Sábado, 09 de Novembro de 2024 Fazer o Login

Coluna: Direito e Justiça (10/10)

qui, 10 de outubro de 2024 11:47

Construindo uma Catedral:

FONTE: pesquisa efetivada no Google.

Características do estilo gótico:

1 – Verticalidade: as obras góticas tinham um estilo vertical, pois o objetivo simbólico era o de “tocar o céu”. 2 – Espaços amplos: as construções góticas tinham espaços amplos e iluminação natural. 3 – Vitrais: os vitrais eram pedaços coloridos de vidro unidos por chumbo, que tinham como objetivo emocionar os expectadores e ensiná-los sobre a religião católica. 4 – Abóbadas ogivais: as abóbadas ogivais eram uma das principais características do estilo gótico, contrapondo-se ao estilo romano da cúpula. 5 – Gárgulas: as gárgulas eram locais ornamentais, constituídos por estatuas de seres grotescos e assustadores (pássaros monstruosos), disfarçando e reforçando os canos que canalizavam a água da chuva sobre o telhado, desviando-a para longe e evitando que escorresse sobre as paredes de alvenaria do edifício.

Período de ouro da arquitetura gótica medieval:

O período áureo das catedrais góticas medievais ocorreu entre os Séculos XII e XV, durante a Baixa Idade Média. Foi, sem dúvida, um triunfo da arquitetura do estilo religiosos católico. As igrejas, as catedrais, as basílicas e os mosteiros são as principais referências da arquitetura gótica, que se espalhou por quase toda a Europa.

Algumas das mais belas catedrais góticas medievais:

Catedral de Milão (Itália); Catedral de Burgos (Espanha); Catedral de Notre-Dame de Reins (França); Catedral de Sevilha (Espanha); Catedral de Santa Maria del Fiore (Itália); Catedral de

York (Inglaterra); Catedral de Chartres (França); Catedral de Notre-Dame de Paris (França); Catedral de Colônia (Alemanha); Catedral de Amiens (França) e muitas outras pela Europa.

 

 

OS TRÊS OBREIROS:

 

 

1 – NO CANTEIRO DE OBRAS:

 

Em um Canteiro de Obras, três atarefados operários preparavam pedras para a construção de um grande Templo, quando um transeunte aproximou-se do primeiro e perguntou-lhe:

– O que estás fazendo, meu amigo?

– Preparo pedras! — respondeu-lhe secamente o pedreiro.

O desconhecido encaminhou-se para o segundo e interrogou-o do mesmo modo.

– Trabalho pelo meu salário! — foi a resposta.

Dirigiu-se, então, ao terceiro e fez a mesma pergunta:

– O que estás fazendo, meu amigo?

O operário, sereno, cheio de alegria e de orgulho pelo seu trabalho na pedra bruta, fitando seu inquiridor, respondeu com entusiasmo:

– Pois, não vês? Estou construindo uma Catedral!

 

2 – TRÊS RESPOSTAS DIVERSAS:

 

As perguntas, endereçadas pelo estranho aos três trabalhadores daquela construção. foram exatamente as mesmas, sendo-lhes indagado o que faziam, quando era óbvio, aos que por ali passavam, que preparavam pedras esculpidas e polidas para uma enorme edificação.

Todos eles cumpriam o seu dever, mas faziam-no com motivações e objetivos absolutamente diferentes.

O primeiro operário desobrigava-se de uma tarefa para ele exclusivamente material, grosseira, cansativa e monótona. Não o animava qualquer perspectiva.

O segundo tinha posta na sua mente apenas a esperança da recompensa, que adviria do pagamento do seu esforço, numa remuneração justa e necessária, sem dúvida, mas também mecânica, imutável, ambiciosa e egoísta.

 

O terceiro conseguia unir seu trabalho ao ideal maior e final, que deveria tornar-se concreto um dia, quando o seu labor, reunindo-se e somando-se ao dos demais trabalhadores, faria com que se vislumbrasse, de fato, naquele Canteiro de Obras um magnífico Templo, que daria, então, testemunho permanente dos seus esforços.

 

3 – OS TRÊS OBREIROS NA MAÇONARIA:

 

Também entre todas as pessoas, bem como entre os Maçons, se atentarmos bem, poderemos facilmente encontrar os mesmos Obreiros daquele Canteiro de Obras, que se comportarão e darão as mesmas respostas que foram dadas ao passante.

O Irmão que malha na Pedra Bruta, sem maior interesse e afinco no sentido de obter progresso, conhecimento e satisfação moral no seu Trabalho, torna-se dele um escravo e, à semelhança do primeiro operário, está irremediavelmente preso ao imediatismo e ao materialismo de sua obrigação diária e rotineira. É um medíocre.

Já o Irmão que desatende as advertências a ele dadas, quando do seu ingresso em Loja, e que adentrou em nossa Ordem, seja por censurável curiosidade, por falta de melhor opção para si, por tola imitação, por vil desejo de auferir vantagem de qualquer sorte, sem dar a devida contribuição que dele se esperaria como Obreiro útil e dedicado, revela-se ambicioso, egoísta e fomentador de discórdia. Frauda seu juramento sagrado e não persevera na faina diária, necessária ao aprendizado. É um perjuro, um traidor, um crápula, que vende o seu Templo Interior e o dos Irmãos.

Finalmente, é bom e verdadeiro cidadão, e também Maçom, o Irmão que se mostra mais humilde e satisfeito, sereno, abnegado e feliz no seu trabalho, tendo um ideal representado naquela inquebrantável esperança de que o seu próprio e constante esforço, por mais pequenino e anônimo que seja, haverá de contribuir para o acabamento da Imponente Catedral, que será o Grande Templo da Virtude.

 

4 – CONCLUSÃO:

 

Sem ofensa, arrogância ou pedantismo, o Maçom não é um homem comum, pois dele exige-se um cuidado maior e um abandono permanente dos seus interesses mais egoísticos e viciosos. Terá de esmerar-se para dominar sua vontade e submeter suas paixões.

O Maçom terá que ser como o terceiro operário, construindo e tendo dentro de seu peito um ideal de progresso pelo trabalho tenaz e incessante, para a obtenção da Luz do

Conhecimento, advinda do despojamento de suas próprias rugosidades, a fim de que ele mesmo se torne uma pedra esculpida e polida e, portanto, hábil para o encaixe com as outras, eis que, bruta e sozinha, não terá valor algum

Consequentemente, em cada uma de nossas Lojas, devemos primar por uma conduta ilibada e responsável, que nos faça ser de fato um Pedreiro Livre, para que consigamos vislumbrar na simples e despojada pedra a futura Catedral, para tanto preparando nossa própria e trabalhada pedra, mas nunca nos esquecendo das pedras de nossos Irmãos, que, também desbastadas, formarão, no fim, um conjunto harmonioso e indestrutível.

No entanto, se nos descuidarmos, nossa pedra, agora ou depois, poderá lascar ou quebrar, tornando-se imprestável, acontecendo o mesmo, se um de nossos Irmãos, a quem pudermos de alguma forma ajudar, não receber nosso auxílio na hora de sua justa e premente necessidade.

Araguari – MG, 10 de outubro de 2024.

Rogério Fernal .`.

MM, MI, Grau 32, GOB – GOB/MG;

L. M. União Araguarina nº 0924

 

P. S.

Guildas medievais:

– As guildas (corporações de ofício) medievais eram associações de profissionais que compartilhavam interesses comuns, como comerciantes, artistas, artesãos e construtores (arquitetos, pedreiros, mestres de obras e aprendizes). O objetivo era oferecer segurança e assistência aos seus membros. Eram hierarquicamente organizadas com mestres, oficiais (companheiros) e aprendizes. Uma pessoa só poderia trabalhar em determinado ofício se fosse membro da respectiva corporação, sob pena de ser expulso da cidade, ou mais.

Maçonaria e corporações de Ofício:

– No âmbito da extensa e controversa História da Maçonaria e das suas origens mais remotas, afirma-se que teve início imediato (ou expansão) nas guildas ou corporações de ofício da Idade Média, especialmente nas que reuniam os construtores. Conhecimentos ocultos (ou arcano) teriam sido trazidos do Oriente (na época das Cruzadas) pelos Cavaleiros Templários e sido aplicados nas enormes (e complexas) construções do período medieval, dentre as quais destacam-se, ainda hoje, as formidáveis e belas catedrais no estilo gótico. Houve, então, um repentino salto tecnológico em diversos segmentos, cujas causas não se explicam bem até os dias de hoje.

A Maçonaria nos dias atuais:

– O Maçom terá que ser livre e ter bons costumes. Atualmente, o Maçom é também chamado de pedreiro-livre (free-mason em inglês, franc-maçon em francês). Na Idade Média, exercendo o trabalho físico, integrava uma Maçonaria Operativa; agora (após 1717 na Inglaterra e alhures), integra a Maçonaria Especulativa, porque atua principalmente nos segmentos filosófico e espiritual, buscando aperfeiçoamento,

conhecimento e evolução. A Maçonaria é universal (espalha-se pelo mundo) e resiste altaneira, impávida e sem temor a quaisquer ataques ou críticas injustas ou mesquinhas que a queiram cercear e diminuir.

Nenhum comentário

Deixe seu comentário: