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Árvore causa transtornos em praça pública

qua, 23 de julho de 2014 04:37
Ipê vem provocando danos em residências e calçadas próximas à Santa Casa
Calçamento da praça está visivelmente irregular e tem causado acidentes, principalmente com vítimas idosas. Foto: Gazeta do Triângulo

Calçamento da praça está visivelmente irregular e tem causado acidentes, principalmente com vítimas idosas.
Foto: Gazeta do Triângulo

MEL SOARES – Eliane Gomes dos Santos pede providência com o objetivo de erradicar os transtornos em sua residência que segundo ela, são causados por árvores da praça Dom Almir Marques Ferreira, localizada em frente a Santa Casa.

Conforme informações da dona de casa, que mora no local há 50 anos, e de seu filho Carlos Alberto dos Santos Lourenço, os problemas começaram a surgir há 15 anos.

Segundo disse, o fato mais grave aconteceu há quase dois anos quando uma raiz começou a invadir a casa. Imagens impressionantes ganharam repercussão na mídia televisiva, e providências foram tomadas a fim de provar que se tratava de fato da árvore da praça.

Na época, os serviços para apurar os fatos foram coordenados pelo engenheiro civil José Radi Neto. Em entrevista, ele disse que utilizou dispositivos tecnológicos onde foi constatada a veracidade da reclamação. “Fizemos diversos procedimentos e por fim, optamos pelo concreto, a fim de que o crescimento da raiz fosse interrompido”, afirmou.

José Radi esclareceu que a continuação dos transtornos pode estar sendo provocada por outras árvores, que conforme constatado pela Gazeta tem danificado, principalmente, o calçamento da praça.

De acordo com o construtor Welson dos Santos, além da casa, um terreno ao lado da residência de Eliane, construído sob sua responsabilidade, também está sofrendo com o crescimento das raízes. “Iniciamos os serviços há pouco mais de vinte dias e diversas raízes foram retiradas”, afirmou.

Outra questão levantada pelo construtor foi sobre os incidentes com idosos ao caminharem pela praça. “O último incidente aconteceu nesta segunda-feira, devido às irregularidades do calçamento da praça”, ressaltou.

A secretaria de Meio Ambiente foi procurada pela reportagem e segundo a bióloga Sandra Graciele Pereira Diniz, o problema pode ser oriundo da raiz remanescente, pois, a matéria orgânica demora a se decompor. No entanto, é necessária uma visita técnica a fim de apurar o caso e confirmar a reclamação. “Não fomos informados pelos proprietários a respeito deste fato. E com certeza iremos realizar as medidas para verificar o problema”, afirmou.

A respeito das rachaduras pela praça, a bióloga disse que provavelmente podem ser oriundas do transtorno ocorrido há um ano e meio, quando foram realizados os procedimentos para retirada da raiz.

Sobre a possibilidade de retirar a árvore, a bióloga disse que antes deve ser realizado estudo minucioso e vários aspectos legais são capazes de impedir a ação. “Lutamos pelas causas ambientais. Por isso, buscamos primeiramente todas as soluções possíveis com o intuito de evitar a remoção do ipê,” finalizou.

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