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Coluna: Direito e Justiça (27/02)

qui, 27 de fevereiro de 2025 08:09

E se Araguari seguisse os passos da Londrina?

– Coluna Direito e Justiça = 27.02.2025.

 

 

 

 

 

 

 

Londrina – PR; Rodoviária antiga Londrina – PR; Rodoviária atual

 

– Em minha vida, já troquei de ares como se fosse um cigano (que se muda sempre), porque já residi em diversas cidades. mas finalmente me radiquei aqui em Araguari. Nesta terra promissora, mais de 40 anos ininterruptos de residência e domicílio permitiram-me presenciar muitas coisas sobre a nossa região, o nosso município e a nossa cidade, boas e más, mas sobretudo conferem-me (como cidadão honorário, mas efetivo e participante) o direito-dever de elogiar ou de criticar, desde que o faça de forma construtora, leal, útil e fundamentada.

– Críticas irresponsáveis não são do meu feitio e nem serão bem-vindas; tampouco aquelas que procedem de gente de fora e que nos é estranha, que não nos conhece e que não se importa com Araguari e conosco. Conforme já fiz há poucos dias, reagirei sempre a tais críticas perniciosas, indevidas e covardes contra a nossa honra, embora eu pouco ou nada possa fazer para impedi-las ou repreendê-las, trabalho que incumbe mais aos nossos representantes legais.

– As duas fotografias acima trazidas retratam Rodoviárias da Cidade de Londrina, Estado do Paraná, onde residi por nove anos (1962 /1970), uma grande cidade admirável, bela, progressista e bairrista (no bom sentido deste termo) e que ainda está bem contida no meu coração.. O edifício mostrado ao fundo é o Edifício Tóquio (na Rua Sergipe), um dos mais antigos de Londrina, onde morei no 7º andar, dando vista para a Rua Sergipe e para a Rodoviária (1962 – 1966).

– A fotografia à esquerda mostra a Rodoviária antiga, que é de 1952, famosa pelos seus arcos e estilo arquitetônico inovador, que hoje abriga o Museu de Artes de Londrina. Ela viu nascer e desenvolver-se uma das maiores empresas de ônibus do Brasil: a Viação Garcia Ltda. A fotografia à direita é o atual terminal rodoviário de Londrina, no formato de um círculo e que nos faz lembrar um disco voador, pousado e prestes a decolar. Ela é linda, ampla, arejada e moderna.

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Araguari precisa de uma nova rodoviária:

 

Já faz algum tempo que eu escrevi aqui mesmo acerca da atual Rodoviária de Araguari. Quando o fiz, o nosso terminal rodoviário estava precisando urgentemente de manutenção e de grandes e urgentes reparos. Tinha muita coisa estragada, cadeiras quebradas, lâmpadas queimadas, banheiros imundos e mal cheirosos (para não dizer outra palavra).

Hoje em dia, parece-me que nada disso mudou. Até piorou, se forem verdadeiras (e eu creio que sejam) as críticas e as reclamações dos seus usuários e as denúncias ao poder público, veiculadas especialmente nas rádios locais. Isso tudo mostra e demonstra mais uma vez a urgente necessidade de que tenhamos uma solução rápida e definitiva para uma situação que vexa e melindra a nossa cidade perante o público que transita e frequenta o local.

Quando eu aqui cheguei, nos idos de julho de 1984, a Rodoviária de Araguari situava-se na Praça da Constituição, onde se acha agora a UPA. Era pequena, modesta, acanhada, simples. Porém, apresentava um movimento enorme de passageiros, de cargas, de curiosos e até de malandros. Dezenas de ônibus diários chegavam por um lado e outras dezenas saiam pelo outro lado todos os dias. Eram linhas para diversas capitais, cidades grandes e médias e para todo o sul de Goiás, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Eram itinerários que saiam daqui e tinham ponto final aqui. Agora, quase nenhuma linha de ônibus sai diretamente daqui e ou chega aqui. Na minha última vinda de Ribeirão Preto, já faz muitos anos, eu tive que descer em Uberlândia, porque não havia quota mínima de oito passageiros até Araguari. E assim com muitas outras viagens e cada dia mais e mais…!

Até mesmo a linha semiurbana Araguari – Uberlândia (e vice-versa) anda desacreditada, tocando ônibus velhos, caindo aos pedaços, desconfortáveis e perigosos, e que ouvi dizer dão, às vezes, uma longa volta pela Rodovia BR – 365, para evitarem a fiscalização da PRF.

A Rodoviária atual, por sua localização indevida, que na época eu chamava de “no fim do mundo”, cafundó do Judas ou onde ele, o Judas, perdeu as botas, (hoje até que não tanto) matou de vez a influência regional de Araguari. Basta comparar o movimento daqueles tempos com os de agora. Mas não é somente isto. Não é. Já perdemos muito em outros setores. Cadê as nossas muitas fábricas de canivetes, de botinas, de aço inox, as arrozeiras? Onde foi parar o nosso comércio forte, movimentando gente, dinheiro e dando bons empregos?

Pessoal, autoridades, acordem! Construa-se com urgência uma nova e moderna (para não dizer futurista) Estação Rodoviária, sob o sistema de PPP (Parceria Público-Privada) e transformem aquela ainda em uso num museu, ou numa Secretaria Municipal ou mesmo ponham-na no chão (literalmente). Mas, façam algum a coisa. Pelo menos, deem-lhe manutenção e mantenham-na limpa e asseada, minimamente decente aos olhos de todos. Que impressão estamos dando aos poucos que se atrevem a passar por lá? Que vergonha…!

A verdadeira Rodoviária de Araguari – de fato e sejamos francos — acha-se em certo restaurante / lanchonete, localizado às margens da BR – 050. Muitas paradas são feitas lá, o restaurante é melhor, assim como a lanchonete e os banheiros, nem se fala…!

 

 

Uma Estação Rodoviária digna do nome tem que ter:

 

– Guichês de vendas de passagens abertos 24 horas;

– Numerosas plataformas para desembarque e embarque de passageiros;

– Sanitários gratuitos, seguros e limpos, inclusive adaptados para o uso de pessoas com necessidades especiais.

– Shopping center e praça de alimentação com cinemas, lanchonetes e restaurantes;

– Setor de informações e de atendimento aos turistas, viajantes e migrantes;

– Policiamento fixo, preventivo e ostensivo tanto da polícia militar quanto da polícia civil (Delegacias de furtos e roubos e de proteção ao menor, à mulher e ao idoso, pelo menos);

– Juizado da Infância e da Juventude;

– Setor de achados e perdidos;

– Câmeras de monitoramento de alta resolução suficientes e espalhados no recinto e no entorno;

– Supermercado, casa lotérica, farmácia e lojas de diversos ramos de comércio;

– – Postos de telefonia pública e Wi Fi gratuito;

– Pontos para táxis, Uber (e análogos), mototáxis e coletivos urbanos.

 

P. S. :

1 – Posso ter esquecido de alguma coisa. Por favor, acrescente o que faltou.

2 –Eu sei que é pretender muito para Araguari. E daí?? Ainda me atrevo a sonhar.

Seria até possível, se tivéssemos “bons políticos” e moradores de fato bairristas.

3 – Londrina e muitas outras cidades já fizeram. Por que não podemos?

 

Araguari – MG, 27 de fevereiro de 2025.

Rogério Fernal .`.

2 Comentários

  1. Eliane disse:

    Quando eu morava na rua Joaquim Modesto subia ônibus o dia inteiro para a rodoviária. Araguari toda vida pensou pequeno. Eram outros tempos as pessoas viajavam mais de ônibus porque muita gente não tinha carro, carro era artigo de luxo e hoje elas preferem viajar em seus carros. Construíram a rodoviária lá para puxar o movimento para lá mas não deu certo, eu penso que se estivessem escolhido uma área mais próxima ao centro seria melhor. Shopping eu não sei eu tenho visto muitos Shoppings com uma grande quantidade de portas fechadas Brasil afora principalmente Nordeste que está quebrado. Quem tem que abrir um shopping são grupos de empresários e esteve um grupo de empresários aqui acho que da Mappin e não interessou talvez devido ao número de habitantes. Araguari ficou durante um longo período parada no tempo enquanto Uberlândia progredia porque ela tinha políticos que eram apaixonados por ela no passado. Agora estamos vivendo tempos difíceis.

  2. Eliane disse:

    Se tivesse pelo menos linhas férreas cruzando esse país, mas nem isso tem.

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