. Um pouco…!
Mas, eu posso, pois resido em Araguari desde 03 de julho de 1984 ininterruptamente e, seja na Magistratura (1984-2000), seja na Advocacia (2000-2025), ou escrevendo nesta Coluna DJ (1984-2025, com Afife Rade, Doutor Darli e Lucas Amaral), já pude fazer alguma coisa de útil por esta cidade, até mesmo mais do que muitos araguarinos natos (eu sou cidadão honorário), com ou sem mandato eletivo.
Costumo dizer, e não me arrependo, que por conta de maus políticos ficamos para trás. Todos sabemos que a nossa cidade poderia ter hoje 300.000 / 400.000 habitantes (ou até mais), ser um polo industrial poderoso, manter um comércio vibrante, abrigar uma Universidade própria e com milhares de estudantes, tantas coisas além que chegamos a ter e que se foram.
O cerne da questão é que não somos bairristas e unidos em torno dos interesses essenciais do nosso município e da nossa cidade, e por isso já fomos ou estamos a ser brevemente superados por outras cidades que eram metade ou até um terço do nosso tamanho. Nem preciso nomear quais são. Estão aí, espalhadas pelo Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Sul de Goiás. Viramos cidade-dormitório e, se não fosse a Faculdade de Medicina, Araguari já poderia receber a alcunha de cidade-fantasma, o que de fato já é nas férias dessa Faculdade e nos feriados prolongados.
Não, senhores! Não é derrotismo. É frustração mesmo! Frustração por ver tantas chances que nós desperdiçamos ao longo de décadas, assim como o nosso país. Somos bem a cara do Brasil. Muita conversa fiada e pouca ou nenhuma atitude positiva.
Entra ano e sai ano, vai uma eleição e vem outra, e tudo continua a mesma coisa. A luta desvairada pelo poder, pelo dinheiro, promessas falsas ou inexequíveis, desleixo da população para com os seus próprios interesses, vendendo o seu voto a preço vil e elegendo ou reconduzindo indevidamente aos seus mandatos candidatos mentirosos, corruptos, incompetentes ou inescrupulosos. Para dizer o menos…!
Por isso, eu me pergunto:
– Quem é o maior culpado dessa triste situação? O mau político ou o cidadão irresponsável e que se vende?
– A população tem o governo que merece ou tem o que não merece? Existe alguma utilidade em nos fazemos de vítima ou de coitadinhos?
Eu retornarei a este assunto, se e quando chegar a uma conclusão válida.
Araguari – MG, 27 de março de 2025.
Rogério Fernal .`.
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Esse povo do IBGE só faz uma estimativa, dificilmente vão na casa das pessoas, na minha casa penso que umas duas vezes. Eu penso que é para não ter que mandar muita verba para as cidades e sem contar que chegam muitas famílias de fora para residir aqui em busca de empregos. O Brasil é um país desmemoriado, lindas casas da avenida Paulista do início do século XlX já foram todas demolidas só restaram Quatro de São Paulo antiga. Aqui em Araguari ao invés de puxar o comércio para outros lados do centro e deixar os imóveis antigos em seu lugar, mas não, parece que só existe o miolinho ali e o centro é muito grande. Os terrenos abandonados são das famílias muquiranas de Araguari compram, não fazem nada, não limpam, não vendem e quando pensam em vender pedem preços exorbitantes e ainda acham que a prefeitura é obrigada a limpar de graça para eles e quando compram uma casa antiga pegam e jogam no chão. O povo estão sendo levados cada vez mais para longe do centro, a maioria não podem nem vir ao centro passear em época de festas.
Agora é um tal de alugar para colocar outdoor parece que acham mais vantajoso. Aquele da Matriz é onde foi o Hotel Central, diz que ia construir um supermercado, mas está parado na câmara, poderiam lotear e construir casas térreas ao invés de deixar aquele terreno imenso e feio, tinha que fazer algum tipo de urbanização, mas os donos não colaboram, aquele perto do Apolo o dono poderia construir um prédio com flats e até para colocar as lojas dele embaixo. Aquele casarão amarelo fica de esquina com a minha rua, sempre que eu passo lá eu falo assim: _ Se fosse meu já estava todo pintado, calçada nova, o brasileiro mesmo até gosta de arrumar. Um bom empreendedor que tem aqui é o Japa ele gosta de arrumar ele já comprou uns imóveis por aqui na Padre Lafaiete e reformou tudo, onde o Japa compra ele dá vida nova ao imóvel.
Pior é que agora até o país parou no tempo e está quebrado. Tem uns vídeos que eu assisto na Internet que o povo do Nordeste faz e são caminhoneiros reclamando que a carga está muito barata, pessoas de órgãos públicos reclamando que não recebem, falta tudo nos hospitais e o povo não tem dinheiro e o comércio tudo parado, o povo fechando mercearias, o gás lá é 160,00 enquanto aqui é 105,00, muitos nordestinos viviam de bolsa família e bloquearam milhares e aí o dinheiro não corre e muitos estão vindo para o Sudeste, para o Sul. Araguari ficou muito tempo parada no tempo, enquanto Uberlândia progredia porque ela teve políticos apaixonados por ela e Araguari tinha político que morava lá para ganhar votos lá e gostava de Araguari somente para reduto de votos e aqueles papinhos furados de eu amo Araguari e dizendo que Araguari não era uma corrutela para tapear os bobos. Tem uns que não gostam do Imepac, mas é inveja porque eles fazem muito mais pela cidade do que alguns que se dizem daqui. Sei lá se nasceu aqui, a minha mãe nasceu aqui e o pai dela italiano saiu da Rua Padre Lafaiete e foi registrar ela lá em Piracaíba.