Nos primeiros 4 meses de 2022, o Brasil chegou ao mesmo patamar de casos de dengue registrado em 2021. De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, na última segunda-feira, 2, até o dia 23 de abril foram registrados 542 mil casos. Em 2021, o país somou 544 mil casos.

Conforme as informações do Boletim Epidemiológico, até o dia 16 de abril, a região Centro-Oeste apresentou o maior índice de casos de dengue, com 920,4 casos para cada 100 mil habitantes. O estado de Goiás foi o que apresentou o pior resultado no Brasil com 1.366 casos para cada 100 mil habitantes.

Alguns estados já superaram o índice absoluto de casos do ano passado, são eles: Rondônia (5.139); Tocantins (16.846); Maranhão (1.771); Piauí (5.220); Rio Grande do Norte (6.278); Minas Gerais (37.169); Paraná (65.437); Santa Catarina (36.979); Rio Grande do Sul (27.461); Goiás (98.455) e Distrito Federal (29.928). O estado de São Paulo registrou mais de 126 mil casos.

As cidades com maiores índices de dengue foram: Goiânia (31.189); Brasília (29.928) e Palmas (9.080).

O Ministério da Saúde também informou, já foram confirmados aproximadamente 160 óbitos por dengue em todo o país. Os estados que apresentaram maiores índice foram: São Paulo (56), Santa Catarina (19), Goiás (19) e Bahia (16). Vale destacar, que outros 228 óbitos prováveis pela doença estão sob investigação.

Em Araguari, para a obtenção rápida de indicadores entomológicos e conhecer a distribuição do vetor Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde utiliza o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti – LIRAa/LIA.

A população pode prevenir a disseminação do mosquito transmissor através de medidas simples, como: eliminação de objetos que acumulem água parada como pneus, garrafas e plantas.

Para obter os dados do LIRAa, a cidade é dividida em setores, em cada área são coletadas amostras de terrenos e residências e assim é levantada a quantidade larvária existente naquele local. De acordo com o último levantamento do LIRAa/LIA, finalizado no dia 4 de maio, o município apresentou no índice geral, o nível médio de 1,4%. O setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde destacou que ações devem ser tomadas para diminuir a proliferação do mosquito e também esclareceu que em alguns municípios próximos já existe uma epidemia de dengue.

Ontem, 5, a Prefeitura de Araguari confirmou um óbito por dengue no município. O paciente do sexo masculino, com 76 anos, faleceu no mês de abril. A Secretaria de Saúde também informou que a cidade registra atualmente 200 notificações da doença, sendo que 40 foram confirmadas.

O coordenador do controle de Zoonoses em Araguari, Euzébio Santos, disse que o fumacê está passando onde existem casos suspeitos e confirmados de dengue, com a finalidade de eliminar o mosquito adulto, que é o transmissor da doença.

Euzébio Santos também salientou que periodicamente, a Secretaria de Saúde realiza mutirões de combate à dengue e trabalhos de Educação e Saúde, para orientar a comunidade sobre as formas de prevenção da doença. Além disso, o setor de Zoonoses continua visitando as residências e aplicando larvicida, que aponta bons resultados na eliminação de larvas e age por aproximadamente 60 dias no reservatório.

Vale mencionar, que ao contrário do que grande parte da população pensa, os principais focos do Aedes aegypti são encontrados nas residências, por essa razão é necessário que todos que cuidem de suas casas e eliminem possíveis criadouros.

Outro ponto que precisa ser esclarecido é que o fumacê passa apenas em locais que tenham focos do Aedes ou algum caso de dengue confirmado, sendo necessário que os moradores deixem as portas e janelas das residências abertas para a obtenção de melhores resultados.