Da Redação

Autoridades prometem melhorias para 2018 em todo o estado

Homicídio tentado e consumado, estupro tentado e consumado, estupro de vulnerável tentado e consumado, roubo, extorsão mediante sequestro e sequestro e cárcere privado. Estas são as modalidades de crimes violentos, de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais (SEDS) órgão oficial responsável pela publicação das estatísticas de criminalidade em território mineiro.

Material apreendido pela PM com suspeitos de roubo em comércio
** Divulgação

Os números estão sendo atualizados, mas os dados parciais apontam crescimento no índice de homicídios. Até ontem, dia 12, eram 45 casos (25 consumados e 20 tentados). Durante os 12 meses do ano passado, foram 29 homicídios, sendo 16 com vítimas fatais. O aumento é preocupante, apesar de a maioria ser considerada como traficocídio – acerto de contas no mundo das drogas.

Outra modalidade que assusta a população se trata dos roubos, também conhecidos como assaltos. Apenas em oito meses de 2017 foram registrados 176 ataques consumados, conforme relatório da SEDS. O total do ano passado chegou a 206 ocorrências dessa natureza. No entanto, considerando a média mensal, o município deve ficar bem acima ao final de 2017.

Mas nem tudo é negativo no levantamento da criminalidade. Segundo o órgão, não houve registros de sequestro e cárcere privado, enquanto que foram atendidas três solicitações em 2016.

No quesito estupros, policiais de Araguari apuraram 12 casos, dez consumados e dois tentados. Ano passado não houve tentativas, mas 19 ocorrências foram registradas envolvendo vítimas dessa barbaridade, inclusive menores de idade.

A reportagem levantou que a criminalidade violenta teve seu ápice em agosto, com 28,10%. Por outro lado, abril foi o mês mais tranquilo, com 17,03% de ataques. Nessa estatística não constam os meses de setembro, outubro e novembro.

EXPECTATIVA

O Comando da Polícia Militar em Minas Gerais afirmou que, em 2018, devem ser priorizadas duas ações pelo Governo do Estado: a ampliação das bases móveis e do programa de digitalização da rede de comunicação da Polícia Militar. Este último, que migra a rede do sistema analógico para o digital, permite maior rapidez e qualidade nas comunicações, vez que elas passam a ser criptografadas, tornando seu acesso restrito.

A Chefia da Polícia Civil de Minas Gerais informou que a perspectiva para o próximo ano é reformar os prédios nas unidades da instituição em todo o Estado. Outro ponto a ser focado é a capacitação dos servidores para garantir, em especial, a estruturação da Coordenadoria de Recursos Especiais, possibilitando melhor apoio às unidades policiais na investigação de crimes graves e violentos. Além disso, há o reforço nas investigações com a nomeação de 116 novos investigadores e a previsão de realização de concurso para 76 delegados.

A Superintendência de Planejamento, Orçamento e Finanças da Secretaria de Estado de Administração Prisional assegurou que uma das ações priorizadas para 2018 é a ampliação de vagas no sistema prisional na capital e interior. Para tanto, o Estado deverá utilizar recursos de fundo nacional, ampliar os convênios com as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) e reorganizar as cadeias da Polícia Civil.