Pinga – Fogo:

 

SOBRE BICICLETAS ELÉTRICAS:

 

-Tivemos as garelis (garelinhas) na década de 1980. Monareta (da Monark), Mobilete (da Calói). Tinham até 49 cilindradas, funcionavam com motor 4 tempos, não se exigiam emplacamento e CNH. Veio o Governo e acabou com elas, equiparando-as a motocicletas. Nem melhorou o trânsito nem o tornou mais seguro.

 

– Agora, vivemos a febre das bicicletas elétricas. Para variar, vem de novo o Governo e quer acabar com elas, estabelecendo requisitos que vão exigir emplacamento e CNH. Na prática, elas irão se tornar proibitivas. Sobrarão apenas as “quase-bicicletas”.

 

– Passíveis agora de proibição legal, venderam-se milhares de bicicletas elétricas para pessoas pobres e humildes, que as utilizam no dia-a-dia, para irem e voltarem do seu trabalho longe, mal pago e de subsistência. O que é que o Governo quer?

 

– Infernizar ainda mais a já atazanada população? Perseguir o povo já tão sofrido ? Matar de vez os pobres por inanição e fome? Por que “essas autoridades” não vão cuidar da corrupção, da inflação, dos preços absurdos, da pouca vergonha generalizada na esfera política deste país? E nas outras? Isso para não dizer muito mais.

 

– Não bastou terem inventado o fajuto kit de primeiros socorros? E o famigerado mini extintor de incêndio que não extinguia nem fogo de churrasco? Alguém ou alguns estão por trás disso tudo e atrevo-me a dizer que há interesses escusos nos bastidores.

 

– Quando um caso é excepcional, eu aprendi ainda Estudante de Direito na PUC – MG: se o Direito e a Justiça se confrontarem, fique com a Justiça. – Justitia semper; jus seper = Justiça, sempre; Direito, às vezes. Pois, este é um caso excepcional EU FICO COM A JUSTIÇA E CONTRA A PREPOTÊNCIA!

 

 

 

Cachimbo da Paz:

 

Uma vez, um membro de uma tribo chegou furioso ao pé do seu chefe, um ancião sábio, prudente e muito respeitado por todos, para dizer-lhe que estava decidido a vingar-se de um amigo que o tinha ofendido gravemente. Queria matá-lo sem piedade!

 

O chefe ouviu-o atentamente, concordou e   disse que ele deveria mesmo fazer o que tinha pensado, mas antes teria que encher o seu cachimbo de tabaco e fumá-lo com calma. Assim ele fez. Demorou uma hora até acabar o conteúdo do cachimbo. Depois, voltou, para falar com o chefe e disse-lhe que tinha pensado melhor sobre o assunto e que apenas ia dar-lhe uma surra memorável, para que nunca mais se esquecesse da ofensa feita.

 

Novamente, o ancião o escutou e aprovou a sua decisão, mas disse-lhe que, já que tinha mudado a sua forma de pensar, voltasse a encher o cachimbo e fosse fumá-lo no mesmo lugar, antes de fazer o que queria.

 

O homem foi de novo. Depois, regressou ao sítio onde estava o chefe e disse-lhe que considerava excessivo castigar fisicamente o seu inimigo, no entanto, ia jogar-lhe na cara a sua má ação e o faria passar vergonha diante de todos.

 

Como sempre, foi escutado com bondade, mas o ancião voltou a pedir-lhe que repetisse a sua meditação.

 

O homem, meio chateado, mas já muito mais sereno dirigiu-se à árvore centenária e ali, sentado sob a sua sombra fresca e refrigerante, foi transformando em fumaça o seu tabaco e a sua bronca.

 

Quando terminou, voltou ao chefe e disse-lhe:

 

 

 

– Pensando melhor, vou aonde me espera o meu agressor, para dar-lhe um fraterno abraço numa tentativa sincera de reconciliação.. Assim, recuperarei um amigo que seguramente já se arrependeu daquilo que me fez.

 

O chefe disse-lhe:

 

– Isso era precisamente o que tinha para dizer-lhe desde o princípio, mas não podia fazê-lo; era necessário dar-lhe tempo, para que você mesmo descobrisse. Vai sem mais demora e faze agora o que você deliberou com calma e bom-senso.

 

• Com acréscimos pessoais, mas sem alterar o contexto.

 

 

FONTE:         As mais belas PARÁBOLAS de todos os tempos

Vol. III, Editora Leitura, págs. 56/57.

 

 

 

                        OBSERVAÇÕES:

 

                        1ª :       CORRETO: perdoar, superar as mágoas e impedir a vingança.

 

                        2ª :       INCORRETO: fumar, mesmo cachimbo e sob a sombra de uma árvore centenária.

 

 

 

 

 

3ª :       CHEFE: deve (ou deveria) sempre ser aquele do grupo, dotado ou possuidor de maior ou melhor DISCERNIMENTO.

 

                        4ª :       Portanto, que se dê ao DOZE DE OUTUBRO (e a todas as demais datas assemelhadas) o seu verdadeiro e real significado, pondo-se de lado todas as fantasias, enfeites ou penduricalhos, comerciais ou não, que lhe desvirtuam o sentido e esmaecem o seu valor.

 

                        5ª :       Que bom seria, se todos os seres humanos, fosse qual fosse a sua religião ou credo, dessem as mãos e vivessem em paz, conforme Jesus Cristo proclamou há 2.000 anos e consignou-se na música IMAGINE, de John Lennon!

 

Que bom seria! Com certeza…!