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Caminhoneiros começam a deixar postos de combustíveis nos arredores da cidade

qui, 31 de maio de 2018 05:53

Da Redação

Polícia Civil investiga se alguns participantes foram obrigados a manter-se no movimento

Desde a noite de terça-feira, 29, alguns caminhoneiros estão deixando os postos de combustíveis e, consequentemente, a paralisação. Conforme informado à Gazeta do Triângulo, uma decisão judicial foi emitida na data para desbloqueio de trecho em frente ao Posto Cascavel e um oficial de justiça notificou os caminhoneiros.

Caminhoneiros deixam abrigos nos postos de combustíveis

Caminhoneiros deixam abrigos nos postos de combustíveis

 

Durante reunião na mesma data, entre os donos de postos de combustíveis, Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Civil, Exército Brasileiro, Procuradoria e Polícia Militar, foram estabelecidas providências a partir de denúncias dos empresários que possuem os postos ocupados por manifestantes. Durante o encontro, a proprietária de um estabelecimento na saída para Caldas Novas relata que a situação não está fácil. “Precisamos desobstruir nosso posto porque tem uma barreira na entrada. Os postos de rodovia estão ocupados pelos caminhões”, relata.

A preocupação também é explanada pelo proprietário de um posto na BR-050. “O receio é de chegar o combustível para abastecimento, descarregar na bomba e ter atitudes contraditórias dos caminhoneiros”. Em outro posto, que fica sentido norte, uma carga que estava parada há muito tempo causou transtorno. “Lá está bem cheio. Havia caminhões querendo sair e não iam por medo de reprimendas.  Foi preciso acionar a polícia para fazer escolta, pois havia uma carga de peixe estragado”, conta o dono.

Relatos de caminhoneiros forçados a manter-se no posto foram informados pelos proprietários. “Há uma motorista de carreta, com um bebê de três meses que tem que amamentar e não é possível, pois não a deixam sair”, afirma uma empresária. “Eles estão mobilizados, mas por medo. A grande maioria é por vontade própria, mas outros não”, coloca outro proprietário de posto.

Existe, ainda a preocupação com a ocorrências de outros crimes. “Esses dias havia um caminhão carregado com maracujá, que estava vencendo. Foram aparecendo pessoas que não tem nada a ver com o movimento lá no posto e começaram a saquear”. “Se não normalizar logo, o que pode acontecer é isso: crime de roubo”, coloca a promotora Cristina Fagundes Siqueira, da 4ª Promotoria de Justiça durante a reunião.

Conforme relatos do comandante do 53º Batalhão de Polícia Militar – BPM – tenente coronel Adriano César Ribeiro Araújo, alguns caminhoneiros estão indo embora. “Havia pessoas com medo de sair e ter o caminhão atacado com pedras, por exemplo. A polícia foi lá, perguntou quem queria sair e eles foram. Em torno de 100 motoristas saíram,” disse à Gazeta. “A pessoa que quiser, tem liberdade de sair; se houver impedimento, basta acionar a Polícia Militar pelo 190, porque configura crime”, alerta.

As denúncias de motoristas que estão sendo “forçados” a participar do movimento estão sendo investigadas pela Polícia Civil. “Nossos investigadores estarão até sexta-feira, 1º, verificando a situação. Por enquanto não houve confirmações”, disse o delegado de plantão Felipe Oliveira Monteiro, da Polícia Civil.

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