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Araguari, Uberlândia e Ituiutaba registraram feminicídios consumados nos primeiros meses do ano

sex, 12 de maio de 2023 08:02

Da Redação

 

Um levantamento do jornal Gazeta do Triângulo apurou que nos três primeiros meses deste ano, três feminicídios consumados foram registrados em Araguari, Uberlândia e Ituiutaba. Houve, ainda, dois casos tentados, um em Patos de Minas e outro em Uberlândia.

 

A reportagem considerou os 12 maiores municípios da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Localidades como Uberaba, Patrocínio e Araxá passaram em branco nesse tipo de ocorrência em janeiro, fevereiro e março.

Arma de fogo apreendida na cidade após feminicídio em janeiro deste ano
** Arquivo

 

Os dados deViolência Doméstica e Familiar contra a Mulher e deVítimas de Feminicídiotêm como fonte a Polícia Civil de Minas Gerais. As estatísticas são disponibilizadas no formato Excel e são atualizadas mensalmente pelo portal Dados Abertos, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp/MG).

 

O município de Araguari soma nove feminicídios de 2020 para cá, quatro consumados e cinco tentados. O caso da última semana, que vitimou uma jovem de 28 anos, no bairro Millenium, ainda não entrou nas estatísticas.

 

Uberlândia contabiliza 30 ocorrências desde 2020, sendo seis com óbitos. Patos de Minas registrou quatro feminicídios consumados, todos no ano passado. Uberaba soma quatro, Ituiutaba e Patrocínio dois casos cada, e Araxá uma ocorrência.

 

De acordo com um relatório da Polícia Civil de Minas Gerais, 155 mulheres foram assassinadas em 2021. Ano passado, foram 163, além de outras 195 tentativas de feminicídio. Em 50% dos casos, as mortes foram causadas por facas, tesouras ou canivetes. São crimes cometidos por maridos, namorados, ex-companheiros, entre outros.

 

Feminicídio (Lei 13.104, de 9 de março de 2015) é o nome dado ao assassinato de mulheres por causa do gênero. Ou seja, elas são mortas por serem do sexo feminino. O Brasil é um dos países em que mais se matam mulheres, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

 

Segundo a Lei, “a pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; na presença de descendente ou de ascendente da vítima.”

 

Canais de ajuda

 

Em situações de emergência, as denúncias podem ser feitas pelos telefones 181 (disque-denúncia), 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil).

1 Comentário

  1. Eliane disse:

    Penso que deveria ter uma casa ou um lugar bem secreto para colocar essas mulheres ameaçadas porque eles saem da prisão e já vão direto na casa de ex para matar ou senão manter eles na prisão por um bom tempo pelo menos uns Cinco anos, para dar tempo da mulher mudar de casa ou até ir para outra cidade.

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