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Cientista político lembra que cidadãos não têm interesse por regras eleitorais

ter, 22 de julho de 2014 01:53
Para Leonardo Barbosa, formação é importante, mas nem sempre garante a qualidade dos parlamentares. Foto Divulgação

Para Leonardo Barbosa, formação é importante, mas nem sempre garante a qualidade dos parlamentares. Foto Divulgação

ADRIANO SOUZA – Em média cinquenta e cinco por cento dos candidatos a deputado estadual e federal por Araguari neste ano não têm ensino superior completo. Os candidatos que começaram a graduação, mas não possuem diploma, representam a maioria; dois declaram ao TRE – Tribunal Superior Eleitoral que sabem ler e escrever. Para uma análise dos candidatos, a reportagem da Gazeta do Triângulo fez um raio-x de cada um, inclusive com opinião de um especialista em Ciências Políticas.  As informações estão disponíveis no Sistema de Divulgação de Candidaturas (DivulgaCand2014) no site do TSE.

Para federal, são quatro candidatos sendo que dois deles declararam possuir curso superior completo e os outros dois, sabem ler e escrever. Entre os quatro postulantes a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a porcentagem de candidatos com ensino superior completo é a mesma, 50%.

A reportagem falou ontem com o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Leonardo Barbosa. Segundo ele, o nível superior denota um conjunto de informações a mais para o candidato. A escolaridade influencia na melhoria da participação, do conhecimento sobre os processos que devem ser discutidos antes de sua aprovação, pelo menos essa seria a lógica. Por outro lado, o professor lembrou que há exemplo de políticos que, mesmo com formação superior, não participam de reuniões com a população para discutir projetos, desrespeitando o dinheiro público e tomando decisões sempre em beneficio próprio.

Barbosa deixou claro que a sua opinião em relação a atitudes negativas de alguns políticos com formação superior, não significa favorecer quem não tenha estudo, uma vez que ele fala de exceções tanto para um como para outro. A formação é importante, mas não pode ser a garantia de qualidade dos parlamentares na opinião do professor. As profissões declaradas ao TRE – Tribunal Regional Eleitoral dos candidatos por Araguari são: psicólogo, empresário, vereador, agricultor, médico e dois comerciantes.

Há ainda duas pessoas semialfabetizadas na lista de candidatos com domicílio eleitoral em Araguari. Lourival de Sousa (Anão) (PSOL) e Mauro de Oliveira (PT do B) declaram ao TRE que sabem ler e escrever. A média de idade entre os nove candidatos nesta eleição é de aproximadamente 30 anos. As idades variam entre 42 e 70 anos nesta corrida eleitoral. Os candidatos mais jovens da lista são o vereador Sebastião Joaquim Vieira “Tiãozinho do Sindicato” (PRP) com 42 anos, que pleiteia uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além dele, “Luiz Porcão” (PTN); Marlos Fernandes (PPS); Idson Fernandes Brito (PT do B) e Sebastião Naves “Cuem Cuem” (PEN), são concorrentes a deputado estadual e estão na faixa etária de 42 a 58 anos. O mais velho na disputa deste ano é o candidato a deputado federal Mauro de Oliveira (PT do B), com 70 anos.

O professor citou ainda que a maioria dos eleitores não sabe como funciona o regime de eleição proporcional ou municipal, e não tem interesse no assunto para explicar, por exempoo, porque um candidato pouco votado é eleito e outro com votação expressiva não obtém seu mandato.

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